Turma - B - Vespertino:A importância da pesquisa no processo de aprendizagem de forma investigativa na construção e ressignificação do conhecimento

De Wiki_Semed

INTRODUÇÃO

Diante do atual contexto em que a sociedade contemporânea se encontra, onde as tecnologias invadem os espaços e as informações são veiculadas muito rapidamente, percebemos a necessidade de uma nova postura do ser humano diante de tantas informações. Nesse sentido cabe a educação proporcionar aos jovens estudantes aprendizagens que contribuam de forma significativa no processo de construção do conhecimento, pois na atual sociedade é preciso ter discernimento em selecionar o que realmente é importante e que possa contribuir para o desenvolvimento da mesma. Diante disso percebemos que um dos caminhos que nos leva a construir conhecimentos significativos, é sem dúvida o caminho da pesquisa. Pois sabemos que a mesma faz parte do desenvolvimento do ser humano, foi por meio dela que grandes invenções foram descobertas, tanto na área cientifica como tecnológica, principalmente no que se refere a cura de diversas doenças. A pesquisa nos dias atuais passou a ser de extrema necessidade para a educação, pois “a pesquisa não pode ser apenas um estilo de trabalho sofisticado, próprio dos especialistas” (DEMO: 2005, P. 11). Nesse sentido percebemos que a pesquisa pode (e deve) permear todos os níveis e modalidades de ensino na sociedade contemporânea. Pesquisar significa procurar, informar-se, indagar, buscar de modo sistemático a construção e a reconstrução do conhecimento, e a partir desse processo novos conhecimentos serão gerados. Hoje vivemos uma sociedade ligada a informação, e nossos alunos têm acesso a muitos tipos de conhecimentos e fatos simultâneamente, através de vários meios de comunicação e utilizando cada vez mais tecnologias avançadas, que possibilitam esse acesso rápido, mas que às vezes não são explorados de forma eficiente em algumas escolas por desenvolverem somente uma forma de transmissão de conhecimento, o instrucionista, no qual as aulas são simplesmente repassadas de forma sistemica e teórica, ou seja, são aulas dadas como informações, o que não permite ou desperta o interesse pela busca de algo desconhecido, instigando e incentivando o aluno para uma busca mais aprofundada acrescentando ao próprio conhecimento. A criança de hoje convive com as novas tecnologias e seu aprendizado não condiz com o sistema educacional que a escola oferece. Ao pensar na escola, podemos considerá-la em várias perspectivas: a do professor, a do aluno, a dos pais, a da comunidade, a da gestão escolar, a da construção do conhecimento e também levar em conta fatores históricos, sociais, culturais, antropológicos, econômicos, políticos e pedagógicos. A partir da pesquisa o aluno explora, descobre por si mesmo. Essa descoberta pode desenvolver no aluno a significância do conteúdo, pois ele é e se sente como agente transformador no processo ensino aprendizagem. Se o professor utilizar da ferramenta de pesquisa, pode desenvolver no aluno a ressignificação do conhecimento, pois quando o aluno vê por si mesmo, experimenta, busca e a partir dessas experiências o professor baseia parte de suas aulas, o educando se apresenta como parte importante do processo e não apenas como mero ouvinte. A pesquisa é um importante instrumento que auxilia nossos alunos na construção do conhecimento. De fato o aluno que pesquisa aprende, e com autoridade do argumento, sabendo convencer sem vencer. É necessário desenvolver em nossos alunos o hábito de pesquisar e elaborar, pois pesquisando, ele tem maior interesse sobre o tema. Ele tem dúvidas e seus questionamentos levam-no a investigação e assim constrói seu conhecimento. E no caso dos docentes cabe o papel de mediar essa pesquisa, de elaborar estratégias que propiciem o aprendizado dos alunos, de avaliar no final de todo processo, mas para isso é preciso muito preparo e dedicação, pois para se fazer uma análise profunda é preciso que o profissional em educação esteja em constante aprimoramento. Esse profissional terá mais trabalho, terá que estudar mais e dispor mais de tempo para realizar este tipo de trabalho. Para o verdadeiro educador o que vale é o resultado, o produto final, a parendizagem. Assim, educar pela pesquisa é uma ótima maneira de ensinar e de aprender, porque através dela aprendem professores e alunos, porque pesquisam, aprendem com autonomia, autoria e argumento.


