A WEB 2.0 como um espaço de autoria e aprendizagem na educação

De Wiki_Semed

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Tabela de conteúdo

INTRODUÇÃO


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Quando o interesse em comercializar computadores surgiu (superando a sua aplicação bélica) cresceu o interesse em inserir dentro do contexto escolar as vantagens que a informática oferecia. Assim, tornou-se pontual discutir as formas com que a computação se desenvolveu e os rumos que pra ela, se abrem no futuro, quer seja em empresas, órgãos públicos ou escolas.

Falando especificamente da educação, professor ganhou uma importante ferramenta para intermediar o processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma, é fundamental que sejam analisadas todas as possibilidades que se somaram ao ensino com a informática e, com isso, adequar o planejamento pedagógico da escola. Tudo porque existe um novo perfil de aluno, muito mais ligado e interessados em novas tecnologias, como podemos ver aqui.

  Assim chegou-se a um conceito que perdura até hoje, cujo objetivo, segunda Almeida “... e desenvolver o ensino de diferentes áreas do conhecimento por meio dos computadores.” (ALMEIDA, 2000). Nessa linha o uso da informática se torna mais maleável em relação a abordagem pedagógica adotada pela escola. 

O desafio educacional em pauta consiste em como organizar o ensino de forma que ele fique significativo e principalmente atrativo para os alunos. Atualmente, é prudente pensar as implicações do termo “informática educacional”.

O termo Web 2.0 foi usado pela primeira vez em Outubro de 2004 pela O'Reilly Media e pela MediaLive International como nome de uma série de conferências sobre o tema, popularizando-se rapidamente a partir de então. Tratou-se de uma constatação de que as empresas que conseguiram se manter através da crise da Internet possuíam características comuns entre si, o que criou uma série de conceitos agrupados que formam o que chamamos Web 2.0 [1]

Podemos afirmar que a produção do conhecimento por meio das tecnologias é um assunto rotineiramente debatido dentro do ambiente escolar atualmente, contudo a utilização dessas ferramentas por parte do professor ainda tem causado certa "timidez" no momento de planejar suas ações pedagógicas. Virilio (1993, p. 12) coloca que "na atualidade, o que se desloca é a informação. E desloca-se em dois sentidos: o primeiro da espacialidade física em tempo real, sendo possível acessá-la por meio das tecnologias midiáticas de última geração. O segundo, por sua alteração constante, pelas transformações permanentes, por sua temporalidade intensiva e fugaz".

Dentro deste contexto se encaixa a enciclopédia Wikipedia, cujas informações são disponibilizadas e editadas pelos próprios internautas. Também entra nesta definição a oferta de diversos serviços on-line, todos interligados, como oferecido pelo Windows Live. Uma página da Microsoft, que ao meu ver ainda está em versão de testes, pois nunca se consegue acha nada com facilidade nela, mas mesmo assim ela integra a ferramenta de busca, de e-mail, comunicador instantâneo e programas de segurança, entre outros.

Diante disso podemos explicar como os nossos alunos ficam ansiosos em aprender utilizando as novas tecnologias e o quão decepcionado ficam ao estudar pelos mesmos métodos que nossos pais e avós aprendiam. Hoje os alunos podem pesquisar, trocar experiências, se relacionar e aprender tudo ao mesmo tempo e, isso pode ser proporcionado em um espaço muito amplo, a Web 2.0, por meio de recursos Wikis por exemplo, ou até mesmo através de sites onde o professor coloca textos, vídeos e links que podem gerar temas para reflexão e comentários posteriores havendo interação entre os educandos. Wiki são páginas da web onde todos os usuários com direito de participação podem criar páginas, editar textos, e criar links de maneira simples, basta editar o texto e poderá alterar o texto, depois é só salvar.

Na web 2.0 também podemos utilizar como fonte de pesquisa a wikipédia, que é uma enciclopédia escrita colaborativamente pelos internautas, além de muitas outras ferramentas ela auxilia na aprendizagem efetiva dos alunos.

Podemos criar, editar e recriar dentro das wikis produzindo um texto coletivo, onde todos interagem e produzem conhecimento.

Nessa direção acreditamos que devido a evolução tecnológica no século XXI, os métodos de ensino e aprendizagem cooperativa são de grande valia, pois possibilitam que os envolvidos se beneficiem de todo o processo pedagógico.


A Web 2.0 propõe uma experiência de uso semelhante à de aplicativos para desktop, freqüentemente fazendo uso de uma combinação de tecnologias surgidas no final da década de 1990, que incluem Web services APIs (1998), AJAX (1998), Web syndication (1997), entre outras. Estas tecnologias aumentaram a velocidade e a facilidade de uso de aplicativos Web, sendo responsáveis por um aumento significativo no conteúdo (colaborativo ou meramente expositivo) existente na Internet. Estas também permitiram que usuários comuns, que até então não possuíam conhecimentos necessários para publicar conteúdo na Internet - pela ausência de ferramentas de uso simplificado - publicassem e consumissem informação de forma rápida e constante. Notadamente têm-se os blogs e wikis como expoentes desta massificação. Permitiu ainda o desenvolvimento de interfaces ricas, completas e funcionais, sendo que alguns aplicativos Web, ainda em versão beta, são considerados por muitos como "desktops on-line", proporcionando ao usuário um ambiente de trabalho inteiramente baseado na WWW, acessível de qualquer computador com conexão à Internet.De forma particular, o AJAX permite ao usuário não esperar que uma página Web se recarregue ou que o processo seja terminado para continuar usando o software. Cada informação é processada separadamente, de forma assíncrona, de forma que não é mais necessário recarregar a página a cada clique.[2]


Sob essa perspectiva Kenski (2003, p.5) escreve que "as tecnologias redimensionaram o espaço da sala de aula em pelo menos dois aspectos. O primeiro diz respeito a possibilidade de acesso a outros locais de aprendizagem –com os quais alunos e professores podem interagir e aprender e um segundo aspecto é o próprio espaço físico da sala de aula que se altera".

