Turma - A - Vespertino: O papel da pesquisa nos espaços formativos e os saberes e atitudes que subsidiam a ação teórico-metodológica
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No momento em que o professor solicita uma pesquisa, não significa que o aluno irá apenas digitar a respeito de um tema proposto, mas sim perceber qual é a finalidade com que tal assunto foi colocado em pauta. Verificar a contribuição no aprendizado, bem como sua função social, pois torna-se irrelevante uma pesquisa executada para obtenção de nota. Trata-se então de uma qualidade política como afirma Demo( 2009,p.03) “ Entende-se por qualidade política a habilidade de saber usar a qualidade formal, ligando um meio a fins pertinentes”.Percebemos que nem sempre a escola influencia o aluno à pesquisa, principalmente a escola pública, que geralmente traz o conhecimento "embrulhado" em livros didáticos que pouco servem para pesquisa e muito menos para reconstruir conhecimento. Para que a educação aconteça a partir da pesquisa temos que "[..] deter cuidado metodológico adequado e proposta educativa eminente ... produzir conhecimento e oferecer oportunidade formativa mais burilada"[...] (Demo 2009). O que decide, ao final, se é ou não pesquisa, não é o objeto, mas o método usado para tratar o objeto, sendo indispensável que seja questionado e reconstruído. (Demo, 2009) | No momento em que o professor solicita uma pesquisa, não significa que o aluno irá apenas digitar a respeito de um tema proposto, mas sim perceber qual é a finalidade com que tal assunto foi colocado em pauta. Verificar a contribuição no aprendizado, bem como sua função social, pois torna-se irrelevante uma pesquisa executada para obtenção de nota. Trata-se então de uma qualidade política como afirma Demo( 2009,p.03) “ Entende-se por qualidade política a habilidade de saber usar a qualidade formal, ligando um meio a fins pertinentes”.Percebemos que nem sempre a escola influencia o aluno à pesquisa, principalmente a escola pública, que geralmente traz o conhecimento "embrulhado" em livros didáticos que pouco servem para pesquisa e muito menos para reconstruir conhecimento. Para que a educação aconteça a partir da pesquisa temos que "[..] deter cuidado metodológico adequado e proposta educativa eminente ... produzir conhecimento e oferecer oportunidade formativa mais burilada"[...] (Demo 2009). O que decide, ao final, se é ou não pesquisa, não é o objeto, mas o método usado para tratar o objeto, sendo indispensável que seja questionado e reconstruído. (Demo, 2009) | ||
+ | Demo (2009) coloca que a prática da pesquisa proporciona ao espaço educativo mudanças produtivas, oferecendo opções de trabalho que leva em conta a liberdade de expressão, porque é fundamental querer conhecer mais sobre o assunto para se envolver, o que auxilia na formação do sujeito competente na construção de um conhecimento crítico e inovador. Orienta para atividades autopoiéticas, interpretativas, reconstrutivas levando o pesquisador a construir com autonomia, capacidade crítica e sobretudo autocrítica. Aprende-se a lidar com a relatividade da teoria, sabendo argumentar e discutir, não apenas aceitando como verdade absoluta o discurso produzido, é necessário, desconstruir e reconstruir. E ainda pode-se aprender a aprender, ou seja, o indivíduo passa a utilizar as habilidades vivenciadas e construídas na escola, na sua formação enquanto cidadão. | ||
Edição de 19h57min de 25 de abril de 2012
Introdução
O maior desafio da escola é levar o aluno a construção do conhecimento pois a aprendizagem na escola é um fator decisivo para se ter uma população que saiba pensar (DEMO, 2010)[1]. Nesse contexto, a pesquisa – prática que não é constante em ambientes escolares – é vista como uma metodologia capaz de fazer com que o aluno aprenda, ou seja, se aproprie do conhecimento. Pesquisar é romper algo já construído, explorar novas descobertas, investigar e certificar-se de que nada está pronto ou definido. Um impulso generalizado de conhecimentos que confrontam as certezas existentes e os falsos mitos sociais, políticos e científicos. Uma importante definição para o termo pesquisa,a qual considera como um "questionamento reconstrutivo" (Demo 2009).
