Web 2.0 e Formação de Professores

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Edição feita às 17h39min de 31 de agosto de 2014 por Alessandrabaccin (disc | contribs)

Tabela de conteúdo

Web 2.0 na Formação de Professores

Texto elaborado pelos cursistas Alessandra Carla Baccin, _________________, _____________

Introdução

A atual constituição da sociedade está relacionada diretamente a um novo padrão de flexibilização e todos os intervenientes no modo de viver, produzir e trabalhar dos indivíduos. Estas mudanças são associadas ao processo de mundialização que nada mais é do que a unificação dos mercados em uma grande rede mundial. A complexidade nesta teia de mercados é tão intensa que Paul Virilio (1999), afirmou que o tempo e o espaço desapareceram como dimensões significativas do pensamento e da ação humana. Assim, a mudança no padrão de acumulação está estreitamente vinculada não apenas a uma mudança no setor produtivo, mas em mudanças na própria sociedade e em todos os elementos a ela ligados. As novas tecnologias modificaram as relações de aprendizagem, possibilitando o surgimento da Educação a Distância como uma modalidade capaz de aproveitar ao máximo a inserção tecnológica da sociedade informacional. A existência de uma cibercultura e o uso da TIC’s no processo de formação vem modificando a educação formal não apenas no Brasil mas em todo o mundo.A implantação de cursos de graduação na modalidade a distância nas instituições públicas foi intensificada nos últimos anos, abrindo um leque de possibilidades para o aprofundamento de estudos da modalidade. O incremento no universo de alunos, professores e gestores que trabalham com a educação a distância, atualmente, possibilita a investigação de elementos importantes em relação ao processo de ensino‐aprendizagem realizado em EaD. Existem vários debates sobre o tema, enfocando os mais diversos aspectos da aprendizagem mediada por tecnologias e suas conseqüências para a educação e formação dos alunos. O número de plataformas de aprendizagem disponíveis hoje aponta para o desenvolvimento nesta modalidade. A busca por um modelo de sucesso na educação a distância e respostas rápidas, foi substituída pela compreensão que somente a construção coletiva e a adequação das propostas pedagógicas ao perfil dos alunos em cada localidade possibilitará o sucesso da EAD. Neste contexto, é necessário transpor as discussões sobre os limites e as possibilidades da aprendizagem em ambientes virtuais na modalidade a distância.Deve-se analisar as multiplicidades de caminhos que o aluno, em seu processo de formação e construção da aprendizagem na modalidade a distância, poderá trilhar a partir da construção sólida de uma cultura digital.