Como adverte Simão (2006, p. 149) “A designação de Web 2.0 não é inocente e segue toda a terminologia usada para actualizações (update) e evoluções (upgrade) de programas informáticos”. Como então utilizar este recurso com nosso alunado? Como então fazer com que ele consiga se adaptar a esta nova ferramenta: pesquisar, interagir e colaborar? Devemos inicialmente mostrar que a Web 2.0 significa desenvolver aplicativos que utilizem a rede como uma plataforma. A regra principal é que esses aplicativos devem aprender com seus usuários, ou seja, tornar-se cada vez melhores conforme mais e mais gente os utiliza. Web 2.0 significa usar a inteligência colectiva” (Bergman, 2007).

Colaboração é a palavra-chave da Web 2.0, é possível não apenas acessar o conteúdo, mas também transformá-lo, “reorganizando, classificando, compartilhando” e, principalmente, possibilitando a aprendizagem cooperativa, conceituada por Pierre Lévy (1999), como Inteligência Coletiva. Para que isso ocorra o professor deve mediar o conhecimento e não oferecê-lo pronto e acabado. O objetivo com esse novo modo de agir é fazer com que os alunos sejam capazes de produzir seu próprio conhecimento, de modo que ele seja o autor.

Segundo Marco silva a era digital ( 2012,p 2) cibercultura, sociedade de informação ou sociedade em rede, o fato é que em nosso tempo a interatividade é desafio não só para os gestores da velhamídia, mas para todos os agentes do processo de comunicação. É um desafio explícito que mais parece ultimato à lógica da distribuição em massa, própria também da fábrica e da escola. Esta última, em particular, visando atender a demanda moderna criada a partir do preceito iluminista de“educação para todos”, tornou-se instituição de massa, dispensando ao conjunto da população a ser instruída um tratamento uniforme, garantido por um planejamento centralizado.

A contemporaneidade tecnológica se apresenta como uma alavanca nesse processo, onde escolas e seus professores necessitam fazer uso, lançar mãos desses diferentes instrumentos que podem contribuir, e muito, com as práticas educacionais pedagógicas. O Editor de Texto Coletivo (ETC) tem como objetivo proporcionar um ambiente capaz de dar suporte à escrita cooperativa/colaborativa através da Web 2.0.

Logo, foi criado em espaço virtual para que usuários a distância possam elaborar textos de forma [síncrona][3] e/ou [assíncrona][4]. Tanto a concepção quanto a elaboração do editor apoiou-se numa perspectiva de construção do conhecimento e coordenação de ações baseadas na teoria piagetiana (Piaget, 1995; 1973). Suas ferramentas foram planejadas para apoiar este paradigma a fim de promover a escrita coletiva. Apesar de contar com pouco apoio, um dos mecanismos que se tem mostrado extremamente útil para gestão de sala de aula que corresponda à diversidade natural que a define é a aprendizagem cooperativa.Muitos autores, têm apresentado a aprendizagem cooperativa como poderoso recurso de atenção à diversidade.A aprendizagem cooperativa é uma metodologia que transforma a heterogeneidade, isto é, as diferenças entre os alunos – que, logicamente, encontramos em qualquer grupo – em um elemento positivo que facilita o aprendizado. Na verdade, os métodos de aprendizagem cooperativa não tiram partido apenas das diferenças entre os alunos, mas muitas vezes precisam delas. A diversidade, inclusive a de níveis de conhecimento – que tanto incomoda o ensino tradicional e homogeneizador – é vista como algo positivo que favorece o trabalho docente.

Seja lá o nome que se dê, era digital, cibercultura, sociedade de informação ou sociedade em rede, o fato é que em nosso tempo a interatividade é desafio não só para os gestores da velha mídia, mas para todos os agentes do processo de comunicação. É um desafio explícito que mais parece ultimato à lógica da distribuição em massa, própria também da fábrica e da escola. Esta última, em particular, visando atender a demanda moderna criada a partir do preceito iluminista de “educação para todos”, tornou-se instituição de massa, dispensando ao conjunto da população a ser instruída um tratamento uniforme, garantido por um planejamento centralizado.Por outro lado, hoje em dia sabemos que a potencialização das interações entre os alunos, favorecida pelo trabalho cooperativo, é um motor para aprendizagem significativa.

Mesmo sendo muito interessante o trabalho com a Web 2.0 com vistas na aprendizagem, muitos professores sequer sabem o que significa,e acabam por utilizar esta ferramenta moderna para reproduzir uma metodologia ultrapassada e que não contribui, em nada, para uma aprendizagem significativa.Portanto, se faz necessário a popularização desse novo modo de produzir conhecimento, que segundo Tim O’ Reilly (2012),tem uma característica dinâmica, interativa, flexível para os conteúdos e publicações, podendo ser editada tanto por profissionais da área como pelos próprios usuários, tendo como principal característica o aproveitamento da inteligência coletiva.


A mais conhecida e compartilhada Web 2.0 é a Wikipédia, que traz um contexto de enciclopédia, onde suas informações são disponibilizada e podem ser editadas por qualquer usuário. Também temos os blogs, os mash-ups, entre outros.

Alguns estudiosos discordam da tendência Web 2.0, por acharem as informações não confiáveis, devido ao acesso livre e de fácil alteração, mas o crescimento da procura e criação de sites e serviços que exploram a Web 2.0, comprovam a sua funcionalidade no ambiente virtual. Vale ressaltar que inúmeros trabalhos postados na Web 2.0 são de referências e confiabilidade relevante, propiciando a socialização de trabalhos acadêmicos antes relegados somente as bibliotecas das instituições de ensino, ou seja, que a produção científica e outras atividades transcendam aos muros das academias.