A construção do conhecimento dá-se através da aprendizagem, onde o aluno é o mediador, o construtor, o reconstrutor do seu saber e de suas pesquisas. Para que essa construção ocorra, a escola deverá estar amplamente aberta ao campo de pesquisa, mediando essa construção de conhecimento, visando suas dimensões.
Em qualquer das duas circunstâncias, trata-se sempre de construir conhecimento, mas em dimensões diferentes, ainda que interligadas. Por certo, pesquisa não pode ser qualquer coisa, exigindo, entre outras qualidades, rigor metodológico (Demo, 1995; 2000).
Rigor metodológico que define os caminhos teóricos que a pesquisa seguirá, mas sobretudo que resultados ou soluções concretas esta pesquisa definirá, pois segundo Demo “Todas as pesquisas carecem de fundamento teórico e metodológico e só tem a ganhar se puderem, além do rigor categorial, apontar possibilidades de intervenção ou localização concreta. (Demo, 2005)
Para que o aluno construa seu conhecimento é fundamental que o professor também utilize a pesquisa como metodologia de trabalho em sala de aula, proporcionando um ambiente de troca e valorizando a liberdade de expressão, fundamental neste processo. Diante disto, Rausch (2008, p. 183) argumenta “[...] que todo professor pode e deve ser pesquisador, pois somente a aliança entre teoria e prática provocará os resultados que almejamos, tanto na formação dos professores como na educação de uma maneira geral”. Sendo assim, é preciso que os professores sejam pesquisadores e que reflitam acerca da pesquisa focando a fusão entre a teoria e a prática para que seus alunos sejam também pesquisadores e construam seus conhecimentos por meio das pesquisas e reflexões sobre o que foi pesquisado.
Cabe ao professor estimular a pesquisa como fonte de aquisição de aprendizagem. Sendo um mediador desse processo, o professor será um facilitador e o aluno poderá ter a oportunidade de construir seu conhecimento. Quanto mais o professor estimula seus alunos a pesquisa, mais respostas positivas na sala de aula, pois dessa forma estará formando um aluno pensante, com autonomia e consequentemente com autoria. E assim a cada dia vemos mais que aprender não é apenas estudar, mas sim compreender e construir argumentos para sustentar o processo ensino-aprendizagem.
Para se ter sucesso em uma pesquisa, é necessário antes de iniciá-la definir os objetivos que serão as metas deste trabalho. É importante que os leitores pensem sobre um tema, e tentem construir um esboço que contemple as intenções de pesquisa; possibilitando assim, as discussões dos aspectos epistemológicos, metodológicos e técnicos da pesquisa. (Demo,2005)
O ensino através da pesquisa é um tema amplo, pois possui várias modalidades de pesquisar. A pesquisa na educação permite que se possa utilizar de metodologia características de trabalho, onde o pesquisador pode traçar o caminho para sua pesquisa, e na medida em que aparecem as dúvidas e indagações,ele terá oportunidade de tomar uma nova direção para seu percurso ter êxito e superação das questões que forem surgindo. O ensino pela pesquisa não se reduz a procedimentos empíricos ou lógico-experimentais, devendo incluir cuidados qualitativos(Demo,2001).
