Turma - A - Matutino

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"[...] cada aluno, interativamente, descobre o mundo a sua própria maneira, diferente e única. Mas aprende o mundo de forma rica e desafiadora na medida de sua maior socialização e da cooperação dos adultos nesse sentido. Desenvolve-se, ainda mais, quando interage com o diferente, com pessoas de idade, gênero, etnia, experiências de vida, sentimentos e desejos diferentes dos seus". (HOFFMANN, 2005).
"[...] cada aluno, interativamente, descobre o mundo a sua própria maneira, diferente e única. Mas aprende o mundo de forma rica e desafiadora na medida de sua maior socialização e da cooperação dos adultos nesse sentido. Desenvolve-se, ainda mais, quando interage com o diferente, com pessoas de idade, gênero, etnia, experiências de vida, sentimentos e desejos diferentes dos seus". (HOFFMANN, 2005).
<br>Cada aluno é autor do seu próprio conhecimento, e é ele quem vai determinar a forma como vai construí-lo, portanto, a interação com o outro é parte fundamental nesse processo. E o professor como parte integrante dessa ação, tem a função de mediar essa construção.
<br>Cada aluno é autor do seu próprio conhecimento, e é ele quem vai determinar a forma como vai construí-lo, portanto, a interação com o outro é parte fundamental nesse processo. E o professor como parte integrante dessa ação, tem a função de mediar essa construção.
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<br>E, para corroborar com essa ideia, trazemos aqui a opinião de Janssen (2003), falando que o paradigma das “aprendizagens educativas” vem trazendo para nós um movimento de ressignificação do processo de ensino e aprendizagem. E, isso acontece quando o professor passa a enxergar o aluno como um sujeito que tem potencial para aprender e o que diferencia um aluno do outro, são seus percursos de aprendizagens que ele exemplifica como sendo suas histórias de vida e, também pela diversidade sociocultural da escola. Da mesma forma, há que se considerar segundo Méndez (2002), que o ensino não pode ser visto como uma mera e mecânica transmissão linear de conteúdos curriculares fechados e prontos que o docente passa para o educando, sem contestação, sem análise, sem construir e desconstruir significados para que este realmente aprenda. Com esse paradigma, Janssen acredita que devemos ter uma nova compreensão de aprendizagem como uma prática pedagógica intelectual reflexiva transformadora. Dessa forma, ele analisa cada conceito dessa prática, começando pelo intelectual que  diz exigir do professor e da professora que sejam “intelectuais, autores e atores de sua ação docente”, pois só assim poderão criar instrumentos e ações de sua própria autoria transformando o conhecimento científico em conteúdos escolares contextualizados com o cotidiano do seu educando e com a escola em que está inserido. Para esse autor, deve se entender a prática docente como uma investigação, um processo inacabado, em constantes formulações e reformulações, com um percurso a se construir. E, para fazer jus a essa prática o professor ou a professora tem que ter uma postura reflexiva, pois só assim “a sala de aula será um laboratório dos que ensinam e dos que aprendem”. (JANSSEN, 2003).
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Edição de 01h42min de 10 de junho de 2013

“A avaliação como instrumento de investigação e intervenção na aprendizagem escolar”

Tabela de conteúdo

INTRODUÇÃO

Instrumento de avaliação.