O ciberespaço, interconexão dos computadores do planeta, tende a tornar-se a principal infra-estrutura de produção, transação e gerenciamento econômicos. Será em breve o principalequipamento coletivo internacional da memória, pensamento e comunicação. Em resumo, em algumas dezenas de anos, o ciberespaço, suas comunidades virtuais, suas reservas de imagens, suas simulações interativas, sua irresistível proliferação de textos e de signos, será o mediador essencial da inteligência coletiva da humanidade. Com esse novo suporte de informação e decomunicação emergem gêneros de conhecimento inusitados, critérios de avaliação inéditos para orientar o saber, novos atores na produção e tratamento dos conhecimentos. Qualquer política de educação terá que levar isso em conta [A nova relação com o saber Pierre Lévy ] Os conteudos dos Websites sofreram grande impacto,com a Web. 2.0,dando aos usuarios a oportunidade de participar, gerando e organizando informações ou apenas enriquece-los com comentarios e outras informações. Tambem ha a ideia de nao ficar criando pastas e sim palavras chaves que é mais rapido e acessivel; O mais interessante é que a a We 2.0 marcou o amadurecimento do cooperativismo online. Pedagogicamente é uma ferramenta maravilhosa de compartilhamento de informações e que se for usada com atenção e respeito fará uma revolução nas aulas.

E realmente já podemos perceber que essa plataforma não é um espaço “sem lei”, cada vez mais os responsáveis tem procurado monitorar assuntos que não tem fundamentos ou que não são relacionados ao tema proposto. E nós, enquanto autores colaborativos, devemos respeitar este espaço que só tem a contribuir para o texto de autoria, tão importante para a educação do século XXI, a era em que cada vez mais se dá importância ao texto colaborativo.

A colaboração e geração de conteúdo exercem papel importante e fundamental na reflexão das possibilidades de aprendizagem. Com a disseminação de tecnologias, ferramentas, serviços e comunidades em ambientes on-line, a comunicação fica simples e mais fácil. Com o texto colaborativo é possível produzir mais conteúdos, acessar mais informações fazendo com que a comunicação seja de todos e nesse contexto, o importante é que as pessoas saibam onde está a informação, como ter acesso à informação e como transformar essa informação em conhecimento.

EDUCAÇÃO PELA WEB 2.0

A utilização das tecnologias nas escolas não é algo recente, pois podemos considerar como tecnologia toda e qualquer ferramenta que facilite no desenvovimento de atividades, como por exemplo, o quadro e o giz que podem ser considerados como tecnologia, pois durante muito tempo veio a somar com o trabalho dos educadores.

Mas a evolução tecnológica exige uma atenção especial, pois as ferrametas evoluem rapidamente e temos que estar antenados e preparados para receber essas mudanças e adequá-las ao nosso ambiente de trabalho.

Dentre essas tecnologias, destacam-se o computador e a internet, pois o computador ligado a internet não é algo isolado, está interligado às redes podendo compartilhar informações com várias pessoas ao mesmo tempo e, uma ferramenta que se destaca nesse cenário é a web 2.0.

A web 2.0 é uma ótima ferramenta para ser utilizada por professores e alunos, tendo em vista que podemos compartilhar qualquer produção com qualquer pessoa em qualque lugar, o educador tem que rever suas práticas e refletir sobre as mudanças de hábitos e comportamentos na sociedade moderna.Temos que nos apropriar das tecnologias atuais, trabalhando como um mediador na construção de conhecimentos, transformando o aluno num ser pensante e motivado para a troca de experiências.

A web 2.0 é uma nova versão da internet para a grande rede.O objetivo é o compartilhamento de informações, tornando quem frequenta parte da construção coletiva.A partir disso surgiram as novas ferramentas como blogs, wikis,redes sociais.

Outro recurso muito interessante nessa nova era tecnológica são os aplicativos da web. Estes aplicativos são programas com as mesma funções de softwares,porém os dados precisam ser baixados de um servidor, e alguns funcionam online. O que facilita, pois os dados não precisam ser instalados, como se fosse uma plataforma.

É importante ainda ressaltar, o quanto esta ferramenta auxilia nas produções de textos, na troca de conhecimentos e na construção coletiva. Quando o aluno pode expor o seu conhecimento através de um texto on-line, ele sente sua importância em relação a sociedade, e valorização na sua aprendizagem. Vale lembrar que a Web 2.0 deve ser utilizada com propósitos e objetivos centrais, para não se tornar uma ferramenta qualquer.E, para isso, deve-se levar em conta que o acesso à informação não pode ser considerado como garantia de sucesso, pois a quantidade de informação disponibilizada na rede vem crescendo rapidamente.

Partindo desta premissa, é preciso pensar que para ser um bom autor e leitor colaborativo e ter sucesso em suas pesquisas e colaborações textuais é preciso ler, pensar e produzir de forma crítica lendo e refletindo “nas, entre e por trás das entrelinhas”. Por isso, se faz necessário um trabalho sério, com muita leitura e interpretação de textos, procedimentos de leitura e interpretação desde o início do ensino básico.Ao falar em texto colaborativo vem logo à mente, o termo criado por Pierre Lévy, inteligência coletiva que é, basicamente, a partilha de funções cognitivas, como a memória, a percepção e o aprendizado.E, que segundo ele “Elas podem ser melhor compartilhadas quando aumentadas e transformadas por sistemas técnicos e externos ao organismo humano”, referindo–se aos meios de comunicação e à internet.

A perspectiva de desenvolvimento deste Editor entende o coletivo a partir da articulação de habilidades interpessoais. Isto é, os sujeitos atuam como parceiros no processo de aprendizagem a fim de alcançar um objetivo comum. Neste momento dinâmico de troca por meio da Web 2.0, a interação é vista como um processo coletivo de troca, onde o sujeito modifica suas estruturas cognitivas e pode vir proporcionar a modificação das estruturas dos outros. É através das interações por meio da Web 2.0 que o sujeito desencadeia um processo interno de construção e reconstrução do conhecimento. Segundo Demo, (2010) a desconstruir e reconstruir do conhecimento emerge como habilidade incisiva, expressando o desafio de pensar criticamente e aprender autonomamente, para se possível reconfigurar conhecimento para situações novas e surpreendentes.