O processo de execução de uma pesquisa requer a ação de desconstruir para reconstruir (Demo,2009,p.01) que é primordial para o desenvolvimento das habilidades do educando e para que alcancemos a qualidade formal (Demo,2009,p.03). Visto que para atingir a qualidade formal, faz-se necessário que o professor tenha os seus objetivos com total clareza, bem como domínio do conteúdo que irá trabalhar com seus alunos para que possa orientá-los com segurança. O fato de que não há término de um tema de uma pesquisa, e sim um novo recomeço, consequentemente, surge um novo leque de discussões para o início de uma nova pesquisa.Sem dúvida que a pesquisa, tanto dentro e fora da escola se transforma em mais um , se não o principal instrumento necessário para fazer de nosso aprendiz um ser autônomo, autor do seu conhecimento. Talvez seja o caminho para que haja realmente a transformação do conhecimento, uma método utilizado para reconstruí-lo e promover assim a "emancipação das pessoas" Demo (2009). O diálogo com outras teorias e informações sobre determinado assunto são necessários para fundamentar alguns conceitos e reconstruí-los a fim de aperfeiçoar o conhecimento adquirido
Educação pela Pesquisa
Ato de ensinar é instigar e provocar no aluno a motivação à aprendizagem. Por isso podemos dizer que a maneira de ensinar está relacionada com o ato de aprender e como aprender. Quando refletimos sobre a nossa prática de ensino e como nos comportamos em sala de aula, descobrimos que temos muito mais perguntas do que respostas. É por isso que há uma grande necessidade do professor ter um compromisso sério com a educação e grande preocupação de como ensinar seus alunos de maneira que eles possam aprender,o professor deve estar em constante pesquisa, inovando e buscando compreender o que está acontecendo com a sua maneira de ensinar, se suas metodologias estão sendo satisfatórias ou não.De acordo com Demo (2009) “Produzir conhecimento com autonomia é o fundamento primeiro do docente, razão pela qual docência começa pela pesquisa”. Dessa forma o professor constrói o hábito de aprimorar seu conhecimento e de pesquisar, para que depois possa promover em seu aluno o mesmo hábito de ter um ambiente rico em aprendizagem. Segundo Pereira (2007), a pesquisa é um procedimento reflexivo e crítico de busca de respostas para problemas ainda não solucionados. É uma maneira de se tentar descobrir diferentes formas de se chegar a uma resposta. Para os alunos seria uma etapa de construção do conhecimento por meio de busca, tentativas, erros e acertos.
A educação pela pesquisa ocorre quando a escola abre espaço para que ocorra a integração entre aluno e o professor e que a busca pelo conhecimento sistematizado tem como objetivo a pesquisa, formar cidadão crítico e dono de um saber elaborado.[2] Acima de tudo compreender que de acordo com a teoria da aprendizagem que escolherem, para essa situação, deverão elaborar detalhadamente seus objetivos-conteúdos-métodos, para a turma em questão, sem nunca esquecerem de respeitar a capacidade individual de cada um e a realidade em que vivem.O que se espera na construção da pesquisa é um determinado rigor metodológico, seguindo critérios significativos para a educação da criança no âmbito escolar, a predominância é que ela seja de cunho formativo, independente da idade e do nível de aprendizado.
No momento em que o professor solicita uma pesquisa, não significa que o aluno irá apenas digitar a respeito de um tema proposto, mas sim perceber qual é a finalidade com que tal assunto foi colocado em pauta. Verificar a contribuição no aprendizado, bem como sua função social, pois torna-se irrelevante uma pesquisa executada para obtenção de nota. Trata-se então de uma qualidade política como afirma Demo( 2009,p.03) “ Entende-se por qualidade política a habilidade de saber usar a qualidade formal, ligando um meio a fins pertinentes”.Percebemos que nem sempre a escola influencia o aluno à pesquisa, principalmente a escola pública, que geralmente traz o conhecimento "embrulhado" em livros didáticos que pouco servem para pesquisa e muito menos para reconstruir conhecimento. Para que a educação aconteça a partir da pesquisa temos que "[..] deter cuidado metodológico adequado e proposta educativa eminente ... produzir conhecimento e oferecer oportunidade formativa mais burilada"[...] (Demo 2009). O que decide, ao final, se é ou não pesquisa, não é o objeto, mas o método usado para tratar o objeto, sendo indispensável que seja questionado e reconstruído. (Demo, 2009)
Demo (2009) coloca que a prática da pesquisa proporciona ao espaço educativo mudanças produtivas, oferecendo opções de trabalho que leva em conta a liberdade de expressão, porque é fundamental querer conhecer mais sobre o assunto para se envolver, o que auxilia na formação do sujeito competente na construção de um conhecimento crítico e inovador. Orienta para atividades autopoiéticas, interpretativas, reconstrutivas levando o pesquisador a construir com autonomia, capacidade crítica e sobretudo autocrítica. Aprende-se a lidar com a relatividade da teoria, sabendo argumentar e discutir, não apenas aceitando como verdade absoluta o discurso produzido, é necessário, desconstruir e reconstruir. E ainda pode-se aprender a aprender, ou seja, o indivíduo passa a utilizar as habilidades vivenciadas e construídas na escola, na sua formação enquanto cidadão.
