Avaliação escolar no contexto do ensino e aprendizagem

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Introdução


Constantemente buscamos nos aperfeiçoar, porque em uma sociedade capitalista é necessário que o Homem busque cada vez mais novas técnicas para ultrapassar barreiras, seja ela pessoal ou profissional, portanto é importante passarmos,frequentemente, por avaliações, para que através delas possamos descobrir fatores que nos possibilitam um crescimento pessoal e intelectual, detendo assim o conhecimento.
" Conhecer é poder" Francis Bacon (1561-1620) O conhecimento é importante em todos os aspectos. Ele detém o poder de fazer,e, oferece ao ser humano possibilidades de realizar atos eficientes,contribuindo na construção consciente de resultados desejados, até porque sem ele não se chega onde se deseja e não se tem eficiência e qualidade satisfatórios, por isso temos de investigar para conhecer e conhecer para agir. Se não ao contrário não se tem eficiência e qualidade. O objetivo é compreender o significado da avaliação da aprendizagem como um ato de investigar a qualidade do seu objeto de estudo e, se necessário, intervir no processo de aprendizagem, tendo como suporte o ensino, na perspectiva de construir os resultados desejados. O que é conhecimento no contexto da compreensão da avaliação da aprendizagem com resultados bem-sucedidos. A avaliação é apresentada como a que subsidia a obtenção de resultado satisfatórios que é a aprendizagem do educando. Subsidia a obtenção do resultados desejados, e não de quaisquer resultados que sejam possíveis. Abordamos a ciência(conhecimento) como moda de desvendar a realidade que oferece suporte a uma intervenção eficiente(tecnologia), tendo a compreensão da ciência como modelo, o ato de avaliar como um ato de investigar e intervir para a melhoria dos resultados em construção.Enquanto a ciência investiga como funciona a realidade, a avaliação estuda a sua qualidade, e a qualidade dos dados para se chegar a esta conclusão.Ao se desvendar os dados de uma realidade, a avaliação da a possibilidade e os dados necessários para que o gestor possa intervir da melhor forma possível. A noção de que a forma como compreendemos a avaliação faz uma ligação com a forma como compreendemos a ciência, ainda que cientes de que ciência e avaliação investiga objetos diferentes, uma a realidade a outra a qualidade. Por isso, precisamos praticar o modo de proceder a avaliação e a forma de operar da ciência. O objetivo é estabelecer um elo entre essas duas áreas de conhecimento, tornando a segunda melhor configurada epistemologicamente e operacionalmente. A avaliação norteia todo processo de viver da humanidade ao longo de sua trajetória. Todo processo é permeado de subjetividade, normas, condutas e códigos criados pelo homem. Para Luckesi (1995, p.69) avaliação é com “um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão”. São elementos que compõem a compreensão constitutiva da avaliação. O processo avaliativo não tem finalidade em si mesmo, não pretende uma melhoria só da aprendizagem, mas da racionalidade e da justiça nas práticas educacionais. Avaliar não somente para cumprir com uma das funções do professor, de manter atualizado o currículo do aluno, mas, se faz avaliação para conseguir melhora do processo educativo como um todo. Nesse contexto a avaliação pode ser entendida, prioritariamente como um conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática às necessidades colocadas pelas crianças. tem como função acompanhar, orientar, regular e redimensionar esse processo como um todo. É a reflexão transformada em ação. Ação, que impulsiona a novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre a realidade, acompanhando a trajetória da construção do conhecimento do educando. A avaliação deve integrar as várias facetas de formação do aluno, como parte do processo deve estar em constante transformação. Entendemos que a escola deve ter claramente disposto e organizado os critérios avaliativos, estabelecendo assim uma investigação da certificação da qualidade do conhecimento adquirido e acima de tudo o acompanhamento, e se for necessário, uma intervenção, pois considera as realidades heterogêneas e trata o conhecimento como fonte de elucidação da realidade transformando-o em algo compreensível, real. Decorre daí que não se deve denominar por avaliação testes, provas ou exercícios que são meramente instrumentos de avaliação, muito menos nomear por avaliação boletins, relatórios, que são registros de avaliação. Métodos e instrumentos de avaliação estão fundamentados em valores morais, concepções de educação, de sociedade e de vida do sujeito. São essas as concepções que regem o fazer avaliativo e que lhe dão sentido. É preciso, então, pensar primeiro em como os educadores pensam a avaliação antes de mudar metodologias, instrumentos de testagem e formas de registro. Reconstruir as práticas avaliativas sem discutir o significado desse processo é como preparar as malas sem saber o destino da viagem.( HOFFMANN 2005). E nesse sentido afirma SILVA (2003, p. 9) " A escola, assim, é um lugar político- pedagógico que contribui para a interseção da diversidade cultural que a circunda e a constitui, sendo espaço de significar, de dar sentido, de produzir conhecimentos, valores e competências fundamentais para a formação humana dos que ensinam e dos que aprendem. Nesse raciocínio, o papel da avaliação é acompanhar a relação ensino aprendizagem para possibilitar as informações necessárias para manter o diálogo entre as intervenções dos docentes e dos educandos". Portanto, para que ocorra este contexto interativo, o professor deverá criar e dinamizar o seu trabalho para que assim os educando obtém a construção do conhecimento. E a avalição será entendida como um juízo da qualidade sobre o conhecimento construído, tendo em vista uma tomada de decisão, "replanejamento", ou não, todos os objetivos foram assim alcançados.