Web

Ao nos pautarmos nos estudos de Carvalho (2008), podemos apontar que a cultura digital é a cultura da contemporaneidade. As estruturas cognitivas organizadas a partir do contato e interação com as mídias digitais são diferentes das estruturas existentes até então. O internauta estrutura a aquisição do conhecimento através de elementos muito recentes em nossa cultura, como navegação, sites, blogs, chats e downloads. Esta estrutura permite uma interatividade baseada na ludicidade, ampliando em níveis consideráveis, as possibilidades de aprendizagem. Ainda em Carvalho (2008), percebemos que a existência de uma sociedade de informação ou sociedade em rede provocou o surgimento da cibercultura como uma dimensão cultural da inserção tecnológica em nosso cotidiano. Os estudos sobre a cibercultura são pesquisados a partir de adaptações da etnografia, chamada de etnografia digital ou netnografia. Estas adaptações para a aplicação da técnica etnográfica no ambiente web foram realizados por Kozinets (2002) e Hine (2005). São estudos recentes que buscam um caminho para orientar a pesquisa e observação da comunicação realizada no ciberespaço. Para Hine (2005), o ciberespaço se torna um meio rico para a comunicação com o aumento no número de usuários e a complexidade nas relações de comunicação estabelecidas, constituindo‐se um ambiente privilegiado para a pesquisa. O contexto on‐line pode ser definido como um contexto e artefato cultural pela demonstração de que a etnografia pode ser aplicada a ele, uma vez que a etnografia é um método para entender a cultura. Para Kozinets (2002) a etnografia digital é realizada através da combinação entre a participação e observação das comunidades pesquisadas e que as notas de campo das experiências no ciberespaço devem ser agregadas aos artefatos da cultura ou comunidade, tais como downloads, emails, imagens e arquivos de áudio e vídeo. O autor propõe que a etnografia digital pode ser empregada em três momentos: como ferramenta metodológica para estudar comunidades virtuais puras; comunidades virtuais derivadas e como ferramenta exploratória para diversos assuntos. Á medida que a etnografia digital utiliza os discursos textuais como base, é necessário manter o foco não na análise da pessoa, mas sim no comportamento ou ato. Neste aspecto, a etnografia digital apresenta elementos que utilizados na pesquisa do ciberespaço analisará o comportamento dos usuários nas ferramentas que são livres, criadas a partir do conceito e dos padrões individuais como forma de expressão única. Embora a etnografia digital tenha sido utilizada na investigação dos blogs, nada impede que as demais formas de expressão no web também sejam objeto de estudo. De fato, observar o comportamento do internauta, suas preferências de navegação, caminhos escolhidos para realizar pesquisas, sites favoritos e formas de interação, nos dará importantes pistas para a construção de ferramentas eficazes no desenvolvimento da aprendizagem em AVA´s. É fundamental buscar o lúdico que existe na web e agregá‐lo ao processo de ensino‐aprendizagem proposto em ambientes virtuais. Dessa forma, o aluno, futuro professor, busca na flexibilidade da Educação a Distância, encontrar uma solução imediata para conciliar seu trabalho e demais afazeres com o estudo. Acredita que realizar um curso na modalidade a distância será mais fácil do que no ensino presencial regular e imagina que a tecnologia será um importante aliado no desenvolvimento de sua aprendizagem. Carvalho (2008) enfatiza que o maior problema neste momento é que, independente das expectativas criadas por este aluno, sua história escolar é dentro de uma escola tradicional, com todos os elementos característicos de um padrão fordista de produção, onde a ênfase estava centrada nos processos mecânicos de memorização, repetição e padronização. Não existe no histórico deste aluno incentivo algum para a construção do conhecimento crítico e autônomo. Ao se deparar com a responsabilidade de sua própria aprendizagem, que inclui gerenciar a quantidade de tempo destinada aos estudos, a realização das atividades e o tom das relações com os tutores/professores, invariavelmente o aluno leva algum tempo confuso, com muitas dificuldades no processo de adaptação. Esta angústia provocada pelos mecanismos internos de adaptação poderia ser minimizada com a realização de transição do aluno para um processo de aprendizagem novo, disponibilizando elementos essenciais para a (re)estruturação dos processos individuais de sistematização do conhecimento e gerenciamento da aprendizagem.

Web 2.0

Web 2.0 na aprendizagem

Web 2.0 na aprendizagem da __________________________

Indicações de recursos da Web 2.0 na Formação de Professores

Considerações Finais

Com o exposto,torna-se necessário pensar que a formação de professores por meio da educação a distância demanda, ainda, pesquisa acerca dos reais efeitos na aprendizagem desses indivíduos levando em consideração suas vivências, modos de pensar e agir e como será sua adaptação aos recursos da Web para a consolidação das suas aprendizagens.

Referências

CARVALHO, Ana Beatriz. A WEB 2.0, EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E O CONCEITO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Anais eletrônicos. 2008.

HINE, C.(org.). Virtual Methods: Issues in Social Research on the Internet. Oxford: Berg, 2005.

KOZINETS,R. The Field Behind the Screen: Using Netnography for Marketing Research in Online Communities. Journal of Marketing Research, Feb 2002;39.1. ABI/INFORM Global, pg.61.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

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