EDUCAÇÃO PELA PESQUISA

Nos dias de hoje ensinar tornou-se uma tarefa diferente da forma como acontecia no passado. Antes, quadro, giz, livro e caderno eram suficientes para ensinar as crianças a ler, escrever e fazer cálculos. Não tínhamos a nossa disposição os recursos tecnológicos que temos hoje, os alunos não tínham acesso a recurso tecnológico algum, era raro mexer na televisão ou numa máquina fotográfica porque muitas vezes os pais não deixavam porque iria estragar. Hoje muita coisa mudou, as crianças já nascem no meio dos recursos tecnológicos e atropelam os pais com seus conhecimentos. As necessidades dos seres humanos também são outras, e com essa mudança o ensino passou a ser diferenciado, pois com os novos avanços tecnológicos ao qual nosso aluno está acostumado a conviver ao seu redor, tornou - se necessário a transformação das "aulas expositivas" em "aulas ativas" que estão sempre buscando a atenção e a participação de seu aluno, conduzindo - o à uma situação de "aluno autônomo e construtor de seu conhecimento". Quando o próprio aluno tem a oportunidade de criar, torna-se sujeito ativo de sua aprendizagem. As tecnologias e os recursos tecnológicos permitem a construção e reconstrução do conhecimento, tornando a aprendizagem uma descoberta. Desta forma, o aluno ganha em qualidade de ensino e conhecimento. A aprendizagem acontece de forma dinâmica e conta com o apoio de uma vasta gama de informações que são inseridas no meio educacional por meio das tecnologias, ou para melhor especificar, do computador. Então, são muitos os questionamentos a cerca de qual é o melhor caminho para ensinar e como o nosso aluno está aprendendo.(Amelice) “...Podemos considerar pouco útil a distinção entre teoria e prática, pela razão de que o conhecimento cientifico é o que existe de mais prático na nossa sociedade, principalmente por conta das tecnologias” (DEMO, 2005). Demo em sua fala coloca que deve sempre haver a necessidade deste entrelaçamento: teoria e prática, levando o aluno a se familiarizar com seu objeto de pesquisa levando-o a uma aprendizagem significativa.(Marli)