Princípios Educativos da Pesquisa
Na sociedade cada vez mais complexa em que vivemos, cabe à escola formar pessoas com condições para nela atuar, e parece que a educação pela pesquisa pode ser um meio de promover no sujeito aprendizados que possibilitem o “desenvolvimento da autonomia intelectual, da consciência crítica” (DEMO, 2003, p. 86), Para Michaliszyn e Tomasini (2005), os princípios educativos da pesquisa educativa significa investigar o porquê dos erros que os alunos cometem e também investigar o porque determinado conteúdo parece tão fácil ou tão difícil. Portanto o professor pesquisador tem a necessidade de constante aperfeiçoamento e ampliação de seus conhecimentos para que possa ter cada vez melhores condições de compreender o que está acontecendo. É por meio da troca de experiências, pesquisa, observação da exploração de ambientes alfabetizadores que o aluno constrói seu conhecimento, modifica situações, reestrutura seus esquemas de pensamento, interpreta e busca soluções para fatos novos o que favorece e muito o seu desenvolvimento intelectual. É nessa interação com seu dia-a-dia que o aluno desenvolverá seus valores, sua crítica, sua postura de vida, além da aquisição do conhecimento.
No entanto, é necessário considerar que no contexto da escola , segundo (RAUSCH e SCHROEDER, 2010) coloca que o uso indiscriminado do termo pesquisa vem sendo comprometido seriamente, causando distorções a respeito de sua real finalidade. Em vários níveis da educação, tem-se usado a pesquisa de maneira errônea, o que compromete o verdadeiro objetivo da pesquisa. Pede-se que se pesquise sobre determinado assunto, e a consulta é feita em alguns livros, encartes ou internet, fazendo apenas uma cópia do que já foi pesquisado perdendo assim tempo e oportunidade de aprender. Segundo Lüdke (1986) apud Rausche e Schoeder (2010), esse tipo de coleta contribui para despertar nos alunos a curiosidade, mas está longe de ser a elaboração de uma verdadeira pesquisa, sendo apenas uma atividade de consulta. A pesquisa como estratégia pedagógica neste contexto , revela que esta prática no cotidiano de sala de aula, é uma forma muito simples, não sistematizada. Que segundo Demo(2005) é uma forma de apenas reprodução de conhecimento a idéia que o aluno seja o construtor do conhecimento.
Podemos questionar qual o real propósito da pesquisa educacional? a pesquisa pela simples leitura e reprodução, ou um questionamento constante do educador, de como propiciar o conhecimento pela pesquisa crítica e contextualizada, e de que forma se enquadraria no desenvolvimento e maturação educacional de seus alunos, da a infância e por toda vida afora.
É importante destacar que, Segundo Demo(2009,p.01) ao que se refere aos princípios educativos da pesquisa faz-se necessário ter clareza de que “ trata-se sempre de construir, conhecimento, mas em dimensões diferentes, ainda que interligadas.”, ou seja, não é necessário descartar o conhecimento adquirido anteriormente, mas sim, a partir dele realizar novos questionamentos que inicia-se, concomitantemente, à vida escolar do educando quando ingressa na instituição educacional e que será aprimorada conforme a sua faixa etária, visto que o professor não pode perder de vista que conforme Demo(2009,p. 02) de “ incluir cuidados qualitativos” em sua atuação cotidiana.
Contexto Escolar e a Pesquisa
O professor ao se transformar num professor-pesquisador, ele se dá conta de que o conhecimento vem da pesquisa e transmite essa vontade aos seus alunos também, pois tanto o professor quanto o aluno precisam buscar constantemente o conhecimento, a informação e consequentemente a aprendizagem através da pesquisa. O maior desafio está nos docentes, em geral paralisados, antiquados, quando não resistentes, manisfestando dificuldade ostensiva de postar-se à altura dos alunos(Semas, 2002).
Precisamos juntos, esquematizar sua própria maneira de aprender essa busca de conhecimento agregado na escola.
