Língua Portuguesa

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Edição feita às 20h34min de 2 de outubro de 2013 por AparecidoFernandes (disc | contribs)
                           HIPERTEXTO E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
   O uso da tecnologia e da internet está crescendo com rapidez nos ambientes educacionais, auxiliando no desenvolvimento das aulas, ao mesmo tempo que apresenta novos gêneros 
textuais ou semióticos. Fazendo uma retomada da história, nas décadas de 80 e 90, surge um novo meio de comunicação, o computador, que a partir do desenvolvimento da World Wide Web, modificou o modo
de interagir das pessoas, que em pouco tempo faz nascer o mundo virtual ou o ciberespaço. Desde o surgimento da ideia de hipertexto, este conceito está ligado a uma nova concepção de textualidade, em que a informação é disposta em um ambiente no qual pode ser
acessada de forma não-linear. Isto implica em uma textualidade que funciona por associação, e não mais por sequências fixas previamente estabelecidas. Hipertexto, atualmente, é o texto disponibilizado pelas redes de computadores, composto por nós e conexões, que podem ser acessados aleatoriamente desde qualquer máquina
(computador) e por qualquer usuário, em qualquer lugar do mundo e simultaneamente. Para melhor definir de que se compõe este texto eletrônico, encontramos em Lévy (1995)
algumas características básicas ou "princípios abstratos", que são: "Princípio de metamorfose: a rede hipertextual encontra-se em constante construção e renegociação. Sua extensão, composição e desenho estão sempre em mutação, conforme o
trabalho dos atores envolvidos, sejam eles humanos, palavras, sons, imagens, etc. Princípio de heterogeneidade: os nós de uma rede hipertextual são heterogêneos; podem ser compostos de imagens, sons, palavras, , etc. E o processo sociotécnico colocará
em jogo pessoas, grupos, artefatos, com todos os tipos de associações que pudermos imaginar entre eles. Princípio de multiplicidade e de encaixe das escalas: o hipertexto é fractal, ou seja, qualquer nó ou conexão, quando acessado, pode revelar-se como sendo composto por toda uma
rede de nós e conexões, e assim, indefinidamente. Princípio de exterioridade: a rede não possui unidade orgânica, nem motor interno. Seu crescimento e diminuição, composição e recomposição dependem de um exterior indeterminado,
como adição de novos elementos, conexões com outras redes, etc. Princípio de topologia: no hipertexto, tudo funciona por proximidade e vizinhança. O curso dos acontecimentos é uma questão de topologia, de caminhos. A rede não está no espaço,
ela é o espaço. Princípio de mobilidade dos centros: a rede possui não um, mas diversos centros, que são perpetuamente móveis, saltando de um nó a outro, trazendo ao redor de si uma ramificação
infinita de pequenas raízes, rizomas, perfazendo mapas e desenhando adiante outras paisagens" (Lévy, 1995, p. 26).

Com a inserção das tecnologias e das novas tecnologias na escola;é necessário ter claro que a tecnologia apresenta-se como meio, como instrumento para colaborar no desenvolvimento do processo de aprendizagem, e que se utilizando dessas tecnologias o professor tem a oportunidade de realizar o seu verdadeiro papel, que é o de ser mediador entre o aluno e sua aprendizagem, o facilitador, o incentivador e motivador dessa aprendizagem. [1]Kenski enfatiza que os processos de interação e comunicação no ensino sempre dependeram muito mais das pessoas envolvidas no processo, do que das tecnologias utilizadas, sejam o livro, o giz ou o computador e as redes, portanto, uma mudança de postura e direcionamento do processo de ensino e aprendizagem. A transformação das informações em conhecimentos só acontece quando há o desenvolvimento de um trabalho de interação, reflexão, discussão, crítica e ponderações compartilhado com outras pessoas. Para aprender é fundamental que haja a interação com as informações e com as pessoas.A educação, sob tal prisma, redimensiona o conceito de distância, que, com base nas ferramentas tecnológicas virtuais, promove uma construção do conhecimento de maneira diferenciada, estimulando, com isso, um processo colaborativo de interação em tempo real. Segundo Terra e Gordon (2002 apud SHONS; RIBEIRO, 2008), “a evolução do conhecimento depende do trabalho coletivo, e não do individual”. Tal afirmação procede, ao se considerar o conhecimento como construção social, vinculada, portanto, à participação humana.

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