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Já para o Professor ela pode auxiliar em vários aspectos, com divulgação de trabalhos, elaboração de textos, troca de experiências,exibições de links, o que torna um diferencial nas aulas, independente da disciplina em que for utilizada. Um dos melhores exemplos da web 2.0 é a Wikipedia. Uma enciclopédia online, onde qualquer pessoa pode alterar,acrescentar,melhorar qualquer verbete. Tornando-se um ambiente colaborativo.

Dessa forma, qualquer pessoa com acesso a Internet pode se beneficiar deste recurso tendo a sua disponibilidade diferentes conteúdos educacionais, que muitas vezes se complementam e facilitam a compreensão da matéria. Além disso, os próprios usuários podem criar conteúdos multimídias e disponibilizá-los para na rede. Ao receber o conteúdo, a rede pode avaliá-lo, fazer comentários (tanto para o criador como para outros usuários), ou propor formas de melhorar o conteúdo, ou seja, tanto os receptores da informação quanto os produtores estão continuamente avaliando e melhorando o conteúdo disponível.

Trabalhar com essa ferramenta é um mundo de constante criação e de novas descobertas.E a cada dia vão surgindo novas ferramentas de colaboração, com novos recursos, com mais funções e com muitas curiosidades. Devemos usar essa nova plataforma da web para melhorar nosso planejamento, atingindo sempre nossos objetivos e principalmente que o aluno tenha um aprendizado significativo.

A perspectiva Kenski (2003, p.5) escreve que "as tecnologias redimensionaram o espaço da sala de aula em pelo menos dois aspectos. O primeiro diz respeito a possibilidade de acesso a outros locais de aprendizagem  –com os quais alunos e professores podem interagir e aprender  e um segundo aspecto é o próprio espaço físico da sala de aula que se altera".[A nova relacão com o saber. Pierre Lévy.2006.]

O professor precisa saber fazer sua “teoria” própria, cuja adequação é resolvida na Prática: se o aluno aprender bem, vale a pena. Se não, nenhuma teoria interessa. Ao final, as escolas deveriam ser vistas como organizações nas quais professores e alunos aprendem bem, o que já sugere não definir mais professor pelo ensino. São profissionais da aprendizagem. Como tais, deveriam ser o exemplo inequívoco de como aprender bem a vida toda.Sendo assim, devemos pensar que a Web 2.0 é muito mais que tecnologia, é uma questão de atitude. E um sujeito de atitude é ágil no desenvolvimento do que faz. Trabalhar com WEB 2.0 incluido na proposta educacional é não tentar fazer como sempre foi feito, mas é sim, aproveitar as possibilidades da visão da Web como plataforma voltada para facilitar a vida do usuário e, utilizá-la em sala de aula para facilitar a aprendizagem dos nossos alunos que terão mais motivação para aprender. A web 2.0 pode ser uma ferramenta poderosa em prol da educação tanto com o auxilio do professor na modalidade presencial, como no ensino à distância um exemplo disso são os vários recursos que ela nos possibilita como o uso de pesquisa direcionada no caso da webquest desenvolvida por um professor de San Diego, CA. A WebQuest é uma atividade didática para os ensinos Fundamental, Médio e Superior para incluir nas aulas a Internet, em especial a busca de informação na Rede. Pode desenvolver o pensamento reflexivo e crítico dos alunos, como também estimular a sua criatividade.

APRENDIZAGEM E AUTORIA POR MEIO DA WEB 2.0

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A aprendizagem por meio da autoria deve ser uma proposta que utilize a pesquisa em sala de aula por um processo de busca de informações para serem analisadas, discutidas, questionadas e posteriormente submetidas a uma reconstrução por meio de elaborações, tendo como resultado a autoria individual ou coletiva por parte de professores e alunos. Todas as etapas desse estudo coletivo podem ser realizadas utilizando-se as tecnologias da informação e da comunicação e, sobretudo a Web 2.0 como importantes recursos para a interação e consequente aprendizagem colaborativa.

Por isso,uma das questões que se torna importante quando se trata de web 2.0 é a da autoria. De quem é esse texto? Quem o escreveu? E é seu o crédito por esse texto? Ou ainda, quanto vale o crédito por uma obra? Mas esta questão não é nova nas áreas das ciências humanas. Veja-se um exemplo com a literatura, os poemas épicos Ilíada e Odisseia não são de autoria de Homero, pertenciam a tradição oral grega e foram eternizados pelo estilo deste autor, que de certa forma os aprimorou e os canonizou. 0utra questão que devemos pensar é que a autoria de um texto só se tornou importante no século XIX com o movimento de mercantilização dos conhecimentos em que os autores passaram a ganhar crédito por suas obras e muitas vezes o autor tornou-se até mesmo mais importante que a própria obra. Entretanto, devemos questionar o que é mais importante: o autor e suas ideias ou as ideias específicas daquela obra? O autor poderia mudar seu pensamento e aprimorá-lo? Se assim o for, aquela obra assinada deixaria de fazer parte do seu conjunto de ideias simplesmente por ter sido ultrapassada por ele mesmo? E ainda, na mesma escala de valor, aquela obra não poderia ainda ter utilidade como fonte de conhecimento simplesmente porque seu autor a renovou? Muitas outras questões poderiam ser colocadas quando se trata da autoria de um texto, visto que é uma questão da importância que se dá ora para a obra ora para o autor, por isso, deve-se levar em conta que a web 2.0 fará com que essas e outras questões de autoria retornem para o centro das atenções dos estudos das ciências humanas, das questões mercadológicas e da maneira como se produz o conhecimento.

