Turma - B - Matutino

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(Avaliação como prática educativa)
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DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. Avaliação escolar. Presença Pedagógica,
DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. Avaliação escolar. Presença Pedagógica,
Belo Horizonte, v. 11, n. 64, jul./ago. 2005.
Belo Horizonte, v. 11, n. 64, jul./ago. 2005.
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ESTEBAN, M. T. (2001) O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliação e fracasso escolar. Rio de Janeiro, DP&A.
GUEDES, G. Avaliação Ergonômica da Interface Humano-Computador de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Tese de doutorado apresentada no programa de pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará em agosto de 2008.
GUEDES, G. Avaliação Ergonômica da Interface Humano-Computador de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Tese de doutorado apresentada no programa de pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará em agosto de 2008.

Edição de 13h00min de 17 de junho de 2013

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Tabela de conteúdo

AVALIAÇÃO ESCOLAR: IMPLICAÇÕES NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM DO ALUNO/2013

Introdução

A educação, direito de todos - apregoada na Constituição Brasileira e na Lei de Diretrizes e Bases – nunca esteve tão em alta enquanto preocupação geral da sociedade brasileira, em vista de que o momento atual passa por uma acelerada mudança no que tange a rapidez e abrangência das informações e com o dinamismo do conhecimento.

A sociedade brasileira tem por certo que uma educação de qualidade pode proporcionar sucesso em várias esferas da vida. A melhoria social, a formação profissional e o pleno exercício da cidadania são exemplos do que almeja.

Dessa maneira, a avaliação da aprendizagem deve ser considerada de extrema importância em vista de que ela assume um importante papel no desafio proposto para a escola contemporânea: educação de qualidade. As reflexões sobre essa temática tornam-se relevantes na medida em que podem contribuir para a construção dessa nova escola, mais democrática e que tenha por meta cumprir a finalidade primeira da educação brasileira, qual seja o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Importa ressaltar que a escola contemporânea configura-se como um ambiente de múltiplas aprendizagens, isso porque ela pode ocorrer de várias formas e sob diversos aspectos.

Para tanto avaliar dentro desse contexto se torna muito complexo e ao mesmo tempo desafiante, haja vista que os instrumentos que serão utilizados devem ser elaborados de acordo com o aluno e não o contrário, não aplicamos avaliação para atender os anseios da escola e da sociedade. A avaliação de acompanhamento de uma ação acompanha uma atividade em sua dinâmica construtiva e pode haver intervenções para melhoria dos resultados da aprendizagem. Para Dalben (2005, p.66) "a avaliação se faz presente em todos os domínios da atividade humana. O 'julgar', o comparar', isto é, 'o avaliar' faz parte de nosso cotidiano, seja através das reflexões informais que orientam as freqüentes opções do dia-a-dia ou, formalmente, através da reflexão organizada e sistemática que define a tomada de decisões", dessa forma ela dentro da escola deveria fazer com o aluno e o professor refletissem sobre o que está sendo "estudado" e pudessem interferir. Contudo, corroboramos com Caldeira (2000) quando diz que: A avaliação escolar é um meio e não um fim em si mesma; está delimitada por uma determinada teoria e por uma determinada prática pedagógica. Ela não ocorre num vazio conceitual, mas está dimensionada por um modelo teórico de sociedade, de homem, de educação e, conseqüentemente, de ensino e de aprendizagem, expresso na teoria e na prática pedagógica. (p. 122) Os resultados de uma avaliação são provisórios e não definitivos. Mas para que essa avaliação ocorra efetivamente no contexto escolar, a própria instituição deve abrir mão de alguns dogmas ditados pela sociedade, como por exemplo a classificação, a disputa e a competição exacerbada.

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  A elaboração de um instrumento de avaliação deverá levar em consideração alguns aspectos importantes:
  • a linguagem a ser utilizada: clara, esclarecedora, objetiva;
  • a contextualização daquilo que se investiga: em pergunta sem contexto podemos obter várias respostas e, talvez, nenhuma relativa ao que, de fato, gostaríamos de verificar;
  • o conteúdo deve ser significativo, ou seja, deve ter significado para quem está sendo avaliado;
  • estar coerente com os propósitos de ensino;
  • explorar a capacidade de leitura e de escrita, bem como o raciocínio.

