História

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A História, como qualquer componente curricular, carece de uma discussão sobre a forma como as novas tecnologias de comunicação e informação (TIC's) serão utilizadas de forma adequada no interior da escola. A ''Web 2.0'', portanto, surge como um conceito interessante para discutir a forma como a História pode dialogar e se aproveitar dessas novas portas que se abrem para a Educação.
A História, como qualquer componente curricular, carece de uma discussão sobre a forma como as novas tecnologias de comunicação e informação (TIC's) serão utilizadas de forma adequada no interior da escola. A ''Web 2.0'', portanto, surge como um conceito interessante para discutir a forma como a História pode dialogar e se aproveitar dessas novas portas que se abrem para a Educação.
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A ''Web 2.0'' é um conceito utilizado pela primeira vez em 2004, em uma conferência, por Tim O'Reilly, que ultrapassa os limites da ''Web 1.0'', de conteúdos estanques e partindo do pressuposto da passividade do consumidor, para a ideia de colaboração, tornando o consumidor, ele próprio, produtor do conteúdo.
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A ''Web 2.0'' é um conceito que foi utilizado pela primeira vez em 2004, em uma conferência, por Tim O'Reilly, que ultrapassa os limites da ''Web 1.0'', de conteúdos estanques e partindo do pressuposto da passividade do consumidor, para a ideia de colaboração, tornando o consumidor, ele próprio, produtor do conteúdo.
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O conceito [[Web 2.0]] pode ser entendido em si, em consonância com a educação [[Web 2.0 e Educação]] e com o conteúdo de História [[Web 2.0  e História]].
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== Web 2.0 ==
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Na Web 2.0, o conceito de inteligência coletiva é fundamental, em que os usuários saem da posição de apenas consumidores para a de colaboradores. Além disso, o usuário se torna codesenvolvedor de software. Os blogs, por exemplo, se tornaram redes incrementáveis, como afirma MATTAR (São Paulo: 2013, p. 21). As redes sociais, nesse sentido, tornaram-se tecnologias desse universo da Web 2.0, possibilitando ao usuário ainda mais poder de interferência na criação e alteração de materiais disponíveis. Isso sem falar das ''wikis'', que representam a própria noção de texto colaborativo.
Na Web 2.0, o conceito de inteligência coletiva é fundamental, em que os usuários saem da posição de apenas consumidores para a de colaboradores. Além disso, o usuário se torna codesenvolvedor de software. Os blogs, por exemplo, se tornaram redes incrementáveis, como afirma MATTAR (São Paulo: 2013, p. 21). As redes sociais, nesse sentido, tornaram-se tecnologias desse universo da Web 2.0, possibilitando ao usuário ainda mais poder de interferência na criação e alteração de materiais disponíveis. Isso sem falar das ''wikis'', que representam a própria noção de texto colaborativo.
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== Web 2.0 e Educação ==
== Web 2.0 e Educação ==
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A Web 2.0 na Educação nos remete à ideia do aluno, não como o indivíduo imbuído na posição de expectador passivo diante do professor detentor de todo o conhecimento, mas como um agente participativo, também coautor do processo de aprendizagem (MATTAR: 2013, p. 21). Além disso, o educando, nascido em uma cultura digital, faz uso das redes sociais e dos mecanismos de busca, o que, se mediado de forma adequada, pode propiciar um processo de aprendizagem mais significativa e com resultados mais satisfatórios. Contudo, o sucesso da iniciativa depende da estrutura fornecida tanto a alunos como a professores e profissionais da educação como um todo, carentes de um preparo e de uma formação mais específica no sentido de otimizar o uso das novas tecnologias da educação. Dessa forma, seria possível superar velhos hábitos na educação, ou mesmo estimular novos usos a ferramentas, muitas vezes, aplicadas de forma bastante limitada.
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A Web 2.0 na Educação nos remete à ideia do aluno, não como o indivíduo imbuído na posição de espectador passivo diante do professor detentor de todo o conhecimento, mas como um agente participativo, também coautor do processo de aprendizagem (MATTAR: 2013, p. 21). Além disso, o educando, nascido em uma cultura digital, faz uso das redes sociais e dos mecanismos de busca, o que, se mediado de forma adequada, pode propiciar um processo de aprendizagem mais significativa e resultados mais satisfatórios. Contudo, o sucesso da iniciativa depende da estrutura fornecida tanto a alunos como a professores e profissionais da educação como um todo, carentes de um preparo e de uma formação mais específica no sentido de otimizar o uso das novas tecnologias da educação, deixando a passividade entre aluno e professor. Dessa forma, seria possível superar velhos hábitos na educação, ou mesmo estimular os usos de novas ferramentas, muitas vezes, aplicadas de forma bastante limitada, que na maioria das vezes, o professor se frustra, devido ao não conhecimento do uso dessas tecnologias, dificultando assim, o desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem.
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== Web 2.0 e História ==
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A ''Web 2.0'' abre grandes possibilidades para o ensino de História. O primeiro exemplo que pode ser citado é a utilização de blogs, linkedin, google +, vokihome, itumbrl e links onde é possível disponibilizar materiais produzidos por professores em qualquer lugar. Essa troca de experiências e o ''feedback'' podem ser dados na própria página, com informações e trocas partilhadas com outros usuários, mais ou menos ativos. Essas discussões se tornam verdadeiros documentos nas nuvens, que podem ser acessados a qualquer momento e de qualquer lugar.
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Além disso, as redes sociais como o ''Facebook'', ou mesmo o ''YouTube'' são ótimas alternativas, tanto para discussões quanto para a disponibilização de aulas, vídeos entre outros, podendo, no caso dos dois citados, serem usados conjuntamente.
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O professor, por sua vez, em sala de aula, precisa direcionar os trabalhos de forma a criar uma criticidade nos alunos em termos de seleção dos ''sites'' mais ou menos confiáveis e dos conteúdos que de fato atendem a uma certa demanda e servem para alcançar objetivos mais específicos.
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A aproximação, sobretudo das redes sociais, dessas novas tecnologias com a realidade de sala de aula torna o ensino e a aprendizagem menos penoso para o público-alvo, que é o aluno, o que pode ser, como já tem sido notado, um passo para a diminuição do abismo entre o ensino escolar e aquele que o recebe.
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Além disso, a própria ideia de colaboração e coautoria levam o educando a uma outra dimensão da escola, desenvolvendo habilidades tão diversas como a leitura, a escrita, a interpretação e a reflexão a partir de contextos de aprendizagens específicos da História. A ''Web 2.0'' é, portanto, um mundo de possibilidades.
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Mattar,João. Web 2.0 e redes sociais na educação. São Paulo:Artesanato Educacional,2013.

