Turma - A - Matutino: A pesquisa: uma atividade reflexiva e investigativa no processo educativo e formativo de professores e alunos

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Edição feita às 18h20min de 19 de abril de 2012 por Eldeslima (disc | contribs)

INTRODUÇÃO


TEMA: Pesquisa: uma atividade reflexiva e investigativa no processo educativo e formativo de professores e alunos.


É natural para os seres humanos explorar o mundo que o cerca. Foi desta forma que nos espalhamos pelo mundo há milênios. Os animais também exploram o ambiente em que vivem, mas não o fazem com a complexidade que os seres humanos fazem. Obviamente, que a mera exploração não nos basta. Queremos compreender o que encontramos além do que nossos olhos mostram. Perceber o mundo além do que vemos, ouvimos, cheiramos e tocamos é pesquisá-lo profundamente e não nos enganar com as aparências. A pesquisa busca semelhanças, singularidades, paralelos e distorções. E nos leva a formular e a refutar hipóteses. Este intrincado processo mental nos fez construir as primeiras ferramentas, caçar animais maiores, desenvolver a agricultura e conceber a escrita, seguramente a mais humana de todas as invenções humanas.


Na educação, a pesquisa nem sempre é contemplada como deveria nos processos didáticos. Porém, tal como em nossos ancestrais mais distantes, ocorre instigada pelo mundo externo, que nos desafia a conhecê-lo. A curiosidade é seu estágio inicial. De modo geral, tudo nos desperta curiosidade (Para que isto serve? Como funciona? Quem fez ou deixou aqui?). Entretanto, algumas coisas nos intrigam tal intensidade que decidimos compreendê-las a fundo. Quando bem sucedida, a curiosidade proporciona pesquisas estimulantes e descobertas reveladoras. Já, quando mal conduzida, interpretada ou acolhida, inibe uma característica natural da humanidade e a deprime, gerando apatia e revolta.


O texto a seguir pretende abrir discussão sobre a importância de se utilizar a pesquisa como metodologia para práticas reflexivas e investigativas no processo educativo e formativo de professores e alunos no contexto escolar. Uma definição de metodologia: “é conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca de conhecimento” (Andrade 2005). Com relação aos métodos de abordagem, quer sejam eles, dedutivo, indutivo,dialético ou hipotético-dedutivo, se referem ao conjunto de procedimentos os quais são utilizados na investigação dos fenômenos, com finalidade de se imprimir veracidade aos fenômenos pesquisados.


Estes devem se adequar ao tipo de pesquisa proposta. E Nesse campo da pesquisa como condição indispensável para a formação e aprendizado tanto do aluno como também do professor, existe vários autores, e dentre eles, um em especial que é defensor aplicado, o prof. Pedro Demo. No seu intitulado: Professor & Pesquisa - Pesquisa: fundamento docente e discente – que defende a tese de que “Para aprender e para fazer aprender, pesquisa é referência chave, ainda que não panaceia” (Demo 2009). Ele defende o ponto de vista do uso da pesquisa como instrumento pedagógico, na busca da verdade das questões postas e prontas ou não, pois o conhecimento nunca encerra em si mesmo fim da buscar por outros modos e caminhos de descobertas e reconstrução desse e de outros saberes. Veja o que o autor diz “A pesquisa não desfaz esta relatividade, apenas coloca em cena outros argumentos que merecem atenção e debate, em processo reconstrutivo infindável. Tanto quanto é essencial fundamentar o que se diz, não é menos decisivo reconhecer que os fundamentos “não têm fundos” (Demo, 2008), tendo em vista que “fundamentos últimos” de teor inconcusso, indiscutível não fazem parte do jogo aberto da pesquisa. Não se pesquisa para terminar a discussão, mas para fazê-la continuar com argumentos cada vez mais burilados e pertinentes. Nisto vai aparecendo o lado formativo, pedagógico da pesquisa” (Demo 2009).


Estamos vivendo numa sociedade cada vez mais complexa, e a escola tem como funçãoo principal formar cidadãos capazes de atuar, e a educacão pela pesquisa é um dos meios capazes de promover no sujeito diferentes tipos de aprendizados que possam contribuir para o "desenvolvimento da autonomia intelectual, da consciência crítica".(Demo, 2003,p.86).onde o aluno possa desenvolver a sua habilidade de questionar e interver na sua realidade.De modo que eles possam se tornar sujeitos ativos no seu processo de aprendizagem.