Estamos vivendo na era da informação, a inserção no mundo do trabalho em qualquer tipo de núcleo social exige o domínio de conhecimentos, antes desnecessário. Hoje é preciso dominar as novas tecnologias da informação e da comunicação, bem como apresentar habilidades e capacidades de tomada de decisão e raciocínio rápido frente às situações imprevistas. Cada vez mais o mercado de trabalho e os processos de socialização exigem os conhecimentos trabalhados na escola.
A escola cumpre o seu papel quando oferece a oportunidade do aluno transformar o seu conhecimento prévio (conhecimento adquiridos ao longo das relações sociais) em saber científico e crítico, que lhe dê a possibilidade de se inserir neste mundo da informação.
Para que a escola possa cumprir bem esse papel precisa pensar no tipo de avaliação que quer desenvolver no seu projeto político pedagógico. E para saber que tipo de avaliação quer desenvolver na escola é preciso conhecer que, segundo [Francis Bacon][1] (1561-1620) conhecer é poder. E, ainda conforme Luckesi (2011, p.149) sem conhecimentos não se chega onde deseja. Para conhecer bem a avaliação devemos investigar para conhecê-la e somente ao conhecê-la poderemos agir. Nesse sentido precisamos compreender a “avaliação da aprendizagem como um ato de investigar a qualidade do seu objeto de estudo e se necessário, intervir no processo de aprendizagem, tendo como suporte o ensino, na perspectiva de construir os resultados desejados.” (LUCKESI, 2011, p.150). Precisamos compreender a avaliação como uma forma séria de investigação e, para isso podemos segundo Luckesi (2011), fazer uma ponte entre os objetos de estudo da ciência e da avaliação que apesar de serem diferentes, uma investiga a realidade e a outra a qualidade das coisas, nos ajudará a compreender e praticar o processo contínuo de avaliação.
Dentre todo esse contexto aparece a Avaliação da Aprendizagem Escolar, que serve de parâmetro para acompanhar se o aluno está ou não apreendendo os conhecimentos trabalhados na escola e, que servirão de base para a sua formação.
A avaliação como instrumento de investigação e intervenção na aprendizagem escolar está presente constantemente no processo de ensino e aprendizagem escolar. Esta avaliação tem a função se servir de base para o professor poder intervir e replanejar as aulas para retomar os conhecimentos que não foi aprendido ou consolidado pelo aluno.
É diante deste cenário que o papel do professor é de fundamental importância, pois caberá a ele a responsabilidade de avaliar de maneira correta e fazer a intervenção pedagógica no momento certo, assim, terá uma melhor efetivação do ensino aprendizagem. Para isso o educador deve refletir sempre sobre a sua prática pedagógica e se questionar se está conseguindo proporcionar boas condições de aprendizagens para todos os seu alunos.
De acordo Hoffmann (2005): mesmo que o educador trabalhe com muitos alunos, sua relação, no processo avaliativo, estabelecer-se-á de forma diferente com cada um deles. Por meio da ação mediadora, da tomada de decisão, ele estará afetando vidas e influenciando aprendizagens individuais. Da mesma forma, cada aluno irá estabelecer maiores ou menores vínculos intelectuais e afetivos com cada professor, resultando em atitudes e respostas diversas por parte destes.
O professor deve ter um olhar diferente para cada aluno, pois sabendo das especificidades de cada um, o educador poderá contribuir de forma eficiente na construção do conhecimento de todos.
Para Jussara(2005) as mudanças em avaliação ocorrem muitas vezes por imposição por determinações legais a cada novo governo sem uma discussão com orientações confusas e superficiais e ficam assim os professores nesse meio, perdidos, desorientados. Sendo assim essas mudanças não acontecem como é para acontecer, pois não é levado como principal objetivo a aprendizagem dos alunos. Falta assim uma maior discussão sobre o reflexo dessas mudanças nas pessoas envolvidas.