Nesta perspectiva, acreditamos que o papel fundamental do docente nos dias atuais é de zelar pelo desenvolvimento integral do educando, visando do mesmo uma postura crítica e construtiva. Nesse sentido cabe ao docente utilizar-se de metodologias significativas que valorizem a construção e a reconstrução do conhecimento, tanto do docente como do discente. Nesse sentido, cabe ao professor fazer a diferença e acompanhar as mudanças que o meio lhe propõe. Deve saber que as crianças de hoje, denominadas de nativos digitais, por sua facilidade em lidar com as tecnologias, não se interessam mais por aulas intrucionistas, e se não despertarmos a sua atenção consequentemente as aulas não se tornam motivadoras, e sabemos que aquilo que não nos motiva temos dificuldade em absorvermos. Então precisamos mudar nossos conceitos e criarmos aulas diferenciadas, não que iremos deixar as aulas expositivas completamente de lado, mas podemos, com certeza, diversificar um pouco nossas práticas pedagógicas. A pesquisa pode se tornar um importante instrumento para auxiliar na educação de nossos alunos, pois tem a capacidade de fazê-los pensar e assim modificar-se. Antes de tudo, precisamos entender o que é pesquisa. Segundo Pereira (2006 p.59) a pesquisa é um procedimento de reflexão e crítica que busca respostas para problemas que ainda não foram resolvidos. Pois, pesquisar na escola é construir, modificar o conhecimento saindo das aulas onde as informações são passadas. Pesquisa não é apenas reter ou passar as informações, mas o desfazer o conhecimento disponível pois ele nunca é absoluto, é construído (DEMO, 1996). Para que a pesquisa seja feita é necessário que se tenha uma orientação básica, ou seja um roteiro. Uma organização de pesquisa se inicia com a escolha do tema, definição do problema, elaboração do plano de trabalho e o relatório final(PEREIRA, 2006 p.59). (Mislene)Para Demo (2002,p.38)," é condição fatal da educação pela pesquisa que o professor seja pesquisador". (luciana goncalves)Diante disso, o professor precisa reformular a sua prática educativa, fazendo com que o aluno seja o centro da ação pedagógica, tornando-o em um sujeito ativo no processo de construção do conhecimento, pois prestar atenção, simplesmente, ao que o professor fala, não garante aprendizagem, em outras palavras, aprende-se aquilo que se busca, que se investiga,experimenta e confirma. Segundo Demo (2009, p.11) " É função preponderante do professor inventar tais atividades de pesquisa, induzindo o aluno a pesquisar e elaborar, tendo como objetivo maior sua autonomia e autoria". Dessa forma, o professor em sua ação pedagógica deve proporcionar situações que façam com que o aluno construa o seu conhecimento de forma significativa, transformando o ambiente escolar em um local onde o espírito de pesquisador e investigador possam predominar. Para Demo “A base da educação escolar é a pesquisa, não a aula, a pesquisa deve ser atitude cotidiana do professor e do aluno”. O aluno que pesquisa aprende melhor e se forma melhor. A pesquisa para Demo (2009) é um desafio não só para o docente, mas também para o discente. Dentro dela estão embutidos dois aspectos muito importantes: o de questionamento e o de reconstrução. O primeiro deles faz com que haja perguntas a serem respondidas, impulsiona assim a pesquisa. O segundo é o da reconstrução, que ocorre após a pesquisa, pois se adquiri novos conhecimentos, dessa forma, tendo seus conceitos (re) elaborados.


PRINCÍPIOS EDUCATIVOS DA PESQUISA