Principios educativos da pesquisa


Como foi mencionado, pesquisar é mais do que explorar algo desconhecido. É compreendê-lo além dos sentidos. Se nos valessemos apenas do que vemos, nunca chegaríamos à conclusão acertada de que a Terra gira em torno do Sol e não o contrário. E, embora a visão colossal do Sol nascendo e se pondo tenha inquietado o homem imemorialmente, a compreensão deste fenônemo é resultado de centenas de hipóteses equívocadas e somente uma certa. Uma saga que percorreu séculos confirmando e refutando a percepção dos sentidos e da religião e ciências de diferentes épocas.


A pesquisa é uma atividade natural do ser humana, mas não pode ser gratuita. Uma vez que é um interesse legítimo do pesquisador, que pode ser estimulada por terceiros ou por um evento significativo. Desta forma, o ato de pesquisar é inerente, estimulado e, para ser produtivo - vamos considerar este produtivo como a comprovação das hipóteses formuladas - necessita de etapas e critérios variáveis. Nâo é possível aplicá-los indistintamente.


Contexto escolar e a pesquisa

Quando o ser humano é ensinado, uma situação cotidiana ou futura é simulada de forma segura. Desde os tempos primitivos, o "ensinar" é uma preparação rudimentar para uma sitiação real. Nossos ancestrais ensinavam seus filhos a caçar e a cultivar o solo antes da fome se abater sobre eles. Do contrário, seria tarde demais. De modo simplista, a escola continua similando e antecipando situações futuras. Assim, aprendemos a ler antes que isto seja imprescindível para nossa vida social e profissional. Obviamente, nem tudo que o que aprendemos tem aplicação tão imediata e constante como ler e escrever. Porém, compõe de modo instrínseco a longa história do pensamento e do conhecimento humano, sendo inadmissível neglingenciá-lo em nome de uma funcionalidade pontual.


Assim como a pesquisa exige um olhar apurado que ultrapassa aparência, a escola precisa ir além das necessidades diárias e dos modismos. Estimular a pesquisa e dar subsídios para que ela ocorra de forma espontânea ou dirigida é fundamental para escola cumprir seu papel e assegurar e respeitar a diversidade de interesses dos alunos, que se torna cada vez mais plural com a popularização das tecnologias de comunicação.


Planejamento e avaliação


A escola planeja suas ações, estabelece suas avaliações e têm suas expectativas sobre o trabalho que realiza. No campo da pesquisa também é necessário planejá-lo, embora não seja possível prever seu resultado com exatidão. E nem é fundamental. Como a pesquisa é uma atividade lúdica e pedagógica em si mesma, a aprendizagem já acontece em seu processo. Evidentemente, um resultado que soluciona a dúvida inicial é desejável. Mas é importante ressaltar que nunca é um resultado defintivo ou inquestionável. O conhecimento humano é mais feito de tentativas do que de acertos. E a escola deve lembrar disto.


Considerações


A pesquisa é um processo de descobertas e que revela o mais íntimo do pesquisador. Ninguém pesquisa algo que não lhe desperte interesse. Na escola, as pesquisas são pontuais e complementares ao conteúdo ensinado em sala de aula. Normalmente, é um levantamento bibliográfico do tema na biblioteca escolar e na internet. Ocorre que ambos são fontes imediatas de pesquisa. Sobretudo na internet, onde o Google elenca no topo da página os links mais visitados e, automaticamente, indica-os para novas pesquisas. O resultado deste levantamento costuma ser registrado manualmente e entregue aos professores, que corrigem e devolvem com suas considerações e com a nota obtida. Raramente, os alunos são convidados a expôr o resultado de suas pesquisas. Até mesmo porque, pesquisando os mesmos assuntos nas mesmas fontes, produzem textos muito similares quando não, idênticos.


REFERÊNCIAS

http://metodologiadapesquisaeducacional.blogspot.com.br/2008/03/mtodos-de-pesquisa.html

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: elaboração de trabalhos na graduação. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2005. DEMO,Pedro... DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 6. ed. Campinas: Autores Associados, 2003. Texto em negrito

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