Matemática

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História da Matemática x Web 2.0

O uso da história da Matemática,como recurso de aprendizagem da matemática, desde a reforma de Francisco Campos (1931),vem se discutindo como trabalhar, os PCNs indicam o que seria uma estratégia metodológica para ensinar. Mas, que elementos da história utilizar? Como o professor trabalharia em sala de aula? O aluno teria interesse em resolver estes problemas? São perguntas que Miguel e Miorim (2004) buscam apresentar uma pista sobre este trabalho e como os livros didáticos utilizam a história da Matemáticaem seu livro 'História na Educação Matemática - proposta e desafios'. A orientação da história no estudo dos números, por exemplo, é explicitada no texto "Os conteúdos e a abordagem". [...] “fio condutor que a história propicia”, forneceria uma abordagem mais adequada, tornando o estudo dos números mais significativo. [...] a história pode ser uma fonte de busca de compreensão e de significados para o ensino-aprendizagem da Matemática escolar da atualidade. Meserve (1980) defende que a história da Matemática é um elemento que pode ajudar na compreensão de certos tópicos matemáticos, desde que sejam ensinados ao alunos a partir de técnicas de resolução de problemas práticos. Zúñiga (1988) concorda com o ponto de vista de Meserve, entretanto reserva à história da Matemática o papel de um elemento esclarecedor do sentido das teorias e dos conceitos matemáticos que deverão ser estudados. Para o cumprimento desse papel, não bastaria apenas a inserção de breves informações históricas introdutórias dessas teorias e conceitos, mas efetivamente a utilização da ordem histórica da construção matemática devidamente adaptada ao estado atual do conhecimento.Em relação as tentativas de trabalhar com a História da Matemática na Educação Matemática, Miguel e Miorim, apresentam propostas de uso já utilizadas na elaboração de propostas de ensino. As referidas propostas estiveram e estão ligadas a concepções psicológicas de aprendizagem, as quais foram adotadas pelos programas oficiais e autores de livros didáticos. Os PCNs, em vigor atualmente,apresentam uma perspectiva de uso da História na Educação Matemática, e de acordo com os PCNS, “o recurso à História da Matemática pode esclarecer ideias matemáticas que estão sendo construídas pelo aluno, especialmente para dar respostas a alguns “porquês” e, desse modo, contribuir para a constituição de um olhar mais crítico sobre os objetos de conhecimento” (BRASIL,2001 p. 46). A história da Matemática pode despertar no aluno uma busca para aprofundar como surgiram os conceitos matemáticos, que estes tiveram longos anos de observações e estudos.
Essa busca em relação ao surgimento dos conceitos matemáticos, pode ser registrada em blogs, wikis, fóruns, PbWorks, entre outros. Sendo assim, os professores terão acesso aos registros, observando a data de entrega, o que foi postado pelos alunos, como foi postado, qual a colaboração nas discussões. Dessa forma, será criado um canal de comunicação, pois dependendo da ferramenta utilizada, esse canal servirá para dúvidas e debates sobre os assuntos. Fica evidente, que esses recursos não ficam restritos às pesquisas, mas podendo ser inserido no cotidiano, por exemplo, no momento do envio e correção de tarefas; no momento de preparação para as avaliações.

Uso da Web 2.0 no Ensino da Matemática

Uso da Web 2.0 no Ensino da Matemática

A evolução tecnológica afeta todos os setores da sociedade principalmente a educação que reflete um ambiente de estruturação das primeiras relações sociais, nesse sentido, a Matemática tem papel fundamental nessa construto social.

Estudos de Souza(2009) demonstram essa preocupação a respeito da educação matemática e sua contribuição para a formação cidadã. Segundo o autor, para exercer a cidadania é necessário saber calcular, medir, raciocinar, argumentar e tratar informações de maneira crítica e contextualizada. Portanto uma educação matemática voltada para a formação do cidadão é de suma importância.