A pesquisa é mais conhecida no campo acadêmico sob a ótica científica, sendo portanto, classificada em vários tipos dependendo do campo na qual se deseja investigar. Quando fala-se em pesquisa voltada a educação, mais precisamente, uma pesquisa voltada para a educação básica, a mesma deve ser entendida como um meio para que o aluno possa ser capaz de construir e reconstruir conhecimentos, pois devemos entender que uma pesquisa não tem por objetivo finalizar um determinado assunto ou simplesmente desvendar e encerrar determinada discussão, mas é usada para aprofundarmos um fato baseado em dados mais pertinentes, levando-nos a elaborar e produzir saberes, uma vez que, é função da escola formar alunos capazes de viver nesta sociedade atual e nela atuarem de forma participativa. Nesse sentido formar cidadãos críticos, criativos e acima de tudo capazes de construir e reconstruir conhecimento é papel fundamental do educador. E para que isso realmente ocorra, o mesmo deve disponibilizar a esses cidadãos infinitas possibilidades para que haja o amadurecimento das informações, ou seja, a efetiva construção do conhecimento. Essa construção não acontece do dia para noite, é preciso que ambos, educador e educando se envolvam em processos de pesquisa a fim de consolidar conhecimentos. Lembrando que estes não se esgotam nunca, mas sim, estão sempre se renovando. A pesquisa no âmbito educativo não pode ser vista como procedimentos empíricos mas sim como confrontos com a realidade para que haja a construção e reconstrução efetivamente significativos. Assim o maior objetivo que traçamos para nossos alunos é que possam ser pessoas críticas e que tenham credibilidade em seus argumentos,sendo necessário que atuem cada vez mais como alunos pesquisadores. Para que a pesquisa possa abranger uma gama de conhecimentos é necessário utilizar várias fontes, como textos, teorias e objetos, e ainda assim o que é mais importante, o questionamento reconstrutivo e o método a ser utilizado. A pesquisa no campo educativo é pedagógico e formativo, e se inicia desde a infância, ela deve incluir dados autônomos e não se reduzir ao empirismo (DEMO, 2009).Nos ambientes formais da pesquisa, este rigor é bem mais apurado, mas não poderia deixar de aparecer igualmente em seu uso formativo. Como o princípio formativo não começa tardiamente no processo de escolarização (entre nós, em geral a partir do mestrado), mas desde a educação infantil, variando sua modulação em cada etapa acadêmica. A criança também vai à escola para construir conhecimento, ainda que a seu modo, em sua idade.Portanto, a pesquisa deve partir de um problema e, após definirmos esse problema, é necessário buscar caminhos para solucioná-lo por meio de estudos serão criadas as perspectivas sobre o tema delimitado. Para isso, primeiramente precisamos tornar o problema concreto e tangente, interrogando-o, pressupondo uma resposta, levantando dúvidas e propondo a superação de obstáculos. A pesquisa, grosso modo, pode ser diferenciada por dois grandes aspectos: 1. Pesquisa com princípio científico: aquela realizada em universidades e instituições financiadoras de pesquisas e, 2. Pesquisa com princípio educativo: essa tem o caráter pedagógico e educacional, vejamos o que Pedro Demo comenta sobre essas questões. Não podemos esquecer de que em ambos os princípios é preciso primar pelo rigor científico, este que tem diversos significados em relação à vida intelectual e discurso. Estes são separados das aplicações públicas com a sugestão da lei imposta pelo texto. Assim, “dados são construtos teóricos, em primeiro lugar, representando um modo de interpretar/reconstruir a realidade, privilegiando expressões numéricas” (DEMO: 2009, P. 02)

