Práticas Pedagógicas e Gerenciamento do uso das Tecnologias na Educação

De Wiki_Semed

Edição feita às 20h03min de 20 de fevereiro de 2012 por Tulypa (disc | contribs)

O bom uso das tecnologias passa necessariamente pelo bom gerenciamento e por práticas pedagógicas inovadoras. O inovador se fez na experiência exitosa de Sugata Mitra, colocando máquinas à disposição de crianças que não conheciam computadores nem internet. Isso é uma atitude inovadora principalmente, por deixar as crianças livres para manipular as máquinas sem restrições. E foi surpreendente o resultado! As crianças não estragaram as máquinas e mais que isso: aprenderam sozinhas a manipular e em pouco tempo elas estavam ensinando umas às outras a fazer o mesmo, acessando a internet para brincar e talvez o mais surpreendente: para buscar um site que lhes confirmou notícias vistas na TV. Será que estamos preparados para encontrar crianças com tamanha desenvoltura e capacidade de aprender? Teremos a ousadia de colocá-las em situações novas e deixá-las experimentar o novo até que se sintam confortáveis, ou seja, aprendam sozinhas, sem que coloquemos um manual e exijamos que decorem antes de manipular a novidade?

Esses questionamentos a princípio parecem sem resposta. Mas, de acordo com Demo, o ambiente escolar precisa ser exatamente assim, um lugar de estudo e não um lugar para dar aulas. A ideia de instrucionismo propagada nas escolas, desde a sala de aula até as semanas e reuniões pedagógicas, deveria ser repensada. O professor deve tornar-se um pesquisador e adquirir o que Demo chama de autoria renovada, para a partir daí proporcionar momentos de aprendizado ao aluno. Quando o sistema educacional contribuir para que o profissional da educação tenha períodos de estudo, pesquisa, discussão e autoria de textos, talvez esses questionamentos possam ser respondidos por meio da prática docente e não de teorias.

Vale ressaltar que o sistema educacional vigente parece não estar ao par de que a presença da tecnologia digital em nossa sociedade trouxe inúmeras mudanças no comportamento social das crianças. A ampla gama de informações que chegam até os alunos e que permitem uma forma de aprendizado diferente requer ao professor novas formas de intervenção, novas abordagens e metodologias diferenciadas, surge a importância de profundas mudanças no ambiente escolar, banindo de vez a ideia de instrucionismo que ainda reina nas iniciativas de formação do professor, que precisa agora ter a tecnologia como alavanca para uma mudança de paradigma no sentido do ensino-aprendizagem.

[Marc Prensky http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI153918-15224,00-MARC+PRENSKY+O+ALUNO+VIROU+O+ESPECIALISTA.html] (2001), em seu artigo Nativos Digitais, Imigrantes Digitais destaca o declínio da educação também em países como os EUA e coloca como principal causa o fato de que nossos alunos mudaram radicalmente seus interesses. Não são os mesmos para os quais o sistema educacional foi criado, visto que a influência da chegada e da rápida difusão da tecnologia trouxe uma nova forma de interação e conhecimento. Três foram aparelhos (o controle remoto da televisão, o mouse do computador e o telefone celular) que mudaram o modo de pensar e o comportamento dessa geração de Nativos Digitais, termo cunhado por Prensky (2001).

As crianças praticamente já chegam as escolas alfabetizadas pelas [mídias[1]] Elas aprendem a fantasiar, a criar, a falar, a se emocionar com tudo o que vê pela televisão. Por isso é importante que o professor adote uma postura firme, positiva e mediadora nas suas práticas pedagógicas. Não se pode virar as costas para o que os educandos estão vivenciando no mundo lá fora. Eles aprendem e trazem o "problema" para a sala de aula. Compete ao professor, levantar os aspectos positivos e negativos do tema proposto pelo aluno.