PROCESSO AVALIATIVO NA EDUCAÇÃO


O processo avaliativo na educação é um desafio a ser atingido pelo professor em sala de aula, pela escola e pelos órgãos de educação municipal, estadual e federal. Pois, a avaliação do processo avaliativo está interligado entre si e um depende do outro para funcionar bem e contribuir para a melhoria do ensino oferecido nas escolas brasileiras.
A Secretaria de Educação avalia o trabalho desenvolvido pelas escolas. A escola avalia o trabalho do corpo docente. O professor avalia o seu trabalho e o desenvolvimento dos alunos e alunas nas aulas e nas provas. Os alunos e alunas avaliam seu aprendizado e a atuação do professor, da escola e assim por diante. Todas estas avaliações estão interligadas entre si, por isso a importância do ato de avaliar.
Então, é preciso entender o que significa avaliar e para que a avaliação serve.
Avaliar significa determinar valia ou valor do esforço empreendido. Ao avaliar estamos atribuindo algum tipo de valor a alguma pessoa, situação ou atitude. Todo tipo de avaliação vem a ser uma forma de classificação. Deve-se analisar qual o objeto e o sujeito da avaliação, para, então, saber o que se tem que avaliar, a quem se tem que avaliar, como se deve avaliar, como temos que comunicar os resultados dessa avaliação.
Para Janssen (2003) uma aprendizagem significativa acontece quando a avaliação é vista como um processo de sistematização e interpretação que deve orientar o docente para que o mesmo possa refletir sobre sua prática pedagógica. E para que isso ocorra a avaliação precisa ser constante, diversificada, continua, sistemática e intencional.
De acordo com [Luckesi (2011)][2], o ato de avaliar é um ato de investigar. O professor deve ser um gestor preocupado com esse recurso metodológico, pois enquanto a ciência descreve e interpreta a realidade a avaliação estuda a sua qualidade. Por isso, o professor que não tem conhecimento do ato de avaliar como investigação científica não conseguirá ter uma ação pedagógica e resultados sérios e satisfatórios. Ele ainda enfatiza que há dois tipos de avaliação: uma que avalia um objeto já configurado e concluído e outra que avalia o objeto em construção. Teremos então assim, avaliação de certificação e avaliação operacional. Apesar de as duas terem o mesmo principio da avaliação, evidenciam fenômenos e conceitos diferentes entre si.
Avaliação de certificação: se refere à investigação de qualidade, segue procedimentos básicos e tem como objetivo testemunhar sobre a qualidade do objeto estudado. Ex: Inmetro, OAB, ISO, etc. Os interessados submetem-se a uma prova para avaliar a qualidade e desempenho de sua função; no fim, se aprovados, recebem uma certificação de que está apto a exercer aquela função. Neste caso se, durante a investigação o resultado for insatisfatório, a certificação será negada. Este tipo de avaliação configura-se em dois passos: descrever e qualificar a realidade.
Avaliação Operacional (de acompanhamento de uma ação): investiga a qualidade dos resultados levando em conta o foco formativo (processo) e depois, o foco final (produto). Para este tipo de avaliação, Luckesi nos diz que o objeto é assumido no seu processo de construção que se caracteriza no ato de aprender e tem como suporte o ato de ensinar. Este tipo de avaliação se configura em três passos: descrever, qualificar e intervir na realidade, se necessário.
Diante de tudo isso, é importante que o aluno saiba que vai ser avaliado e qual o processo que será utilizado. A avaliação não deve servir como forma de ameaça ou exclusão, deve ser encarada como algo que venha acrescentar, enriquecer os conhecimentos do aluno, a didática do professor e o ensino oferecido na escola."O papel da avaliação é acompanhar a relação ensino e aprendizagem e possibilitar as informações necessárias para manter o diálogo entre as intervenções dos docentes e educandos". (Da Silva, 2003).
Diante disso, avaliar vai muito além de provas, portfólios ou outro qualquer tipo de registro que se faça para medir o desempenho do aluno. O mais importante é encontrar caminhos diferentes para analisar o crescimento desse educando no processo de ensino e aprendizagem.Para encontrar o caminho é conhecer a realidade do aluno,como diz Luckesi (2011, p.165): Enfim, a realidade, na prática do conhecimento é a "realidade que construímos conceitualmente". Suas riquezas e limites dependerão dos nossos recursos metodológicos, dá a necessidade premente de investigação estar sempre em atividade construtiva. Assim podemos ter uma tomada de decisão que implicará os recursos metodológicos para avaliar o aluno da melhor forma. Assim estar em constante investigação para que o método de avaliar não para na primeira tomada de decisão.

AVALIAÇÃO COMO PRÁTICA EDUCATIVA


A avaliação como prática educativa deve ser entendida como um procedimento diagnóstico, envolvendo todo o processo de ensino. O trabalho em sala de aula, se realiza por meio de conhecimentos prévios dos alunos, antes de iniciar o novo conteúdo a ser abordado. Estes conhecimentos possibilitarão ao professor planejar sua prática pedagógica, de acordo com a realidade dos alunos da sua turma.
A avaliação como prática educativa serve para sistematizar os princípios teóricos que alicerçam a avaliação.
A avaliação, segundo Luckesi (2011) é sempre dinâmica e construtiva e seu objetivo na prática educativa é dar suporte ao educador para que ele tenha meios de observar e intervir da melhor forma possível de forma que o educando aprenda e que sua ação pedagógica possa ser satisfatória no final do processo. Nesse contexto, a avaliação dá suporte para decisões importantes no ato de aprender, seja para considerar que a aprendizagem foi satisfatória, seja para reorientá-la se algo ficou difuso e sem compreensão. Tudo isso será feito para ter um melhor resultado no foco final.
Ainda,conforme Luckesi (2000), a boa avaliação envolve três passos:
• Saber o nível atual de desempenho do aluno (etapa também conhecida como diagnóstico);
• Comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no processo educativo (qualificação);
• Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (planejar atividades, sequências didáticas ou projetos de ensino, com os respectivos instrumentos avaliativos para cada etapa).
A avaliação não pode mais ser um instrumento de seleção e exclusão, pois tanto um como o outro bate de frente com a atual corrente pela inclusão na educação. Para Jussara (2005) há uma preocupação extrema da escola em padronizar ações, em estabelecer regras comuns a todos definindo assim somente critérios quantitativos e não qualitativos, além de objetivos precisos. Muito tem se falado em processo avaliativo, mas ainda é muito difícil enxergar justiça na avaliação, sendo ela ainda instrumento classificatório tradicional.