CONTEXTO ESCOLAR E A PESQUISA

Estamos acostumados a definir uma pesquisa como sendo um simples trabalho mecânico a ser realizado pelo aluno através da leitura de um determinado texto, onde é passado exatamente em qual livro e até mesmo em qual página ele deve buscar esse conteúdo, não possibilitando nenhuma busca ou descobrimento a ser feito ou pesquisado. Então acabamos definindo que pesquisa no contexto escolar seria o ato de conhecer, investigar, algo que previamente apenas conhecemos superficialmente ou nem isso. Dentro da sala de aula ela ocorre quando solicitamos ao educando a procura de determinado assunto, seja no próprio livro, dicionário, biblioteca, etc. Cabe ao professor nessa perspectiva de educar pela pesquisa, um professor mediador que serve de ponte entre o educando e o conhecimento; educar pela pesquisa no âmbito escolar pode abrir horizontes e enriquecer a prática pedagógica por aproximar professor e aluno e também por valorizar o conhecimento trazido pelo aluno; o professor pode e deve indicar sites e/ou livros onde encontra-se o conteúdo abordado, mas cabe ao aluno ler e interpretar o conteúdo, selecionando aquele que mais se encaixa para determinada aula. Para proporcionarmos a nossos alunos uma qualidade de ensino e torná-los pesquisadores, é preciso que nós professores sejamos também pesquisadores, elaborando estratégias que façam os educandos a destruir e reconstruir o conhecimento, não aceitando tudo pronto e acabado. Pois, a primeira condição da docência é a autoria, os títulos são importantes, porém, de nada adiantam se não existe o interesse nos alunos, ou se não sabe dar aulas (DEMO,2009, p.07). Deste modo, o professor deve organizar e preparar as estratégias para que os estudantes não se desviem do tema de interesse. Assim o ato de pesquisar inicia-se através da dúvida, das indagações e dos questionamentos sobre um determinado assunto. Por isso, a investigação constante e o questionamento tornam-se ingredientes necessários para a elaboração de uma pesquisa, sendo assim , a pesquisa surge por meio de uma problematização. Parece até fácil , mas desenvolver esta problematização não é tão evidente assim, pois primeiramente deve-se saber o que deseja saber e investigar, e portanto, a pesquisa em sala de aula, surge por meio de um levantamento, das dúvidas sobre o quê os alunos gostariam de saber, de estudar e compreender. Esta discussão inicial poderá ser feita de modo que envolva os alunos da classe, sendo então formados grupos pequenos ou em um grande grupo.O ensino-aprendizagem mais profundo e renovador é o investigativo, forjado e renovado pelo processo de pesquisa. O caminho da pesquisa é um caminho sem retorno, é um doce “vício”; quem o experimenta não volta mais ao ensino-aprendizagem doutrinário, à fórmula final e misteriosa, ao produto acabado e revelado. “Viciado” no ensino-aprendizagem investigativo e autônomo, nos processos metodológicos criativos, o estudioso tudo quer experimentar, tudo indaga, sobre tudo questiona. O espírito investigativo se volta para o ainda não-conhecido, isto é, para o futuro da ciência e não para o seu passado. (NOSELLA, 2000, p.03) Segundo Demo, a base da educação escolar é a pesquisa, pois quem conhece é capaz de intervir de forma competente, crítica e inovadora, ao iniciar trabalho com pesquisa, nós professores precisamos definir as metas, e regras para que a pesquisa escolar se torne eficiente. Precisamos direcionar por meio de projetos temos que despertar a curiosidades dos alunos, eles gostam do que é novo, do desconhecido e com isso desenvolve o espirito de trabalho em equipe, vão saber ouvir, respeitar a opinião do outro serão parceiros tornando se verdadeiros cidadãos. “Olhar criticamente” os, problemas da realidade é relevante para adentrar na convivência das pessoas, aprimorar a pesquisa qualitativa, superar o dado linear e aprimorar-se da intensidade do fenômeno de forma não-linear, isto é, dialético. Nesse caso, mesmo que não abrigue a sociedade toda, essa amostra pode se tornar “exemplar”. Você concorda ou discorda? Se houver concordância, é importante fazer uma leitura da concepção dos critérios de exemplaridade que se encontram no livro Complexidade e Aprendizagem. Se discordar, o importante é que você tenha clareza dos argumentos” (DEMO: 2005, p. 165)


PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

Em uma pesquisa é de suma importância a ação de planejar. Apesar de estarmos criando alunos autores e autônomos e talvez enxergarmos o planejamento como sendo uma metodologia instrucionista, ela se torna necessária para que sua pesquisa tenha início, sem que fique desnorteada ou sem sentido. No entando estamos buscando um norteador somente, uma direção básica para a linha de raciocícnio a ser usada para pesquisar, sendo que este planejamento vai além da preparação de aulas semanais, quinzenais, mensais ou anuais, enfim é um planejanemto que transcende ao qual é realizado atualmente por diversos professores. Este planejamento inicia-se primeiramente pela definição da problemática, sendo ela de caráter coletivo ou de grupos. Só a partir desta definição é possível elencar os objetivos que irão nortear o trabalho a ser realizado, e portanto, o ato de planejar se dará durante todo o processo de execução da pesquisa. Não podemos nos esquecer do papel fundamental que tem o professor no planejamento, pois na pesquisa educativa é necessário que se tenha um profissional com conhecimento técnico estruturado por critérios formais, internos e específicos. Ai entra a função do professor no planejamento e avaliação, pois apesar do conhecimento estar sendo construído e reconstruído através da autoria, autonomia e o recurso do argumento, existe a necessidade de um profissional que direcione, organize e proponha estratégias deixando, dessa forma a prática da pesquisa no caminho da aprendizagem real. Uma maneira de se trabalhar a pesquisa é por meio de projetos. Ele é organizado por etapas e objetivos previamente traçados, digo isso porque o projeto é flexível, bem como nosso planejamento.Os professores terão de conhecer o perfil do estudante que se intitula nativo digital para dar início a uma nova etapa no processo de ensino-aprendizagem, pois os alunos de hoje pensam e processam as informações de maneira bem diferente das gerações anteriores. Há que se delinear uma escola, onde todos as atores do processo: professor-aluno e aluno-aluno, interajam constantemente, privilegiem o diálogo, o questionamento, a crítica, a criatividade, o aprender a ser e o aprender a fazer, propiciando uma formação integral do homem, promovendo uma relação igualitária entre o pensar, o sentir e o fazer. Então a tomada de decisão é inteiramente dos participantes no processo de pesquisa, o percurso a percorrer, a mudança de estratégia que por vez também tem grande valia, possibilitando uma real autonomia dos seu autores durante todo o trabalho. No trabalho desenvolvido por meio de projetos, os alunos são levados a pesquisa, a observação, o registro pessoal e coletivo,a debates e confronto de ideias, onde desconstruir e reconstruir são práticas mais comuns.Outro fato importante do projeto é que o professor tem uma visão geral do trabalho e do caminho que está seguindo, necessitando também estar em constante pesquisa para mediar todo o processo de aprendizagem dos alunos. Observa-se então a neessidade de planejamento para se realizar uma persquisa que tenha relevancia no meio em que o aluno esta inserido e quem sabe na sociedade, que é o objetivo maior a ser alcançado e o educador deve estar preparado para isso. Uma avaliação viavel so será possível se ocorrer durante o processo e levando em conta os objetivos traçados na elaboração do planejamento de um determinado projeto.O conceito de avaliação, segundo HOFFMAN (2005, p.15) trata-se um método avaliativo formativo, que entende que o processo de aprendizagem não termina com a série que o aluno está cursando, ou com as médias prontas, mas pelo contrário é inacabado e visa principalmente o quanto o mesmo aprendeu e desenvolveu a autonomia de busca pela sua aprendizagem, ou seja, formar o aluno autor do seu processo de conhecimento. A avaliação Como diz Demo, avaliação é cuidar para que o aluno aprenda, é caminhar e construir juntos. É importante que no decorrer das aulas, o professor e o aluno estejam envolvidos com a pesquisa, pois assim a aprendizagem torna-se significativa. No ato de planejar é preciso ter isso em mente, não apenas preparar aulas expositivas, mas aulas que os alunos tenham a possibilidade de criar e (re) criar, elaborar suas ideias e testa-las. Nesse sentido, o processo de avaliação é fundamental, pois com ela será possível verificar os avanços na aprendizagem dos alunos. O professor não deve se limitar apenas na avaliação do aluno, mas também no grupo, o professor também é avaliado e o processo de ensino é a própria forma de avaliação. Nesse processo o professor precisa estar ativo, ser um constante pesquisador, levar seus educandos a categoria de companheiros, criando uma relação de parceria no ambiente escolar, para juntos tornarem-se pesquisadores, construtores do próprio conhecimento. Essa dinâmica exige um ambiente escolar mais motivador, capaz de despertar em seus alunos o espírito da curiosidade, da descoberta, da inquietude em relação ao conhecimento, levando-os a iniciativa de tornar-se um pesquisador. Capazes de elaborarem e executarem pesquisas cientifica, sendo o autor e construtor de seus próprios textos, de consciência crítica e argumentativa. Mas para que ocorra essa nova postura, flexibilização de currículo o educador deve estar atuante, atualizado, tendo o compromisso com o desempenho de seu aluno; disposto até ter que refazer o próprio material didático. Atuando sempre em pesquisas, estudos, especializações que contribuam no processo educacional sem ser apenas modista, mas o autor da construção e reconstrução do conhecimento científico. Um dos objetivos da pesquisa é o despertar-se para as descobertas, o desvendar o mundo é um trabalho de redescobertas que impulsiona e motiva a pesquisar. A pesquisa cientifica implica na escolha do tema, no problema a ser investigado, para que assim, possa elaborar um plano de trabalho e técnicas de investigação no processo e execução da pesquisa e antes de tudo, um estudo e revisão bibliográfica das teses que irá estudar e trabalhar. As estruturas da pesquisa devem estar bem claras e definidas como tema,hipóteses,objetivos, justificativas, métodos, técnicas de pesquisa, coleta de dados, analises, comparações, das quais levarão há uma conclusão e a finalização do próprio trabalho cientifico. A produção do conhecimento pela pesquisa, proporciona autoridade sobre a argumentação do conhecimento, sem ser o dono da verdade absoluta.




CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa é uma atividade de caráter investigativo e exploratório, que se inicia por meio de um questionamento, de uma problematização.É uma busca de conhecimento, reconstruíndo através do que precisou ser desconstruído para ser aprendido ou até mesmo resconstruindo um conhecimento que não foi completamente construído , porém de uma forma autônoma onde o significado será maior ainda para o aluno, pois este se sentirá autor do conhecimento construído e não um mero espectador. É um processo no qual a aprendizagem se torna significativa, onde por meio dela há a construção e reconstrução de novos saberes. Fazer pesquisa, vai além do que hoje vemos como "pesquisa", isto é realizar uma pesquisa de caráter formativo e educativo não se resume em pesquisar um determinado tema ou assunto, pesquisar, torna-se um processo que propicia a produção individual do conhecimento. Entretanto, para propormos a pesquisa da maneira como ela deve ser, devemos mudar o modo como estamos dando aulas e sairmos do instrucionismo, propondo estratégias que incentivem nossos alunos a pesquisar, trabalhando autoria, autonomia em cooperação e colaboração, destruindo e reconstruindo o conhecimento, utilizando os mais variados tipos de linguagem digitais ou não, e dessa forma desenvolvendo a autoridade do argumento.Demo em seu livro Educar pela pesquisa, defende que a conexão entre pesquisa e educação, é aquela mediada pela reconstrução do conhecimento. Mostra a importância de não separar qualidade formal, da qualidade política, ressaltando a importância profissional do saber pensar e do aprender a aprender. Com base nas leituras indicadas, podemos entender que de certa forma ser professor é ser um mero instrumento; de forma que todos podem ser professores, basta que saiba passar receitas de conteúdos prontos e acabados, impor respeito e dar noções de comportamento. O professor deve exercitar em seus alunos mesmo desde a Educação Infantil, o hábito da pesquisa, embora os resultados obtidos não sejam tão satisfatórios. Ao termino de minha leitura do texto professor & Pesquisa de Pedro Demo ele nos diz que ainda temos pela frente um longo caminho para que possamos realmente estar trabalhando com a pesquisa como foco de aprendizagem, pois será necessário uma grande mudança por parte dos docentes, pois precisamos aprender, como ele mesmo diz, a desconstruir e reconstruir saberes e conceitos, para somente então trabalharmos corretamente com nossos alunos. O que realmente tocou fundo em minha percepção de leitura sobre o tema é que não teremos alunos pesquisadores se não nos tornarmos professores pesquisadores. Pesquisadores de meios e modos de agir em diferentes situações de aprendizagens. Quais as melhores formas de atingir alunos com baixa auto estima e pouco conhecimento cientifico. A pesquisa é um processo sistemático de construção do conhecimento que tem como metas principais gerar novos conhecimentos e/ou refutar alguns pré-existentes. Ela é um conjunto de atividades orientadas e planejadas pela busca de conhecimento. Todas as questões aqui elencadas não são suficientes para entendermos completamente a questão da pesquisa na educação. Como o próprio título deste artigo contempla, a educação e a pesquisa são atividades investigativas e reflexivas. Nos dias atuais, assim como as gerações mudaram, suas expectativas também se diferiram, pois

Ao mesmo tempo, as novas gerações se cansaram de aula e outros procedimentos instrucionistas, porque fraudam suas ânsias interativas, comunicativas, participativas e autorais. Parece-lhes que o professor como “autoridade” é referência obsoleta, porque no jogo aberto da construção do conhecimento, deve valer a autoridade do argumento, apenas. Por isso, pesquisa pode ser vista como fundamento docente e discente. (DEMO: 2009, P. 12)


REFERÊNCIAS

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisa - Pesquisa: fundamento docente e discente - PROFESSOR & PESQUISA (10) - Pedro Demo (2009) MATIAS PEREIRA, J. Manual de metodologia da pesquisa científica. Atlas, 2006 Metodologia de Investigação em Educação - Pedro Demo. DEMO, Pedro. Metodologia de investigação em Educação. Curitiba: Idpex, 2005.

Ferramentas pessoais