Edição atual tal como 19h16min de 2 de outubro de 2013

Tabela de conteúdo

Introdução

A História, como qualquer componente curricular, carece de uma discussão sobre a forma como as novas tecnologias de comunicação e informação (TIC's) serão utilizadas de forma adequada no interior da escola. A Web 2.0, portanto, surge como um conceito interessante para discutir a forma como a História pode dialogar e se aproveitar dessas novas portas que se abrem para a Educação.

A Web 2.0 é um conceito que foi utilizado pela primeira vez em 2004, em uma conferência, por Tim O'Reilly, que ultrapassa os limites da Web 1.0, de conteúdos estanques e partindo do pressuposto da passividade do consumidor, para a ideia de colaboração, tornando o consumidor, ele próprio, produtor do conteúdo.

O conceito Web 2.0 pode ser entendido em si, em consonância com a educação Web 2.0 e Educação e com o conteúdo de História Web 2.0 e História.


Web 2.0

Na Web 2.0, o conceito de inteligência coletiva é fundamental, em que os usuários saem da posição de apenas consumidores para a de colaboradores. Além disso, o usuário se torna codesenvolvedor de software. Os blogs, por exemplo, se tornaram redes incrementáveis, como afirma MATTAR (São Paulo: 2013, p. 21). As redes sociais, nesse sentido, tornaram-se tecnologias desse universo da Web 2.0, possibilitando ao usuário ainda mais poder de interferência na criação e alteração de materiais disponíveis. Isso sem falar das wikis, que representam a própria noção de texto colaborativo.

Web 2.0 e Educação

A Web 2.0 na Educação nos remete à ideia do aluno, não como o indivíduo imbuído na posição de espectador passivo diante do professor detentor de todo o conhecimento, mas como um agente participativo, também coautor do processo de aprendizagem (MATTAR: 2013, p. 21). Além disso, o educando, nascido em uma cultura digital, faz uso das redes sociais e dos mecanismos de busca, o que, se mediado de forma adequada, pode propiciar um processo de aprendizagem mais significativa e resultados mais satisfatórios. Contudo, o sucesso da iniciativa depende da estrutura fornecida tanto a alunos como a professores e profissionais da educação como um todo, carentes de um preparo e de uma formação mais específica no sentido de otimizar o uso das novas tecnologias da educação, deixando a passividade entre aluno e professor. Dessa forma, seria possível superar velhos hábitos na educação, ou mesmo estimular os usos de novas ferramentas, muitas vezes, aplicadas de forma bastante limitada, que na maioria das vezes, o professor se frustra, devido ao não conhecimento do uso dessas tecnologias, dificultando assim, o desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem.

Web 2.0 e História

A Web 2.0 abre grandes possibilidades para o ensino de História. O primeiro exemplo que pode ser citado é a utilização de blogs, linkedin, google +, vokihome, itumbrl e links onde é possível disponibilizar materiais produzidos por professores em qualquer lugar. Essa troca de experiências e o feedback podem ser dados na própria página, com informações e trocas partilhadas com outros usuários, mais ou menos ativos. Essas discussões se tornam verdadeiros documentos nas nuvens, que podem ser acessados a qualquer momento e de qualquer lugar. Além disso, as redes sociais como o Facebook, ou mesmo o YouTube são ótimas alternativas, tanto para discussões quanto para a disponibilização de aulas, vídeos entre outros, podendo, no caso dos dois citados, serem usados conjuntamente. O professor, por sua vez, em sala de aula, precisa direcionar os trabalhos de forma a criar uma criticidade nos alunos em termos de seleção dos sites mais ou menos confiáveis e dos conteúdos que de fato atendem a uma certa demanda e servem para alcançar objetivos mais específicos. A aproximação, sobretudo das redes sociais, dessas novas tecnologias com a realidade de sala de aula torna o ensino e a aprendizagem menos penoso para o público-alvo, que é o aluno, o que pode ser, como já tem sido notado, um passo para a diminuição do abismo entre o ensino escolar e aquele que o recebe. Além disso, a própria ideia de colaboração e coautoria levam o educando a uma outra dimensão da escola, desenvolvendo habilidades tão diversas como a leitura, a escrita, a interpretação e a reflexão a partir de contextos de aprendizagens específicos da História. A Web 2.0 é, portanto, um mundo de possibilidades.

Referência

Mattar,João. Web 2.0 e redes sociais na educação. São Paulo:Artesanato Educacional,2013.

Ferramentas pessoais