PROCESSO AVALIATIVO NA EDUCAÇÃO


O professor ao avaliar deve levar em consideração alguns aspectos, como Hoffmann descreve: o processo avaliativo tem por objetivo: a)observar o aprendiz; b)analisar e compreender suas estratégias de aprendizagem; e c)tomar decisões pedagógicas a continuidade do processo.Tornando assim a avaliação um instrumento que contribua no desenvolvimento do seu trabalho. Processo subjetivo e multidimensional A relação educador/educando exige o processo avaliativo mediador, que, por sua vez, só sobrevive por meio do resgate à sensibilidade, do respeito ao outro, da convivência e de procedimentos dialógicos e significativos. A avaliação da aprendizagem consubstancia-se contesto próprio da diversidade. O objetivo é fazer desafios superáveis aos alunos, de modo que que as respostas de cada um provoquem o professor a fazer outras perguntas sobre elas, em outras dimensões, sobre o mesmos assuntos, sob diferentes formas provocativas, também, em termo de estratégias de pensamento. Nesse sentido, os diferentes saberes dos alunos, que cooperam entre si e debatem os assuntos, é um fator fortemente favorecedor da melhoria das aprendizagens. A avaliação é um processo contínuo que passa por todos os meandros do ano escolar, pois devemos fomentar a aprendizagem do educando no dia a dia da escola, fazendo com que pensem e queiram ser seres humanos melhores para conseguir concluir com sucesso sua etapa de ensino.

AVALIAÇÃO COMO PRÁTICA EDUCATIVA


A avaliação, segundo Luckesi (2005) tem por objetivo contribuir para a prática pedagógica do professor, no que requer a busca pelo desenvolvimento intelectual. Ainda conforme Hoffmann (2005) ao avaliar o professor identifica a necessidade do educando, procurando assim alternativas satisfatórias que possam ser desenvolvidas com qualidade. Instrumentos de avaliação estão fundamentados em valores morais, concepções de educação, de sociedade, de sujeito, enfim, isto é o que dá sentido e rege o fazer avaliativo. A avaliação da aprendizagem envolve educador e educando, mesmo que o educador tenha vários alunos, o processo avaliativo estabelece forma diferente, por meio dessa ação mediadora afeta-se e influencia-se aprendizagens individuais.É necessário segundo o mesmo autor, reconhecer e respeitar a particularidade de cada aluno, afinal a individualidade deve ser considerada, tendo em vista a necessidade de formas diferentes de avaliação a serem aplicadas. Cada aluno estabelece maiores ou menores vínculos afetivos e intelectuais com cada professor, por isso o resultado de respostas são diversas, sendo assim o processo é sempre singular.Já que os resultados são diversos porque são pessoas diferentes, é necessário refletir sobre os procedimentos adotados. Segundo Luckesi a avaliação deve ser feita com o rigor científico e não subjetivo. Sendo assim avaliar deve ser para produzir conhecimento, desvendar a qualidade da realidade. A avaliação, neste contexto, pode ser entendida de maneira prioritária como um conjunto de ações que ajudam o educador a refletir sobre o que quer saber para guiar o aluno, e para isso organizar sua prática pedagógica às necessidades apresentadas pelas crianças, ou seja,o professor deve aparecer como um mediador, capaz de oportunizar ao aluno o conteúdo, de forma que este possa assimilar as ações propostas. Isso porque na concepção de Vygotsky e Piaget a aprendizagem não é possível no isolamento total. Ela precisa do mediador, no caso, o professor, para oferecer um norte, uma orientação nas ações de pesquisa e aprendizado, e, para isso o educador deve saber que a avaliação deve ser sistemática, consciente e lógica porque deve ficar claro o que se quer avaliar. A linguagem deve ser compreensível, o conteúdo cobrado deve ser compatível com o que foi ensinado, deve ter precisão, critérios porque só assim o professor pode fazer o mapa do que o aluno errou e o que fazer para aprender o necessário para se chegar ao resultado do que o educando precisa para aquela série e o que é necessário para colocá-lo na vida social. Porque se houver só a observação e correção de tarefa, teste e registro de notas não tem como acompanhar e orientar no processo de ensino da aprendizagem significativa. O educando deve ser avaliado como um todo, em todos os seus aspectos e levando em consideração sua vivência, história de vida, pois fica fácil para os professores avaliarem aqueles que tem uma família, com acesso as tecnologias e as informações mundiais, esses vão ser, na maioria das vezes bons alunos, com notas boas, entretanto aqueles alunos com pouco ou nenhum acesso, esses sim, tem que ter um tato maior para se tratar, pois terão mais dificuldades de aprendizagem e assimilação do conteúdo, por isso, cada aluno ou educando devesse ser avaliado do sua ponto de partida e não de um padrão para a sala ou turma trabalhada.