Segundo a Revista digital La educ@cion (maio2011, no145) Assim como ocorre com várias tecnologias, a Web 2.0 não foi inicialmente criada para ser usada em educação. Entretanto, devido às suas características de software livre, fácil manuseio e autoria coletiva, a Web 2.0 é considerada inovadora e os recursos relacionados a essa tecnologia vêm sendo cada vez mais utilizados em práticas de ensino, aprendizagem e pesquisa.E é exatamente quando se toca nesse ponto que a educação entra no bojo da discussão. No processo de desenvolvimento e de aprendizagem do aluno é solicitado que ele seja produtor do texto e do conhecimento, visto que a antiga e tradicional centralização da verdade em torno da figura do professor deixa de fazer sentido com a grande quantidade de informação disponível a um clique de qualquer pessoa, mas como ele pode ser o produtor de um conhecimento se ele mesmo está com sua formação em processo? Quais conhecimentos ele poderia produzir se ainda não tem uma formação específica em qualquer área? A construção desse conhecimento se daria por meio da pesquisa do tema a qual foi proposto, e isso não seria a cópia de um amontoado de texto ou mesmo a colagem de diversos textos num único resumo feito pelo aluno? Isso é produzir conhecimento? Aparentemente não, esse processo só faz com que o aluno ganhe independência, ele pode não produzir o conhecimento como um cientista ou mesmo um teórico, mas ele sabe que há ferramentas para que ele possa adquirir uma informação ou outra e, a partir disso, poderá vir a produzir conhecimento, em seu sentido literal.

Portanto, quando o aluno lê e até mesmo copia uma parte para dentro de seu texto, muitas vezes acusam-no de plágio, segundo a própria lei que protege a propriedade intelectual, mas não seria esse o gesto de todo e qualquer pesquisador quando faz sua pesquisa bibliográfica ao amontoar dezenas de citações? A única diferença é que o aluno ainda não sabe dar o crédito àquele que escreveu essa ideia primeiro que os outros. O conhecimento só é produzido a partir de uma ideia anterior, os questionamentos só podem surgir nessa dinâmica de confirmação e recusa de ideias anteriores, processo este que o aluno precisa aprender e só vai fazê-lo quando ganhar autonomia para produzir seu conhecimento a partir de sua experiência de vida e de aprendizagem.

Dessa forma, pode-se perceber que o uso das ferramentas da Web 2.0 pode trazer diversos benefícios adicionais ao ensino tradicional, principalmente por permitir novas práticas pedagógicas e formas de aprendizagem mais ativas e interativas na qual o próprio aluno pode ser o responsável por criar conteúdo e ferramentas que facilitem/auxiliem o aprendizado.
E o professor, neste tipo de construção educativa, adquire a função de orientador de seus alunos, devendo organizar situações de aprendizagens e proporcionar adequada interação entre todos os envolvidos nessa produção. E, no decorrer destas atividades deve mediar a construção textual de forma a favorecer a crítica e a autocrítica por parte de todos os envolvidos na construção, desconstrução e reconstrução do trabalho textual colaborativo. Sendo assim, o centro do processo educativo deixa de ser o da reprodução para focar-se na busca de um processo de reflexão de forma a reconstruir o conhecimento existente, acrescentando a ele novas reflexões, propostas e argumentos com o objetivo de formar cidadãos críticos e capazes de intervir na sociedade, transformando-a em um espaço mais justo e igualitário para todos e, proporcionando assim, uma formação mais integral dos educandos.
Olhando por essa perspectiva, as tecnologias digitais são, sem dúvida, recursos muito próximo dos alunos, pois a rapidez de acesso às informações, a forma de acesso [randômico] [5], repleto de conexões, com incontáveis possibilidades de caminhos a se percorrer, como é o caso da internet, por exemplo, estão muito mais próximos da forma como o aluno pensa e aprende, fazendo deste, um ser mais autônomo e consciente.

A web 2.0 está mudando uma das categorias que sustentou o mundo moderno: a de que uma pessoa cria e se torna dono de uma ideia simplesmente porque a assinou. A ideia de autor, desse modo, precisa ser repensada. O autor deve deixar de tratar sua escrita com uma atitude paternal, sua obra não faz parte de sua progênie. Seu gesto deve ser de entregar sua escrita para o mundo e deixar que ela sozinha se fixe ou se transforme pelo olhar do outros, alimentando um ciclo virtuoso de produção e enriquecimento do conhecimento, seria criar uma nova lógica das heranças onde não há um único herdeiro, mas sim todos receberiam as heranças do conhecimento simplesmente porque ele pertence a todos.

CONTEXTO ESCOLAR E A WEB 2.0

Há muito tempo sabe-se que a motivação dos alunos é fundamental para o desenvolvimento educacional. Todos nós já participamos de trabalhos em grupos. Quem nunca fez cartazes em escolas, ou mesmo divisões simples de tarefas para realizar uma tarefa educacional? Agora esses trabalhos são feitos através da internet.

O trabalho em grupo permite celebrar a diversidade e adquirir habilidades e atitudes sociais básicas e funcionais para o funcionamento democrático e para a socialização do conhecimento.

Porém com a evolução crescente do uso das tecnologias o trabalho em grupo mudou configuração, não há mais como o professor pedir um trabalho e não explorá-lo diante das diversas ferramentas que a WEB 2.0 nos disponibiliza. O trabalho em grupo além de possibilitar uma interação entre os colegas, também proporciona uma interação com as diversas mídias, ampliando a oportunidade de pesquisa e diálogo com o tema proposto. É a interação entre iguais que produz uma melhora da comunicação e o conflito cognitivo é determinante para que o sujeito possa reexaminar as suas ideias e transformá-las e assim receber um retorno dos demais.

Devemos perceber que é na relação de interação social que o estudante desenvolve maior interesse pelo aprendizado e uma das formas para apoiar o ensino-aprendizagem a se tornar mais atrativo são as tecnologias (computador, internet, vídeos e, etc).

A classe docente em sua maioria já está mais do que ciente de que há uma grande evolução tecnológica e que não há como voltar para trás ou estagnar-se, pensando nessa evolução como um simples modismo. Sendo assim, não tem como ficar indiferente a esse processo, pois seus alunos não estão. Grande parte das salas de aulas da nossa realidade já não é mais a mesma, é bem diferente do que era há alguns anos atrás. O público alvo do professorado está diferente e as necessidades sociais são outras, pois vivemos na era da globalização que exige do contexto escolar uma postura bem diferente e bem mais complexa que atenda este mundo cada vez mais informatizado. Com a grande revolução e combinação das tecnologias da informação e da comunicação não cabe mais uma educação “quadradinha e fechada em seus muros escolares”. É preciso que as escolas abram seus portões para essa combinação que só tem a ajudar na aprendizagem dos conteúdos escolares. Mas, para que isso aconteça, faz-se necessária uma mudança na formação dos professores que precisam estar preparados para ensinar e aprender com seus alunos as novas realidades que os ajudarão nas demandas do futuro.