A avaliação é um processo de mediação e intervenção pedagógica, fazer a intervenção pedagógica em tempo certo faz com que tenhamos grandes ganhos no desenvolvimento acadêmico do aluno. Na entrevista editada de Jussara Hoffmann, http://www.dn.senai.br/competencia/src/contextualizacao/celia%20-%20avaliacao%20Jussara%20Hoffmam.pdf , mostra o que o professor precisa mudar na sua concepção de avaliação para desenvolver uma prática avaliativa mediadora e também sobre a reprovação, porque ainda é tratada de forma equivocada, vale conferir. “ Essa é a intenção do avaliador: conhecer, compreender, acolher os alunos, em suas diferenças e estratégias próprias de aprendizagem para planejar e ajustar ações pedagógicas favorecedoras a cada um e ao grupo como um todo.” (Hoffmann, 2005, p.14)

Processo avaliativo na educação

Foram muitas as mudanças que ocorreram nas propostas pedagógicas das redes públicas de ensino nas últimas três décadas. Nesse rápido movimento, discussões fundamentais emergiram sobre o que devemos avaliar (LEAL, 2003, p. 21). Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, os critérios de avaliação explicitam as expectativas, considerando objetivos e conteúdos propostos para a a área a para o ciclo, a organização lógica e interna dos conteúdos, as particularidades de cada momento da escolaridade e as possibilidades de aprendizagem decorrentes de cada etapa do desenvolvimento cognitivo, afetivo e social em uma determinada situação, na qual os alunos tenham condições de desenvolvimento do ponto de vista pessoal e social (PCNs, 1998, p. 80).

Sobre o que devemos avaliar e como avaliar Hoffmann (2005, 19) assevera que "para se entender de avaliação, o primeiro passo é conceber o termo na amplitude que lhe é de direito. Ao avaliar efetiva-se um conjunto de procedimentos didáticos que se estendem por um longo tempo e se dão em vários espaços escolares, procedimentos de caráter múltiplo e complexo tal como se delineia um processo".

Para entendermos um pouco mais essa questão do processo de avaliação dentro da escola é necessário passearmos pelos diversos conceitos nela inserido, onde buscamos entender o verdadeiro papel de se avaliar. Para tanto, utilizaremos quatro categorias sugeridas por Chueri (2008) que são: examinar, medir, classificar e qualificar, porém sabemos que existe inúmeras outras sugeridas por outros autores em nossa literatura. No entendimento da autora Mary Stela Chueri (2008)as três primeiras examinar, medir e classificar já estão inseridas dentro do contexto escolar, uma vez que nós como professores os examinamos, pois precisamos capturar diagnósticos sobre o conhecimento já adquirido, mas o problema é o que nos dispomos a fazer depois disso; também medimos, como se o conhecimento pudesse ser mensurado a partir de um instrumento qualquer e aquilo é válido como pronto e acabado; classificamos, aliás o mundo classifica, mas a escola seguindo esse padrão também o faz e com certa crueldade, já que usa "das melhores notas", "dos melhores alunos" para divulgar entre os pais o padrão de "excelência" o qual se encontra.

O ato avaliativo exige critérios claros que orientam a interpretação dos aspectos a serem avaliados. No caso da avaliação escolar, é necessário que se estabeleçam quais são as expectativas de aprendizagem dos alunos, em consequência do ensino, dos objetivos e dos critérios de avaliação propostos e, na definição do que será considerado relevante na avaliação do ensino aprendizagem. Se a avaliação está a serviço do processo ensino-aprendizagem, a decisão de aprovar ou reprovar, não deve ser a expressão de um “castigo”, nem ser unicamente pautada no quanto se aprendeu ou se deixou de aprender os conteúdos.

