Turma - B - Vespertino

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:O processo avaliativo está intimamente ligado à concepção de educação e de sociedade que o professor e a escola tem. A concepção epistemológica de aprendizagem do professor definirá o quanto este preocupa-se com a formação de seus educandos em relação a sua formação para o convívio em sociedade e para o mercado de trabalho. Da mesma forma, fará uso de instrumentos avaliativos que melhor colaborem para o seu objetivo.
:O processo avaliativo está intimamente ligado à concepção de educação e de sociedade que o professor e a escola tem. A concepção epistemológica de aprendizagem do professor definirá o quanto este preocupa-se com a formação de seus educandos em relação a sua formação para o convívio em sociedade e para o mercado de trabalho. Da mesma forma, fará uso de instrumentos avaliativos que melhor colaborem para o seu objetivo.
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:Numa perspectiva educacional conhecida como tradicional, o professor optará pela avaliação quantitativa. Esse prática avaliativa não é ingênua e contribui para que se perpetue um modelo de sociedade conservador e excludente. Por esse prisma a avaliação é vista como um instrumento qualificador, pois faz uso de instrumentos descontextualizados e que não valorizam o processo. Antunes (2002,p.32), ressalta que
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:Numa perspectiva educacional conhecida como tradicional, o professor optará pela avaliação quantitativa. Esse prática avaliativa não é ingênua e contribui para que se perpetue um modelo de sociedade conservador e excludente. Por esse prisma a avaliação é vista como um instrumento qualificador, pois faz uso de instrumentos descontextualizados e que não valorizam o processo.  
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:Antunes (2002,p.32), ressalta que "o foco de uma avaliação jamais deve estar centrada no conteúdo trabalhado, mas na capacidade de contextualização revelada pelo aluno em aplicar os ensinamentos desse conteúdo em outros níveis de pensamento, outras situações e até mesmo outras disciplinas.
:A escola deve ser assim, um ensaio da vida social e a sala de aula, o local onde aprendemos como utilizar os conhecimentos adquiridos, na sociedade.  
:A escola deve ser assim, um ensaio da vida social e a sala de aula, o local onde aprendemos como utilizar os conhecimentos adquiridos, na sociedade.  
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:A avaliação, nessa perspectiva, permite proceder às reformulações, ainda no percurso, caso se perceba deficiências em algumas partes do processo.
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== AVALIAÇÃO COMO PRÁTICA EDUCATIVA ==
== AVALIAÇÃO COMO PRÁTICA EDUCATIVA ==

Edição de 16h12min de 16 de junho de 2013

Tabela de conteúdo

Avaliação escolar - intervenção mediadora na aprendizagem do aluno

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INTRODUÇÃO

A avaliação tem sido um dos principais temas de debates dentro do contexto escolar. Os estudos acerca do tema apresentam como objetivo a busca pela verdadeira definição para o seu significado, visto que o processo avaliativo tem sido justamente um dos aspectos mais problemáticos da prática pedagógica.
O ato de avaliar é uma prática social, amplamente utilizada e baseada na observação e na reflexão acerca de algo ou alguém. Na escola, seu papel vem sendo discutido e sua verdadeira dimensão ainda não aparece de maneira muito clara. Ao longo das décadas, sua utilização baseou-se fundamentalmente na atribuição de notas, com vistas à promoção ou reprovação do aluno.
A intencionalidade que o professore tem, em relação à avaliação, define a sua concepção de educação e, consequentemente, se este está contribuindo com o modelo de sociedade no qual vivemos, ou então, se procura transformá-la. O processo avaliativo, se for considerado como instrumento de dominação social, não contempla a verdadeira aprendizagem do aluno.
A educação, como direito de todos, tem como meta assegurar a igualdade de oportunidades aos cidadãos. Dentro do contexto educacional, qualquer aluno passa a ser diariamente avaliado segundo normas e processos legais descritos nos regimentos escolares e nas propostas pedagógicas de cada estabelecimento.
Por meio de tal processo, que esperamos ser de domínio dos que o praticam no estabelecimento escolar, é expresso o "feedback" pelo qual se define o caminho para atingir os objetivos pessoais e sociais, implicando na maioria das vezes na tomada de uma série de decisões relativas ao objeto avaliado.
A avaliação da aprendizagem escolar é uma atividade pedagógica que deve ser permanente. Sendo assim, necessária ao trabalho docente. É através desse processo que acontece o acompanhamento do ensino e aprendizagem.
Desta forma, precisamos conhecer e refletir acerca do processo avaliativo escolar vigente em nossos estabelecimentos escolares, realizando estudos sobre os princípios teóricos que alicerçam a avaliação como prática educativa. Torna-se relevante também, reconhecer como a avaliação ocorre nos espaços escolares, destacando seu papel como instrumento de investigação e intervenção na aprendizagem escolar.
Atualmente, reconhecemos como de suma importância, o processo de autoria na aprendizagem, que pode ser fundamentado e trabalhado quando percebemos que o momento da avaliação oferece a todos os envolvidos no processo educativo, formas de reflexão sobre a própria prática. Por meio dela, o trabalho do professor pode ser direcionado às reais necessidades dos alunos, priorizando suas experiências pessoais e os conhecimentos acumulados em sua história pessoal.


