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De Wiki_Semed

Edição feita às 21h30min de 18 de abril de 2012 por Eldeslima (disc | contribs)

A pesquisa: uma atividade reflexiva e investigativa no processo educativo e formativo de professores e alunos.

Introdução:

É natural para os seres humanos explorar o mundo que o cerca. Foi desta forma que nos espalhamos pelo mundo há milênios. Os animais também exploram o ambiente em que vivem, mas não o fazem com a complexidade que os seres humanos fazem. Obviamente, que a mera exploração não nos basta. Queremos compreender o que encontramos além do que nossos olhos mostram. Perceber o mundo além do que vemos, ouvimos, cheiramos e tocamos é pesquisá-lo profundamente e não nos enganar com as aparências. A pesquisa busca semelhanças, singularidades, paralelos e distorções. E nos leva a formular e a refutar hipóteses. Este intrincado processo mental nos fez construir as primeiras ferramentas, caçar animais maiores, desenvolver a agricultura e conceber a escrita, seguramente a mais humana de todas as invenções humanas.

Na educação, a pesquisa nem sempre é contemplada como deveria nos processos didáticos. Porém, tal como em nossos ancestrais mais distantes, ocorre instigada pelo mundo externo, que nos desafia a conhecê-lo. A curiosidade é seu estágio inicial. De modo geral, tudo nos desperta curiosidade (Para que isto serve? Como funciona? Quem fez ou deixou aqui?). Entretanto, algumas coisas nos intrigam tal intensidade que decidimos compreendê-las a fundo. Quando bem sucedida, a curiosidade proporciona pesquisas estimulantes e descobertas reveladoras. Já, quando mal conduzida, interpretada ou acolhida, inibe uma característica natural da humanidade e a deprime, gerando apatia e revolta.


Principios educativos da pesquisa

Como foi mencionado, pesquisar é mais do que explorar algo desconhecido. É compreendê-lo além dos sentidos. Se nos valessemos apenas do que vemos, nunca chegaríamos à conclusão acertada de que a Terra gira em torno do Sol e não o contrário. E, embora a visão colossal do Sol nascendo e se pondo tenha inquietado o homem imemorialmente, a compreensão deste fenônemo é resultado de centenas de hipóteses equívocadas e somente uma certa. Uma saga que percorreu séculos confirmando e refutando a percepção dos sentidos e da religião e ciências de diferentes épocas.

A pesquisa é uma atividade natural do ser humana, mas não pode ser gratuita. Uma vez que é um interesse legítimo do pesquisador, que pode ser estimulada por terceiros ou por um evento significativo. Desta forma, o ato de pesquisar é inerente, estimulado e, para ser produtivo - vamos considerar este produtivo como a comprovação das hipóteses formuladas - necessita de etapas e critérios variáveis. Nâo é possível aplicá-los indistintamente.


Contexto escolar e a pesquisa

Quando o ser humano é ensinado, uma situação cotidiana ou futura é simulada de forma segura. Desde os tempos primitivos, o "ensinar" é uma preparação rudimentar para uma sitiação real. Nossos ancestrais ensinavam seus filhos a caçar e a cultivar o solo antes da fome se abater sobre eles. Do contrário, seria tarde demais. De modo simplista, a escola continua similando e antecipando situações futuras. Assim, aprendemos a ler antes que isto seja imprescindível para nossa vida social e profissional. Obviamente, nem tudo que o que aprendemos tem aplicação tão imediata e constante como ler e escrever. Porém, compõe de modo instrínseco a longa história do pensamento e do conhecimento humano, sendo inadmissível neglingenciá-lo em nome de uma funcionalidade pontual.

Assim como a pesquisa exige um olhar apurado que ultrapassa aparência, a escola precisa ir além das necessidades diárias e dos modismos. Estimular a pesquisa e dar subsídios para que ela ocorra de forma espontânea ou dirigida é fundamental para escola cumprir seu papel e assegurar e respeitar a diversidade de interesses dos alunos, que se torna cada vez mais plural com a popularização das tecnologias de comunicação.


Planejamento e avaliação

A escola planeja suas ações, estabelece suas avaliações e têm suas expectativas sobre o trabalho que realiza. No campo da pesquisa também é necessário planejá-lo, embora não seja possível prever seu resultado com exatidão. E nem é fundamental. Como a pesquisa é uma atividade lúdica e pedagógica em si mesma, a aprendizagem já acontece em seu processo. Evidentemente, um resultado que soluciona a dúvida inicial é desejável. Mas é importante ressaltar que nunca é um resultado defintivo ou inquestionável. O conhecimento humano é mais feito de tentativas do que de acertos. E a escola deve lembrar disto.

Considerações

A pesquisa é um processo de descobertas e que revela o mais íntimo do pesquisador. Ninguém pesquisa algo que não lhe desperte interesse. Na escola, as pesquisas são pontuais e complementares ao conteúdo ensinado em sala de aula. Normalmente, é um levantamento bibliográfico do tema na biblioteca escolar e na internet. Ocorre que ambos são fontes imediatas de pesquisa. Sobretudo na internet, onde o Google elenca no topo da página os links mais visitados e, automaticamente, indica-os para novas pesquisas. O resultado deste levantamento costuma ser registrado manualmente e entregue aos professores, que corrigem e devolvem com suas considerações e com a nota obtida. Raramente, os alunos são convidados a expôr o resultado de suas pesquisas. Até mesmo porque, pesquisando os mesmos assuntos nas mesmas fontes, produzem textos muito similares quando não, idênticos.



Um processo

Ferramentas pessoais