Há uma reflexão a ser feita, não podemos deixar de lado todas essas formas de avaliar, contudo, todas elas devem estar presentes na quarta categoria que é "qualificar", fazem com que o aluno realmente entenda o significado daquilo que ele está construindo, não há um vazio entre um conhecimento e outro, pois todos estão intimamente relacionados. No processo educacional a avaliação vem mostrar os resultados obtidos do processo ensino – aprendizagem, para avaliar é preciso conhecer, saber para que avaliar? E como intervir se necessário na construção do conhecimento, não com o objetivo de punir com notas e competição entre o melhor e o pior aluno, mas como forma de auxiliar a aprendizagem dos educandos, cabe ao professor pesquisar e aplicar medidas alternativas para a aprendizagem ser efetiva.

Avaliação como prática educativa

A avaliação, como prática educativa é, sempre, ação política cuja principal função é a de propiciar subsídios para tomada de decisão, quanto ao direcionamento das atividades em determinado contexto educacional, quando ao aprendiz, ao orientador e ao ensinoaprendizagem em sua totalidade (Guedes, 2008).

Aprendizagem, ensino e conhecimento são retirados da centralidade do discurso escolar e substituídos pela relação erro/acerto, vista de modo linear e reduzindo a possibilidade de compreensão da escola como um lugar complexo. A ênfase no desempenho faz da aprendizagem, do ensino e do conhecimento “acessórios” necessários à realização do fim desejado: o mais alto rendimento possível, que passa a ser confundido com sucesso escolar (Esteban, 2001).

A avaliação deve ocorrer cotidianamente, em todos os momentos do processo educativo, para que ela realmente tenha sucesso. Para que possamos entender qual a função da avaliação devemos antes nos preocupar com que escola queremos e que alunos pretendemos formar. Reforçando essa ideia Zabalza (1995, p. 239) lembra que:

Quando falamos de avaliação não estamos a falar de um fato pontual ou de um ato singular, mas de um conjunto de fases que se condicionam mutuamente. Esse conjunto de fases ordenam-se sequencialmente (é um processo) e atuam integradamente (é um sistema). Por sua vez a avaliação não é (não deveria ser) algo separado do processo de ensino-aprendizagem, não é um apêndice independente do referido processo (está nesse processo) e joga um papel específico em relação ao conjunto de componentes que integram o ensino como um todo (está num sistema).

Dessa forma a avaliação deve abranger o todo e ao mesmo tempo apontar especificações, além de nortear nosso trabalho em sala de aula. Nascimento e Silva (2008, p. 6) ressaltam que:

A avaliação tem importância desde que seja uma avaliação em que torne o aluno capaz de corrigir e fundamentar-se nos conceitos adquiridos de forma corretamente Caso continue de forma errônea, o aluno não irá captar seu erro e nem irá reaprender o conceito, deixando de lado seu pensamento crítico, aceitando cada vez mais informações desatualizadas e erradas para a vida dele.

Os autores citados anteriormente ainda levantam uma questão relevante quando afirmam que durante o processo avaliativo, a educação social, ou seja, aquela dada pelo meio em que o aluno vive, influencia diretamente, pois questões como: onde mora, onde vive, como são seus pais, apresenta uma relação direta em todo o desenvolvimento educacional assim como sua avaliação.

Essa contextualização pode ter fundamento quando ao discutirmos a avaliação dentro do processo de ensino-aprendizagem ouvimos muitos educadores dizer: “temos que avaliar cada aluno de uma forma particular”. Com certeza deveria ser assim, porém a atual conjuntura do model