De maneira similar, o desenvolvimento tecnológico está atrelado à inclusão ou exclusão social no sentido de proporcionar aos envolvidos a participação nas discussões contemporâneas. O professor, precisa preparar-se para inserir os recursos tecnológicos em sua prática no ensino da Matemática a fim de proporcionar ao aluno a construção da autonomia e a formação cidadã. Sanavria e Morelatti (2012), Demonstram preocupação semelhante ao retomar as ideias de Borba e Penteado na reflexão sobe o fato de que no a prática docente como vinha sendo desenvolvida, não poderia ficar imune à presença da tecnologia.

Nesse sentido, com todas as mudanças que as novas tecnologias têm proporcionado nas últimas décadas, o ensino da matemática não pode ficar fora deste contexto. Na reflexão sobre o uso da Web 2.0 na Educação Matemática é imprescindível repensar a forma com que esses recurso vêm sendo utilizados na sala de aula, muitos educadores têm medo de utilizar esses recursos em suas aulas. Brito e Neves (2010) demonstra a preocupação com o receio que os professores têm do uso das tecnologias na educação não sentindo-se preparados para utilizá-las com seus alunos.

Sanavria e Morelatti (2012) analisam por meio de pesquisa, de que forma o professores de Matemática apropria-se dos recursos da Web 2.0 em uma perspectiva colaborativa.
Esses autores sugerem uma reflexão sobre a formação do professor de Matemática no sentido de proporcionar a compreensão desse professor sobre as possibilidades colaboração da Web 2.0 como instrumento de transformação das prática pedagógicas.
Outra discussão levantada por Sanavria e Morelatti (2012) a luz de outras teorias, é a diferença entre o discurso e a prática. Segundo esses autores, essa diferença pode estar relacionada à formação dos professores sendo tratada apenas com a soma da educação e a informática, quando deveria ser priorizada a integração entre a educação e as novas tecnologias.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM), "cada uma dessas novas ferramentas e desses novos procedimentos sinaliza o anacronismo de qualquer ensino centrado unicamente no discurso, mesmo porque, muitas vezes, as inovações pedagógicas não se subordinam aos recursos materiais suplementares, mas dependem, sobretudo, de novas atitudes relativamente ao processo de ensino e aprendizagem que, aliás, não se modifica de repente, mas por passos sucessivos, quando o professor consegue explicitar para ele mesmo o que pretende promover", é necessário que o professor pesquise e produza seu próprio material desenvolvendo a sua autonomia e proporcionando aos alunos a colaboração nas atividades propostas.
Na mesma vertente, é descrita nos PCNS de Matamática (1998 p.43), "nesse cenário, insere-se mais um desafio para a escola, ou seja, o de como incorporar ao seu trabalho, tradicionalmente apoiado na oralidade e na escrita, novas formas de comunicar e conhecer". Resta ao professor sair da condição de detentor do saber para assumir o papel de eterno aprendiz, buscando relacionar os novos recursos da Web 2.0 á sua prática pedagógica.
É preciso que o professor quebre a resistência à mudança, pois o desenvolvimento tecnológico vem crescendo de forma exponencial em todas as classes sociais. Os alunos, por mais humildes que sejam, possuem um celular, um computador, ou têm acesso à Internet no Cyber do seu bairro, os recursos da Web 2.0 podem ser aliados do professor no sentido de conquistar o aluno para o aprendizada da matemática.


Referências

MIGUEL, A. & MIORIM, M. A., História na Educação Matemática: Propostas e desafios, Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2004.

PCN Ensino Médio Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionaishttp://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf Acesso 05-10-2013

SANAVRIA, Zarate Sanavria e MORELATTI, Maria Raquel Miotto - http://www2.unimep.br/endipe/3137p.pdf - A cesso 05-10-2013


SOUZA, Edvaldo Alves de - A importância da escola na formação do cidadão: Algumas Reflexões para o Educador Matemático http://www.partes.com.br/educacao/educadormatematico.asp - A cesso 05-10-2013
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