PROCESSO AVALIATIVO NA EDUCAÇÃO

O processo avaliativo está intimamente ligado à concepção de educação e de sociedade que o professor e a escola tem. A concepção epistemológica de aprendizagem do professor definirá o quanto este preocupa-se com a formação de seus educandos em relação a sua formação para o convívio em sociedade e para o mercado de trabalho. Da mesma forma, fará uso de instrumentos avaliativos que melhor colaborem para o seu objetivo.
Numa perspectiva educacional conhecida como tradicional, o professor optará pela avaliação quantitativa. Esse prática avaliativa não é ingênua e contribui para que se perpetue um modelo de sociedade conservador e excludente. Por esse prisma a avaliação é vista como um instrumento qualificador, pois faz uso de instrumentos descontextualizados e que não valorizam o processo.
Antunes (2002,p.32), ressalta que "o foco de uma avaliação jamais deve estar centrada no conteúdo trabalhado, mas na capacidade de contextualização revelada pelo aluno em aplicar os ensinamentos desse conteúdo em outros níveis de pensamento, outras situações e até mesmo outras disciplinas.
A escola deve ser assim, um ensaio da vida social e a sala de aula, o local onde aprendemos como utilizar os conhecimentos adquiridos, na sociedade.
A temática da avaliação, ainda nos leva a reflexões e a problemáticas existentes em todos os níveis de ensino, desde as concepções adotadas pelos educadores, à postura demonstrada pelos educandos e a pouca ou falta de interesse das instituições escolares em discutir e melhorar seu sistema avaliativo.
Por parte dos educadores, a avaliação é ainda muitas vezes realizada na sala de aula sem a construção de objetivos claros a serem alcançados, assim como as metas que este educador espera que seus alunos alcancem, tornando assim o processo um instrumento de poder que não revela ao próprio professor os pontos fortes e as deficiências de seu trabalho.
Por vezes muitos educadores, por falta de clareza de objetivos, fazem uso do processo avaliativo sob a forma de cobrança de conteúdos que foram aprendidos de forma mecânica e pouco participativa. Assim, a classificação dos alunos também se dá de forma automática: bons, ruins, aprovados ou reprovados.
As mudanças de concepções acerca do processo avaliativo permeiam nosso fazer e cada vez mais, esta avaliação excludente e ameaçadora do passado, regride graças aos estudos e aos bons profissionais da educação, ou seja, aqueles que se dedica aos estudos, debates e que reflete sobre seu trabalho, enxerga seu aluno como um ser social e político, construtor do seu próprio conhecimento.
Neste contexto, o papel do educador será o de "mediador" entre o aluno e o conhecimento sistematizado que este necessita para deixar de ser um mero receptor de informações e o professor ter a oportunidade para abandonar o rótulo de “o dono do saber".
A fase da avaliação não se caracteriza como um momento final do processo de aprendizagem, mas sim na fase em que é possível criar condições para novas aprendizagens e que o aluno a partir de seu nível de conhecimento, possa evoluir na construção de seu conhecimento.
Ao falarmos sobre avaliação, logo nos deparamos com uma série de questionamentos indagando se o aluno teve ou não um aprendizado satisfatório ou se superou a expectativa de desempenho definido pela escola, pelo currículo ou pelo professor. A partir daí, aparecem outras perguntas como se o aluno respondeu corretamente as atividades propostas, se seguiram o mesmo ritmo um dos outros alunos. Com isso, surgem o padrão de referência, ou seja, expectativas padronizadas consideradas corretas, como critérios de avaliação utilizados antigamente e utilizados até hoje para medir o aprender ou o não aprender do aluno.
Uma concepção mais ampla de avaliação procura abarcar formas de avaliar o aluno pautado em métodos de coleta e processamento de dados variados, superiores aos comumente utilizados. Quando se concebe a avaliação como um sistema de controle de qualidade é possível e produtivo monitorar cada passo do processo de aprendizagem do aluno e do ensino que o professor afetivamente realiza. Da mesma forma Demo (1998, p. 43) ensina que “[...] a avaliação deixa de ser um ato isolado, especial e com data marcada, para fazer parte natural do processo de orientação e convivência motivada do aluno”.
A avaliação, nessa perspectiva, permite proceder às reformulações, ainda no percurso, caso se perceba deficiências em algumas partes do processo.