Concluindo

Ao falarmos de instrumentos utilizados nos processos de avaliação, estaremos falando das tarefas que são planejadas com o propósito de subsidiar, com dados, a análise do professor acerca do momento da aprendizagem de seus estudantes.
Não importa a nomenclatura ou o procedimento metodológico utilizado para avaliar se realmente não houver nenhuma avaliação, se houver apenas uma mera e simples classificação por notas, ou um exame daquilo que você "aprendeu" no mês sem qualquer relação com o conhecimento como um todo, ou até mesmo uma mensuração do conhecimento aprendido.
Avaliar no entendimento mais amplo da palavra nos remete a diagnóstico, a elaboração, a produção,a execução e novamente torna ao processo para reconstrução, pois o ser humano tem a necessidade de conhecer e de aprender, para "inventar" algo novo, outra concepção de mundo. Vivemos buscando a verdade e essa busca incessante a torna uma mentira, pois nunca ficamos satisfeitos com a verdade que descobrimos. A avaliação está dentro desse processo de busca, de entendimento da minha relação íntima com o conhecimento, que nem sempre ficamos satisfeitos com aquilo que aprendemos e precisamos desmistificar e evoluir, construir novos paradigmas para que sejam quebrados e reformulados.
Há várias maneiras de se olhar a avaliação, educador e educando, se faz necessário uma mediação, com vistas ao respeito, sensibilidade e diferenças individuais, sem perder o contexto interativo. A nossa troca de experiências na escola é muito rica, com ela podemos fazer uma reflexão das nossas atitudes, sobre a importância do tempo de estudo, preparação e qualificação profissional. O único bom ensino é o que acompanha o desenvolvimento dos alunos, independentemente de seu estágio, de forma contínua.
O objetivo da avaliação educacional é dar suporte ao professor para tomada de decisões na metodologia aplicada e para intervenção no processo de construção do conhecimento, é preciso saber objetivamente o que se espera ao avaliar para tomada de decisões.
Na prática escolar, nosso objetivo é que nossos educandos aprendam, e por aprender, se desenvolvam. A avaliação da aprendizagem está a serviço desse projeto de ação e configura – se como um ato de investigar a qualidade da aprendizagem dos educandos, a fim de diagnosticar impasses e consequentemente, se necessário, propor soluções que viabilizem os resultados satisfatórios desejados (LUCKESI, 2011 p. 175)

Referências Bibliográficas

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília : MEC/SEF, 1998.

CALDEIRA, Ana M. Salgueiro. Ressignificando a avaliação escolar. In: ________. Comissão Permanente de Avaliação Institucional: UFMG-PAIUB. Belo Horizonte: PROGRAD/UFMG, 2000. p. 122-129 (Cadernos de Avaliação, 3).

CHUERI, Mary Stela Ferreira. Concepções de Avaliação no Contexto Escolar.Estudos em Avaliação Educacional, v. 19, n. 39, jan./abr. 2008.

DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. Avaliação escolar. Presença Pedagógica, Belo Horizonte, v. 11, n. 64, jul./ago. 2005.

ESTEBAN, M. T. (2001) O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliação e fracasso escolar. Rio de Janeiro, DP&A.

GUEDES, G. Avaliação Ergonômica da Interface Humano-Computador de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Tese de doutorado apresentada no programa de pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Ceará em agosto de 2008.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação formativa ou avaliação mediadora?. Porto Alegre: Mediação, 2005a. p.13-23.

HOFFAMANN, Jussara. Avaliação entrevista editada. Disponível em:<http://www.dn.senai.br/competencia/src/contextualizacao/celia%20-%20avaliacao%20Jussara%20Hoffmam.pdf> Acesso em: 14/06/2013.

LEAL, Telma Ferraz. Intencionalidade da avaliação na Língua Portuguesa. In: Silva, J.F.; Hoffmann, J.; Esteban, M. T.(org.). Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2003.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem componente do ato pedagógico. 2011, São Paulo.

FERREIRA, Rosalina. Avaliação educacional: avaliação do processo de ensino e aprendizagem. Disponível em http://www.webartigos.com/. Publicado em 24 de fevereiro de 2010 em Educação, acessado em 17 de junho de 2013.

NASCIMENTO, Felipe de Araújo; SILVA, Jullyana Karla da. Avaliação: o que é e qual sua importância? Instituto Construir e Conhecer; Goiânia; Enciclopédia Biosfera N.05; 2008.

ZABALZA, M. Diseño y desarrollo curriclular. (6ª ed.). Madrid: Narcea, 1995

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