Web 2.0 na Formação de Professores
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Edição de 20h23min de 12 de outubro de 2013
O grande número de informações interligadas em rede da Web 2.0 tem exigido dos usuários maior autonomia para selecionar informações relevantes aos interesses pessoais ou profissionais.
Diante desta realidade, a educação precisa estar em constante processo de reformulação da práxis no processo de ensino aprendizagem.
De acordo com Kenski (2007), essa dinâmica tem grande capacidade de estruturação das redes e coloca a todos como participantes de um momento educacional em conexão, com a capacidade de aprender juntos, dialogando em condições iguais.
Prensky (2010) descreve esses participantes desse momento, como dois sujeitos distintos os nativos digitais e os imigrantes digitais. Segundo o autor, enquanto os nativos digitais cresceram com as tecnologias digitais e as utilizam com facilidade os imigrantes digitais, tiveram acesso a essa tecnologias mais tarde precisam adaptar-se a elas.
As observações dos autores é visível em todos os segmentos sociais, principalmente na escola, que é povoada por "Nativos Digitais" e o professor "imigrante digital", não pode ficar de fora desse contexto. Mas como mudar a prática e trabalhar na perspectiva das conexões da Web 2.0? Sua experiência acadêmica da suporte para uma prática inovadora com o Uso dos recursos tecnológicos dispostos em rede?
Percebe-se que a Web 2.0 possibilita práticas inovadoras na construção da rede colaborativa de aprendizagem e a recontextualização do contexto escolar diante das demandas da sociedade contemporânea. Nesta perspectiva, considerando que ocorre muito cedo o acesso das crianças aos recursos tecnológicos é fundamental a formação do professor quanto as práticas tecnológicas.
Refletindo sobre o uso da web 2.0 e redes sociais na educação, Mattar (2013), analisa abordagens teóricas clássicas e relata que algumas teorias tradicionais já priorizam colaboração e a interação características dos ambientes da Web 2.0, segundo Mattar, não seria necessário criar uma nova teoria, o que carece reflexão é pratica pedagógica com dinâmicas em moldes tradicionais direcionadas ao ensino-aprendizagem nos ambientes virtuais.
Atualmente destacam-se vários estudos relacionados ao uso das novas tecnologias educacionais, no sentido de repensar a prática docente e promover uma dialética que favoreça a colaboração e a autoria.
Sanavria e Morelatti (2012) retomam as ideias de Borba e Penteado sobre o fato de que no a prática docente, como vinha sendo desenvolvida, não poderia ficar imune à presença da tecnologia. Os autores afirmam que as pesquisas atuais são direcionadas à inserção das novas tecnologias na educação, porém poucas objetivam a apropriação desses recursos pelos professores dentro na perspectiva colaborativa.
Neste contexto, Brito e Neves (2010), demonstram a preocupação com o receio que os professores têm do uso das tecnologias na educação não sentindo-se preparados para utilizá-las com seus alunos.
Mattar (2013), pontua que o professor deve estar em constante formação para que possa desenvolver algumas competências necessárias ao ensino-aprendizagem online, na mesma obra, o autor parafraseia Picitelli(2010), destacando que ambientes virtuais de aprendizagem e redes sociais "encarnam práticas pedagógicas e filosóficas diametralmente opostas".
Referências
GOMES, PATRICIA - Folha.com - Entrevista do autor da expressão imigrantes digitais com Mark Prensky.
http://www1.folha.uol.com.br/saber/983798-leia-entrevista-do-autor-da-expressao-imigrantes-digitais.shtml