Atualmente a escola vive uma dicotomia, uma separação do que se vive dentro e fora da escola. Ela precisa estar online para existir, para aprender, para dar e receber e nesse sentido a Web 2.0 pode contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e para atenuar essa a separação entre o que há na escola e o que há fora dela, cada vez mais dominado pelo acesso aos serviços proporcionados por meio da Internet. A integração de várias dessas ferramentas na prática educativa possibilita que os alunos se envolvam no processo de ensino e aprendizagem tornando-os produtores do seu próprio conhecimento. O simples fato de poderem escrever online é estimulante para os alunos, pois passam a ser muito mais empenhados e responsáveis pelas suas publicações.É diante desse contexto, que a Web 2.0 é uma oportunidade de aprendizagem significativa no ambiente escolar, pois pode contribuir para melhoria da qualidade de ensino e atenuar a separação entre a escola e o meio envolvente, cada vez mais dominado pelo acesso aos serviços proporcionados através da internet. Tratar de tecnologias na escola engloba, na verdade, a compreensão dos processos de gestão de tecnologias, recursos, informações e conhecimentos que embarcam relações dinâmicas e complexas entre parte e todo, elaboração e organização, produção e manutenção (ALMEIDA, 2005).

A Web 2.0 é uma tecnologia que tem um potencial maravilhoso, pois pode criar ambientes de aprendizagens inovadores e surpreendentes para os alunos. Os blogs, os wikis e ainda os podcasts são as ferramentas da Web 2.0 mais difundidas e utilizadas em contextos educativos. O aluno dessa geração gosta do que é novo, ele precisa ser desafiado.

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É nesta perspectiva, que as ferramentas da Web 2.0 se tornaram uma plataforma de produção poderosa. Com a integração dessas várias ferramentas existentes na interner, o cotidiano escolar acaba favorecendo ao aluno um envolvimento no processo de ensino e aprendizagem, o que o torna produtor do seu próprio conhecimento.

Realmente, é necessário explorar o máximo as potencialidades que a Web 2.0 tem a oferecer, não somente os alunos, mas também os professores e toda unidade escolar. O contexto educacional precisa se adaptar a essa nova geração, precisa renovar, porque “Uma escola que se fecha não está em condições de aprender, nem de se desenvolver.” (Guerra, 2001: 60).A comunidade escolar precisa se conscientizar que metodologia de ensino tradicional aplicada hoje não consegue atingir a todos os alunos, pelo fato que o mundo não é como era há algumas décadas passadas e os nossos alunos acompanham esta mudança, pois eles fazem parte deste ciclo mutável.

A escola, juntamente, com muitos professores não conseguem ver que falta de interesse, indisciplina e pouco aprendizado não são sinônimos de fraqueza intelectual ou descomprometimento com uma disciplina ou outra. E sim é falta de estimulo de algo que os alavanque, que os façam enxergar a função deles como seres participantes e transformadores desta sociedade.

Se o ensino se tornou enfadonho por não conseguir oferecer uma metodologia mais atrativa e bem mais eficiente do que as que muitos professores tem usado hoje, oriundas de séculos atrás para um perfil de sociedade em que não havia Internet, ou seja, as únicas formas de buscar o conhecimento estavam dentro de escolas, bibliotecas e universidades. Então veio os computadores e com eles uma nova cultura, a cultura da velocidade e do perecível, conhecimentos que antes eram verdades universais começaram a ser questionados, conceitos científicos estatizados como regras, voltaram a ser simples teorias e como teorias podem e são passíveis de questionamento. E com isso o aluno descobriu que o professor não é o dono do conhecimento como se a pensava antes, e com isso houve um descentramento do saber.

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO

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Em um mundo onde as fontes de informação são cada vez mais amplas e acessíveis, faz-se necessário possibilitar uma educação de qualidade a seus alunos, e para que isto aconteça o trabalho começa na gestão escolar. Durante muito tempo a escola ficou estacionada. A avaliação era usada para medir e rotular os alunos, classificando entre os bons e os que não sabiam muita coisa. Atualmente avaliar é uma importante ferramenta para o professor alcançar seus objetivos e oferecer alternativas quando a avaliação não for satisfatória.

Como ponto de partida, temos o planejamento educacional que surgiu da necessidade, quando a questão escolar transformou-se em uma questão política. A idéia de planejar é projetar, organizar os objetivos da escola para aquele ano que se inicia. O ato de planejar é a atividade intencional pela qual se projetam fins e se estabelecem meios para atingi-los. Por isso, não é neutro, mas ideologicamente comprometido.

Na escola como um todo não há critérios definidos, cada um segue um rumo, um método, ou um palpite. Ás vezes, esta avaliação se resume a um simples teste de capacidade do aluno de reproduzir ou assimilar conteúdo. Segundo Cervi (2008), a avaliação deve ser feita com objetividade, sabendo aonde se quer chegar em termos de eficiência, eficácia, efetividade, relevância e pertinência, sendo um processo de coleta de informações confiáveis com o objetivo de formar um juízo de valor sobre o que foi avaliado.

Então, planejar é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social, deve-se evitar a improvisação e estabelecer um conjunto de ações coordenadas entre si, que concorrem para a obtenção de um certo resultado desejado. Para tanto, a atividade de planejar deve ser o resultado da contribuição de todos aqueles que compõem o corpo profissional da escola.
De acordo com Vasconcellos (2000), a avaliação deveria ser vista como meios de buscar melhorias nas escolas, mas infelizmente não é isto que acontece. A avaliação acabou tornando-se o objetivo deste processo, na prática dos alunos e da escola, pois esta que deveria ser um acompanhamento do processo educacional, agora findou-se no desmerecido ditado popular: “o famoso estudar para passar”, proporcionando uma inversão de papéis.