CONTEXTO ESCOLAR E A AVALIAÇÃO


A avaliação dentro do contexto escolar visa abordar de que forma a avaliação pode ocorrer nos espaços escolares e para isso, é preciso entender cada uma das formas de avaliação que podem ser utilizadas na escola pelos professores.
A avaliação Diagnóstica serve para detectar o que o aluno já sabe, para que a professora possa transmitir conhecimentos novos. Tal avaliação tem como objetivo identificar o nível de conhecimento dos alunos frente às novas propostas de aprendizagem e que as mesmas servirão para diminuir as dificuldades futuras e, em alguns casos, solucionar as dificuldades presentes.
A avaliação qualitativa refere-se à avaliação participante, isto é, aquela que envolve todos os atores da escola no processo avaliativo. Sendo assim, Demo (1991, p. 47), ressalta: “[...] se qualidade é participação, avaliação qualitativa equivale à avaliação participante”. Demo (1991), apresenta dois tipos de qualidade: qualidade formal e qualidade política. A primeira é constituída pelos instrumentos e métodos utilizados no processo avaliativo. A segunda trata-se dos conteúdos que são aplicados nesse contexto e as finalidades desse processo avaliativo. Sendo que cada uma dessas qualidades tem sua própria expectativa.
A avaliação formativa é um processo contínuo, pois se realiza durante todo o processo de ensino-aprendizagem. Esse tipo de avaliação não tem como objetivo punir ou premiar o aluno, ela prevê que o aluno possui ritmo e processo diferente de aprendizagem. A idéia de avaliação formativa leva o professor a observar mais metodicamente os alunos, a compreender melhor seu processo de aprendizagem, de modo a ajustar de maneira mais sistemática e individualizada suas intervenções pedagógicas e as situações didáticas a que se propõe.
A avaliação emancipatória tem o objetivo de descrever, analisar e criticar uma dada realidade visando transformá-la. este tipo de avaliação tem o interesse em tornar o sujeito um emancipador, ou seja, libertador, visando torná-lo crítico, liberto dos conhecimentos determinantes. Sendo compromissada em fazer com que as pessoas se envolvam em uma ação educacional escrevendo sua própria história e gerando suas próprias ações.
Portanto, a avaliação em todo o contexto escolar assim como o planejamento é uma das ferramentas mais importantes à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola, que é o sucesso do ensino e aprendizagem. Pois, avaliar permite ao professor encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado dos alunos e assim oferecer alternativas em tempo hábil para uma evolução mais segura.