AVALIAÇÃO COMO PRÁTICA EDUCATIVA

Segundo o dicionário, avaliação significa o ato de apreciação e estimação. Dentro do contexto educacional, avaliação é o ato de investigar a qualidade da aprendizagem, a fim de diagnosticar seus impasses e propor soluções satisfatórias. Portanto, a avaliação deve acontecer de maneira contínua e progressiva. Sobre ela, Luckesi afirma:
A avaliação, em si, é dinâmica e construtiva, e seu objetivo, no caso da prática educativa, é dar suporte ao educador (gestor da sala de aula), para que aja da forma o mais adequada possível, tendo em vista a efetiva aprendizagem por parte do educando. A ação pedagógica produtiva assenta-se sobre o conhecimento da realidade da aprendizagem do educando, conhecimento esse que subsidia decisões, seja para considerar que aprendizagem já está satisfatória, seja para reorientá-la, se necessário, para a obtenção de um melhor desempenho. (LUCKESI, 2011, p. 176)
Podemos observar que o autor aborda a avaliação da maneira como ela é comumente discutida em reuniões pedagógicas das escolas. Deve-se realizá-la, não como um objeto de castigo e repressão aos alunos, e sim como instrumento de reflexão para o fazer pedagógico e replanejamento de aulas. A avaliação é indispensável no cotidiano escolar, pois auxilia o professor a diagnosticar o andamento do educando. O termo avaliação é muito amplo, pois avaliar não é apenas medir o que o educando sabe ou não sabe. Para que ela ocorra é preciso que haja observação, análise e promoção de melhores oportunidades de aprendizagem (ação). Podemos afirmar que o processo avaliativo é completo quando ocorrem essas três modalidades.
Sendo assim,a avaliação deve ter caráter orientador, cooperativo e interativo, onde os resultados obtidos no decorrer do trabalho conjunto entre professor e alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de identificar as dificuldades, os progressos e, também reorientar o trabalho docente.
Avaliar é muito mais que conhecer o aluno.É reconhecê-lo como uma pessoa digna de respeito e de interesse. O professor precisa estar preocupado com a aprendizagem desse aluno. Nesse sentido, o professor se torna um aprendiz do processo, pois se aprofunda nas estratégias de pensamento do aluno, nas formas como ele age, pensa e realiza essas atividades educativas. Só assim, é que o professor pode intervir, ajudar e orientar esse aluno. É um comprometimento do professor com a sua aprendizagem:tornar-se um permanente aprendiz da sua disciplina e dos próprios processos de aprendizagem. Por isso, a avaliação é um terreno bastante arenoso, complexo e difícil. Eu mudo como pessoa quando passo a perceber o enorme comprometimento que tenho como educador ao avaliar um aluno.
De acordo com Luckesi (2011, p.15):
A avaliação da aprendizagem só funcionará bem se houver clareza do que se deseja (projeto político-pedagógico), se houver investimento e dedicação na produção dos resultados por parte de quem realiza a ação (execução) e se a avaliação funcionar como meio de investigar e se, necessário, intervir na realidade pedagógica, em busca do melhor resultado. Sem esses requisitos, a prática pedagógica permanecerá incompleta e a avaliação da aprendizagem não poderá cumprir seu verdadeiro papel.

Nesse processo, a intervenção pedagógica, torna-se essencial à aprendizagem, uma vez que compete ao professor mostrar novas possibilidades ou utilizar recursos diferenciados para despertar a criatividade e o interesse dos alunos, não só em buscar o conhecimento, mas principalmente consolidar este conhecimento na prática em seu meio social.

Avaliar não é uma tarefa fácil, cada aluno tem seu tempo de aprender, não deve existir um padrão de aprendizagem. A avaliação deverá fazer parte sempre do planejamento e da proposta pedagógica.
De acordo com Hoffmann (2005, p.17):
Avaliação é, portanto, uma ação ampla que abrange o cotidiano do fazer pedagógico e cuja energia faz pensar o planejamento, a proposta pedagógica e a relação entre todos os elementos da ação educativa. Basta pensar que avaliar é agir com base na compreensão do outro, para se entender que ela nutre de forma vigorosa todo o trabalho educativo.



CONTEXTO ESCOLAR E AVALIAÇÃO

APRENDIZAGEM, AUTORIA E AVALIAÇÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. A avaliação da aprendizagem escolar.5 ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

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