Portanto, se estamos lidando com uma nova tecnologia que nos dá oportunidades para fazer uma educação diferenciada, não podemos continuar planejando e avaliando da mesma forma que há dez anos. Ao ler alguns artigos sobre avaliação de Vasco Moretto, deu para perceber que o professor inovador precisa adotar outras formas de avaliação da aprendizagem e, deve organizar diferentes instrumentos para avaliar o que o aluno aprendeu e que competências desenvolveu. Além disso, é necessário elaborar melhor as questões e avaliar as consequências do tipo de avaliação que adota e corrige. Nessa nova perspectiva de avaliação e planejamento, a WEB 2.0 tem enormes possibilidades para auxiliar o professor em sua formação e mudança de postura. E assim, os alunos, por sua vez, terão enfim um avanço significativo na aprendizagem.

A conexão entre planejar e avaliar

O planejar e o avaliar estão interligados. Enquanto o planejamento é o ato pelo qual decidimos o que construir, a avaliação é o ato crítico que nos subsidia na verificação de como estamos construindo o nosso projeto. Portanto a avaliação não existe se não for prevista no planejamento.

Contudo, avaliar não deve ser seletiva, conteudista, de maneira fechada, sem questionamentos. Antes de avaliar devemos tomar o conhecimento da realidade a qual estamos inseridos, da nossa clientela, da comunidade, da sua realidade. E antes de direcionar e dar qualquer passo, necessitamos responder algumas questões: O que queremos de nossos alunos e da nossa Escola? Onde nós, enquanto escola, estamos errando? Qual o motivo de tanta reprovação e evasão? Com estas respostas podemos nortear os objetivos, organizar o planejamento e buscar através da avaliação o que necessitamos para mudar e direcionar no intuito de melhorias educacionais. Ou seja, para resumirmos tudo isso, devemos planejar e avaliar se o nosso planejamento foi satisfatório, pois se não atigimos nossos objetivos devemos replanejar e buscar mecanismos de conseguir atingir nossas metas e planos.

O ato de avaliar tem seu foco na construção dos melhores resultados possíveis, enquanto o ato de examinar está centrado no julgamento de aprovação ou reprovação. Por suas características e modos de ser, são atos praticamente opostos; no entanto, professores e professoras, em sua prática escolar cotidiana, não fazem essa distinção e, deste modo, praticam exames como se estivessem praticando avaliação. (LUCKESI, p. 05, 2002)

A avaliação educacional sempre precisará contar com uma variedade de recursos, fontes, dados e informações. Torna-se necessário recorrer na sua aplicação às mais diferentes estratégias, técnicas, instrumentos e medidas, e os resultados da aplicação serem analisados, interpretados e depois utilizados no sentido de melhoria de rendimento ou do desempenho do que é avaliado; no (re)planejamento e reconstrução das atividades educativas, inclusive da própria avaliação. (ANDRADE, 200?).

Dentro do processo avaliativo o professor sempre deve ampliar seus instrumentos, recursos e principalmente sua forma de avaliar os alunos, compreendendo que cada aluno é único e precisa ser avaliado pensando no seu desenvolvimento como todo e não apenas numa nota apontada em uma avaliação.


Como professores devemos repensar em como são as nossas aulas, e qual seria o nível de aceitação dos nossos alunos pelo meu conteúdo e qual seria a melhor forma de avaliá-los. Com isso podemos proporcionar um diálogo aberto para saber quais são os principais interesses desses alunos, e de que forma esses assunto podem ser aplicado e avaliados nas aulas. Assim poderemos pensar na melhor forma de gerar o interesse por um determinado assunto, utilizando a WEB 2.0 de forma apropriada para cada disciplina, obtendo a participação de toda a sala, avaliando de forma contextualizada e eficiente, e por fim, alcançando o nosso principal objetivo: a aprendizagem.

O ato de planejar a utilização da WEB 2.0 nos faz refletir sobre como podemos desafiar o aluno em um mundo que ele se sente inteiramente á vontade, e no qual nós, imigrantes tecnológicos, estamos nos adaptando. E o maior desafio aqui é explorar a WEB 2.0 ao máximo para se obter a criação do conhecimento através da pesquisa seletiva e direcionada, criando, postando, interagindo com os outros colegas os próprios conhecimentos adquiridos. Se conseguirmos isso, a avaliação estará diretamente ligada à produção de conhecimento deste aluno, e à sua aprendizagem na utilização da WEB 2.0 como ferramenta de estudo, resultando num crescimento pessoal, afetando seus princípios e valores pessoais. De acordo com Hoffman, as fórmulas, as receitas e as inúmeras metodologias e práticas vigentes precisam ser questionadas sobre os princípios a que se destinam. Um número, como um valor arbitrário, esconde o professor, que pode atribuir uma nota qualquer a qualquer aluno. Essa prática de conceitos, notas, pareceres, o investimento da escola em processos de registro, esse grande gasto de energia, tudo isso acaba por desvirtuar o próprio sentido do processo avaliativo, que está no cotidiano da escola, que está, sim, na realização de testes e tarefas, mas com a finalidade de auxiliar e orientar o aluno para uma aprendizagem cada vez mais significativa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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É inegável o grande avanço da humanidade seguido de seus recursos tecnológicos, que paralelamente seguiu o desenvolvimento e evolução conforme as novas necessidades do homem moderno foram surgindo. Essas novas tecnologias possibilitou e ainda possibilita a interação entre as pessoas e seus processos de ensino-aprendizagem. E uma das ferramentas tecnológicas apresentadas aqui, é a Web 2.0, que através da sua conecção na internet é viável a construção de textos coletivos sem a necessidade da presença física dos colaboradores (co-autores).