APRENDIZAGEM, AUTORIA E AVALIAÇÃO


Este item visa analisar o papel da avaliação como instrumento de investigação e intervenção na aprendizagem escolar e, para isso, a avaliação deve ser vista como acompanhamento da aprendizagem, deve ser contínua, identificar os avanços e dificuldades de aprendizagem dos alunos. Desta forma, a avaliação passa a contribuir com a função básica, que é promover o acesso ao conhecimento.
A avaliação contínua dos alunos é fundamental também para o processo de ensino e aprendizagem, visto que detecta as dificuldades, re-estrutura o planejamento para melhor atender às necessidades dos alunos, visando a consolidação das habilidade autonomia e autoria.
Partindo do princípio da autoria o processo avaliativo deve propor ao aluno uma maneira diferente de aprender onde a mediação tenha sentido para o coletivo. Esse processo avaliativo deve provocar o aluno a realizar suas próprias produções o que favorece a melhoria da aprendizagem. "[...] cada aluno, interativamente, descobre o mundo a sua própria maneira, diferente e única. Mas aprende o mundo de forma rica e desafiadora na medida de sua maior socialização e da cooperação dos adultos nesse sentido. Desenvolve-se, ainda mais, quando interage com o diferente, com pessoas de idade, gênero, etnia, experiências de vida, sentimentos e desejos diferentes dos seus". (HOFFMANN, 2005).
Cada aluno é autor do seu próprio conhecimento, e é ele quem vai determinar a forma como vai construí-lo, portanto, a interação com o outro é parte fundamental nesse processo. E o professor como parte integrante dessa ação, tem a função de mediar essa construção.
E, para corroborar com essa ideia, trazemos aqui a opinião de Janssen (2003), falando que o paradigma das “aprendizagens educativas” vem trazendo para nós um movimento de ressignificação do processo de ensino e aprendizagem. E, isso acontece quando o professor passa a enxergar o aluno como um sujeito que tem potencial para aprender e o que diferencia um aluno do outro, são seus percursos de aprendizagens que ele exemplifica como sendo suas histórias de vida e, também pela diversidade sociocultural da escola. Da mesma forma, há que se considerar segundo Méndez (2002), que o ensino não pode ser visto como uma mera e mecânica transmissão linear de conteúdos curriculares fechados e prontos que o docente passa para o educando, sem contestação, sem análise, sem construir e desconstruir significados para que este realmente aprenda. Com esse paradigma, Janssen acredita que devemos ter uma nova compreensão de aprendizagem como uma prática pedagógica intelectual reflexiva transformadora. Dessa forma, ele analisa cada conceito dessa prática, começando pelo intelectual que diz exigir do professor e da professora que sejam “intelectuais, autores e atores de sua ação docente”, pois só assim poderão criar instrumentos e ações de sua própria autoria transformando o conhecimento científico em conteúdos escolares contextualizados com o cotidiano do seu educando e com a escola em que está inserido. Para esse autor, deve se entender a prática docente como uma investigação, um processo inacabado, em constantes formulações e reformulações, com um percurso a se construir. E, para fazer jus a essa prática o professor ou a professora tem que ter uma postura reflexiva, pois só assim “a sala de aula será um laboratório dos que ensinam e dos que aprendem”. (JANSSEN, 2003).


CONSIDERAÇÕES FINAIS


O ato de avaliar a aprendizagem para Luckesi (2011) ainda que tenha muitos componentes metodológicos comprometidos é um ato simples é um ato pelo qual o professor sabe se o seu educando aprendeu ou não o que ele ensinou. Se o professor descobre por meio dos instrumentos que utilizou que seu aluno aprendeu, ótimo, sigamos em frente. Agora, se descobre que não, então entra o termo que segundo esse mesmo autor, está na moda: “a desconstrução” do que se aprendeu, do que se ensina e da forma como se aprende. Professor pesquisador tem que ser crítico, autônomo e autor de instrumentos de aprendizagem, tem que estudar, investigar, planejar e replanejar o que não deu certo e, descobrir porque o aluno não aprendeu. Deve ensinar de novo e, de novo e de forma diferente para que o aluno tenha chance de encontrar formas diferentes de assimilar o que foi ensinado, pois o importante é aprender.
Nesse contexto, se faz necessário repensar o processo avaliativo como também debater as condições da formação docente, causando assim uma grande reflexão em torno da prática educativa e fazendo com que o professor e a professora avaliem sua postura diante do processo avaliativo. Com isso é importante que o educador tenha uma postura diferente e que auxilie o aluno na construção do seu conhecimento diante das novas exigências da atual sociedade contemporânea. E acima de tudo "é preciso valorizar as diferenças individuais sem perder de vista o contexto interativo. Escola é sinônimo de interação. Só existe escola para que muitas crianças e jovens possam conviver, trocar ideias, reunir-se, brincar, imaginar, sorrir, conviver." (HOFFMANN, 2005).
Pois, é a partir das relações de interação entre professor e aluno, aluno e professor e aluno e aluno, que o conhecimento se constrói e se solidifica.

REFERÊNCIA

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem competente do ato pedagógico. 1 ed. São Paulo: Cortez, 2011.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem Escolar. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2000.[Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/avaliacao-como-processo-de-construcao-de-conhecimento/49769/#ixzz2VladX5W4]

SILVA, Janssen Felipe da. Práticas avaliativas e aprendizagens significativas: em diferentes áreas do currículo. HOFFMANN, Jussara e ESTEBAN, Maria Tereza. Porto Alegre: Mediação, 2003.

HOFFMANN, Jussara. O jogo do contrário em avaliação. Porto Alegre: Mediação, 2005.

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