Influenciados por esses aparelhos, essa geração cresceu utilizando as mais diversas tecnologias, e não apenas o computador e a internet, mas uma ampla variedade de equipamentos digitais e brinquedos eletrônicos, a exemplo:celulares, vídeo games, câmeras digitais, entre outros.

Paralelamente aos Nativos Digitais temos os Imigrantes Digitais, personificados na figura dos pais e professores.Estes não são falantes nativos da linguagem digital, porém também não são incapazes de aprender a linguagem (digital) utilizada pelas crianças e alunos. Ocorre que embora ocorra a aprendizagem, sempre persiste o “sotaque”. Esse sotaque pode observado em diversos exemplos, tal como a necessidade da impressão de um e-mail.

Reside na situação ora apresentada o problema enfrentado hoje pela educação. Os educadores usam na escola uma linguagem já ultrapassada e lutam/buscam para ensinar uma geração que nasceu e cresceu em um mundo digital e que fazem uso de uma linguagem totalmente nova. Isso se deve a diferença marcante entre as duas gerações. Uma é linear,a outra não usa a linearidade, uma busca resolver os problemas por conta própria e a outra, liga para um amigo, pesquisa em redes humanas quando precisam de respostas instantâneas. Seguindo o raciocínio de Pedro Demo, "é indispensável apoiar os professores no acesso a novas tecnologias." Cabe aos gestores darem apoio aos profissionais da educação, o saber lidar com as tecnologias, tanto computadores, quanto a utilização de aplicativos. Demo ainda diz que "o objetivo é aprimorar a imagem do professor à frente dos tempos, atualizado e capaz de oferece a seus alunos o que há de melhor no mundo do conhecimento (...)." Talvez com essa capacitação, nós os professores imigrantes digitais, possamos interagir de forma positiva com os alunos.

Durante o curso e os diferentes relatos, vídeos assistidos, atividades e leituras de textos percebemos o quanto é importante a uma criança sem oportunidades conhecer uma máquina tão fascinante! Devemos a partir disso tudo, ter um olhar diferente com relação a inclusão digital, não só para crianças como também para idosos e outras pessoas que não tem condições de vivenciar isso. Percebemos também que o crescimento intelectual e a autonomia com a máquina não ocorre apenas nas crianças e nos jovens, mas também com adultos e até idosos.

Existem varias iniciativas com a intenção de quebrar as fronteiras digitais, no entanto, vamos focar nossa discussão na inclusão de recursos tecnológicos nas práticas pedagógicas na Educação.

As ferramentas tecnológicas tem se tornado uma prática indispensável nos planejamentos diários da sala de aula.Os professores necessitam de algo que aguce a curiosidade dos alunos, levando-os a pesquisar, interpretar, criar e inovar o aprendizado. A tecnologia é um avanço nas práticas pedagógicas ajudando a construir conhecimento por meio do lúdico.

As ferramentas tecnológicas aliadas a prática educacional é uma união que fortalece o processo ensino-aprendizagem, mas para que haja esse fortalecimento é necessário que o professor no seu fazer pedagógico faça com que o aluno busque o conhecimento através de pesquisas, leituras, interpretações e crie possibilidades de aprendizagem significativas.

O uso de jogos ajuda as crianças no seu raciocínio lógico matemático onde há a necessidade de criar estratégias para avançar etapas e também há inúmeros sites que auxiliam na criação de jogos onde eles mesmo criam os jogos e regras.

Posso relatar que utilizei várias ferramentas tecnológicas em minhas aulas como o uso da sala de tecnologias para pesquisas sobre diversos temas e posteriormente os alunos apresentavam seminários e para a apresentação produziam slides buscavam imagens ou fotografavam e utilizavam o DATA SHOW. Nessas aulas pude perceber o quanto eles se interessavam e desenvolviam as atividades.

A inclusão digital até a pouco tempo era utopia e agora uma realidade como lidar com ela pois segundo Marc Prensky (2001)somos imigrantes digitais e o nosso alunado é nativo digital.

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