Pensando no âmbito educacional, a web 2.0 vem a ser de grande valia para a exposição das idéias e conhecimentos da coletividade. Estimulando a pesquisa, a autonomia, cooperação, a criatividade e a crítica do alunato, e porque não também dos professores envolvidos. Esta característica de dinamismo de conteúdos, agrega os alunos ao objetivo em comum, dando um diferencial para esse processo de ensino-aprendizagem. Esta ferramenta, não deixa de ser, mais um modo de mediação por parte dos professores para com seus alunos, onde junto vai participar dessa construção, desconstrução e reconstrução do conhecimento. O texto coletivo produzido passa a ser teorias de várias cabeças pensantes, trazendo suas próprias experiencias de vida e de pesquisa, transformando-o mais fundamentado e dinâmico. Caindo por terra, a ideia de um único autor para teses de estudos. Mostra o quando cada co-autor tem muito a contribuir e o quanto a coletividade funciona melhor de um só. Portanto, a autoria de um texto, não fica mais resignado a somente um pesquisador e escritor, passa a ser uma inteligência coletiva.

Diante disso, a modernidade nos conduz a pensar que tudo está relacionado, interconectado, em interação constante e em processo de transformação. Dessa forma, o processo de ensino-aprendizagem frente aos expressivos avanços tecnológicos necessita considerar as necessidades de uma educação permanente, a produção compartilhada de conhecimentos, a autonomia, a interação e interatividade. Assim, ao entendermos que a educação precisa problematizar o saber, contextualizar os conhecimentos, colocá-los em perspectiva, para que os alunos possam apropriar-se deles e aplicá-los em outras situações. Percebe-se, que os recursos de interatividade quando bem programados, fazem com que seus usuários construam e (re) construam conceitos a partir do contato com o outro e com recursos reflexivos como fóruns, wikis, diários de bordo, com a capacidade de instigar ao aluno a construção do texto próprio.

Ao final dessa construção coletiva de texto, o professor pode avaliar o quanto cada co-autor andou no seu processo de desenvolvimento, o quanto próximo ele se encontra dentro da sua autonomia. Percebendo que seu objetivo educacional foi proveitoso e absorvido pelos alunos. Contudo, não devemos esquecer que essas novas tecnologias estão ai para facilitar o fazer pedagógico do professor, oportunizando metodologias diferenciadas e mais significativas, e que Segundo Demo (2010) poderemos formar alunos autores da sua própria história.Desta forma entre os inúmeros adeptos da Web 2.0 devemos inscrever-nos enquanto professores, já que muitos dos nossos alunos dominam estes serviços, utilizando-os como ferramentas originais para a comunicação. São precisamente estas ferramentas da Web 2.0 que, integradas na sala de aula, podemos incentivar a contemplar a escola, não como um local que se fecha ao mundo exterior, mas como um espaço onde o conhecimento se constrói numa combinação subtil entre o formal e o informal entre a aprendizagem e o divertimento.

Assim sendo, a web 2.0 é uma ferramenta de altissimo valor e basta sabermos utiliza-la de forma correta, e utilizando de forma correta, ou seja, voltado ao aprendizado do aluno, com a escolha de recursos que visem uma cntrobuição digna ao aprendizado, atingiremos nosso principal obejtivo: o aprendizado do aluno.Precisamos refletir sobre a aplicabilidade teórica e prática de ferramentas que utilizam a plataforma Web 2.0 no processo de ensino e aprendizagem. Devemos aproveitar o estudo da inteligência coletiva, pois sabemos que ela contribui na mudança das características do ensino aprendizado e na construção de práticas pedagógicas mais flexíveis, bem como, metodologias interativas e que compartilham o conhecimento.

Por todos esses estudos e práticas que estamos vendo e vivenciando, já deu para perceber que as tecnologias Web 2.0 têm um enorme potencial para mudar a natureza do ensino e aprendizagem e repensar o papel tradicional da educação atual e ainda, ter grandes chances de gerar oportunidades para que todos, sem distinção de classe social, credo, região geográfica, possam prever um futuro melhor por meio de novas metodologias educação.Concluindo, as novas tecnologias que a WEB 2.0 proporciona são caminhos viáveis para todas essas mudanças, necessárias para avançar na busca de novas metodologias que atendam esse novo aprendiz que ensina e aprende ao mesmo tempo, vivenciando uma troca de aprendizagem nunca vista em outras gerações.

Trabalhar com a web 2.0 é mais uma ferramenta que possibilita um aprendizado participativo e significativo tanto para nossos educandos quanto também para nós educadores pois através de textos de escrita coletiva podemos dividir nossos conhecimentos e experiências com o mundo todo. Através de sites como o do Wikipédia por exemplo conseguimos atualizar informações diariamente e sobre diversos assuntos.

Segundo D'ANDRÉA,2009 ao permitir que o usuário deixe de ser “apenas” um leitor ou alguém que escolhe os links que deseja clicar, um site wiki propõe um modelo de hipertexto que se baseia no rompimento nos limites entre autor e leitor, possibilitando uma nova relação baseada na colaboração e na negociação, através das quais fica explícito que o texto é fruto das relações, ainda que indiretas, estabelecidas pelos envolvidos. Assim não apenas desfrutamos do conhecimento do prímo como também dividimos o nosso próprio aprendizado. 

As Wiki vem ganhando força na internet e devemos estar preparados para lidar com essa nova forma de enxergar a internet para novas práticas de leituras, redações e edições de texto. O conhecimento sobre qualquer assunto não pode ser visto como algo acabado pois as tecnologias vão se renovando a cada dia assim como o mundo a sua volta. Devemos ter a sensibilidade de buscar o novo e os textos colaborativos nos possibilitam este fato além de podermos também contribuir com a escrita dos mesmos.

Portanto trabalhar com as Wiki é muito proveitoso para o aprendizado de nossos educandos pois queremos que nossos alunos sejam construtores de seus conhecimentos e que o professor seja este mediador de aprendizagem, ou seja usando os textos de escrita coletiva ajudamos nossos alunos a buscar informações, buscar a veracidade das mesmas, buscar a interação com as novas tecnologias entre outras gerando assim um aprendizado significativo para todos os envolvidos neste processo.

REFERÊNCIAS

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