CONTEXTO ESCOLAR E A AVALIAÇÃO


Antes do século XVI a avaliação era diferente porque se ensinava um ou dois de cada vez, depois disso percebeu que um professor poderia ensinar vários e a partir daí começou a se pensar em como avaliar em larga escala, então, ficou definido que seria seletivo, aprendeu vai em frente, não aprendeu fica, esse processo foi até o século XX. Até porque avaliar seria encontrar o melhor resultado, porque todos buscam sucesso, sendo assim a avaliação é necessária para se fazer a seleção ou mostrar os resultados buscados. Na década de 90, iniciou-se o processo de reforma baseado na ideia de que era necessário modificar o sistema educacional. Um dos argumentos era o baixo nível de responsabilidade dos resultados com que as administrações tradicionais(TEDESCO,2003).Porque surge então o fracasso escolar. Esse fracasso era atribuído especificamente ao aluno, mas começa a se refletir que não é só o aluno que fracassa, a instituição igualmente pode fracassar,então, pensa-se em alguns exames para que sejam avaliadas as instituições também. "'A responsabilização passa a ser entendida como que um valor que deve guiar os governos democráticos uma vez que é uma forma de rendição de contas a sociedade.Um ponto importante e normalmente utilizado como argumento contrário à implementação de sistemas de avaliação é o financiamento, isto é, o custo para que um país realize estes exames (SAUS, 2003). Iaies (2003) afirma que parecem estar mais claros os custos do que os benefícios dos sistemas de avaliação e sugere uma revisão crítica uma vez que as avaliações passam a ser objeto de avaliação.'"BECKER,Fernanda da Rosa; Pesquisadora do INEP, Ministério da Educação, Brasil. Ferrer(2006)descreve algumas condições desejáveis para que o país tenha um sistema de avaliação, em primeiro, onde os resultados devem ser previamente debatidos para que as provas e a metodologia a ser desenvolvidas atentam estes princípios. Em segundo, os instrumentos de medição devem estar relacionados a metas e objetivos, de desenvolvimentos cognitivo traçados pelo país. Logo, devem existir metas que sejam conhecidas por todos: professores, diretores, diretores e sociedade em geral. Outro ponto debatido é se o objetivo dessa avaliação será avaliar o sistema, as instituições ou os atores individualmente,e, por fim como apresentar os resultados. A primeira iniciativa no Brasil foi o SAEB, em 1990, e o segundo foi em 1993, mas somente em 1995 que se articulou um conjunto de políticas para melhorar a qualidade do ensino, e em 1996 as LDBs, que ficou clara a atribuição do MEC, com o SAEB foi possível identificar os problemas do ensino e suas diferenças, além disso coleta de dados sobre questões socioeconônicas, cultural, gestão, práticas pedagógicas e infra-estrutura. Estranhamente nossos alunos podem se sair melhor nas avaliações externas do que nas avaliações individuais na escola, pois o comprometimento com o resultado e a pressão no momento da avaliação pode beneficia-los e tranquilizá-los.

ENSINO, APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO


Percebemos que no espaço escolar, a avaliação no processo de aprendizagem tem assistido aos educadores a qualidade deste processo. Portanto, a pratica avaliativa promove ao educador o ato de investigar, intervir, acompanhar e comprovar a aprendizagem do educando. A Avaliação pedagógica serve para nortear ao educador, seja para mostrar que o conhecimento transmitido foi assimilado eficazmente ou não pelo aluno.Nesse caso o gestor educador deverá reorientar aos alunos, caso o resultado não tenha sido satisfatório.

Hoffmann diz em um dos seus textos, temos que fazer um acompanhamento diário, a avaliação deve ser no cotidiano dos alunos, valorizando o aprendizado diário, abolindo a preocupação excessiva com a prova mensal e principalmente com aprova bimestral como é comum na escolas atualmente. Nestas condições citadas por Hoffmann, a avaliação deve estar em primeiro plano voltada para o acompanhamento diário do desenvolvimento do aluno,não com o objetivo único de mensurar o conhecimento, mas sim detectar as possíveis falhas no processo de aprendizagem que possam de alguma maneira estar impedindo que o educando aprenda de maneira plena e significativa. O professor deve antes de tudo atentar-se em redimensionar sua prática, respeitando as potencialidades das crianças e lhes proporcionando grande variedade de experiências de aprendizagem, com o objetivo de desenvolver em plenitude suas capacidades intelectuais.

CONSIDERAÇÕES


REFERÊNCIAS

BECKER,Fernanda da Rosa. 'Avaliação educacional em larga escala: a experiência brasileira.' Revista Iberoamericana de educación nº53/1-25/06/10.

HOFFMANN, Jussara. O jogo do contrário em avaliação. Porto Alegre: Mediação, 2005


LUCKESI, Cipriano.Avaliação na Aprendizagem na escola: investigação e intervenção.1.ed.-São Paulo: Cortez, 2011.

SILVA, Janssen da. ; HOFFMAN, Jussara; ESTEBAN, Maria T. Práticas Avaliativas e Aprendizagens Significativas: em diferentes áreas do currículo. Porto Alegre: Mediação, 2003.

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