Em relação ao contexto escolar, há que se destacar a importância que a escola tem no futuro do educando, visto que hodiernamente a sociedade exige uma educação com base na função social, porém como dito anteriormente, faz-se necessário que o professor acompanhe a introdução de novos recursos tecnológicos que a escola oferece para que também possa, por sua vez, ministrar uma aula usando tais recursos de maneira inovadora. É importante que o educador estude, pesquise, compartilhe conhecimentos com sua turma, que descontrua e reconstrua(Demo,2009,p.01) conceitos que muitas vezes são ultrapassados e não surtem um bom resultado no desenvolvimento das habilidades de seus educandos, ou seja, não os prepara para o futuro que não está longínquo. E a partir dessa construção e desconstrução do saber por parte do professor através da pesquisa e estudos estaremos atualizados e em algumas vezes mais preparados a ensinar em sala de aula. De acordo com Demo (2009) “Cabe ao pesquisador transformar informação em conhecimento, pela via da desconstrução e reconstrução”. A discussão gira entorno do que realmente o nosso aluno precisa. Será que realmente precisamos sistematizar nossas aulas em meros assuntos expositivos e provas para medir o conhecimento? Acredito que é nesse aspecto que a pesquisa subsidia a educação em si.É nela e por meio dela que aprofundamos ainda mais o conhecimento. O nosso desafio então é como subsidiar nosso aluno para a pesquisa? Como orientá-los, se o maior problema que observamos é o total desinteresse e desmotivação pela leitura. Demo (2009) diz que [...] Hoje, faz parte desta proposta reconstrutiva de aprendizagem calcada na pesquisa também influência tecnológica, em especial habilidades de produção de textos multimodais em plataformas digitais, como a web 2.0.[..] Não digo como solução, mas vejo no que Demo(2009) fala como um princípio, a fim de despertar no nosso aluno o interesse de que tanto necessitamos. A boa Leitura e o prazer em desenvolver a pesquisa. Produzir conhecimento com autonomia é o fundamento primeiro do docente, razão pela qual docência começa pela pesquisa. (DEMO, 2009). Muitos professores se julgam excelentes orientadores apenas por dominar determinado assunto ou conteúdo. Ser professor exige muito mais dos docentes, antes de tudo saber conduzir uma aula de forma que seus alunos realmente entendam o que estão aprendendo.
Planejamento e Avaliação
O planejamento deve ser entendido como um processo de mudança de pensamento e tem como papel principal propiciar o despertar do sujeito enquanto a necessidade de transformar suas práticas deixando arcaico e buscando o novo assim a reconstrução faz capacitá-lo para atingir suas metas enquanto educador, podendo avaliarem um processo dinâmico que detecta erros, e acertos, saberes e não saberes como um fim, mas promover a construção do conhecimento mais elaborado. Para Menegola e Sant’Anna (2001), A metodologia do planejamento escolar enquadra-se no cenário da educação como uma tarefa. O professor deve lembrar que não sabe tudo e que, a cada dia, tem a oportunidade de estar aprendendo também. Ao acreditar que é o único detentor de todo conhecimento, estreita e limita seu foco e, consequentemente, o de seus alunos. Assim, uma qualidade é essencial ao educador: a humildade em reconhecer suas limitações e sua ignorância.
O ato de planejar diz respeito ao fato de que antes de executar uma ação é importante observar conforme aduz Matias Pereira (apud Matias-Pereira, 2006a,p.63) que ” o problema será relevante em termos científicos quando propiciar conhecimentos novos à área de estudo e, em termos práticos, quando referir-se aos benefícios que sua solução trará para a humanidade, país, área de conhecimento etc.”, visto que, ao planejar, há que se observar quais benefícios e mudanças a ação a ser executada trará aos educandos, que a aula ou avaliação, não devem ser planejadas apenas para cumprir o conteúdo destinado à turma, mas que seja útil no cotidiano de cada aluno e propicie para que indivíduo desenvolva atos de cidadania em seu meio social.
Para se fazer um bom planejamento é importante conhecer a turma com que se trabalha, para isso, antes de planejar deve-se fazer uma sondagem, uma observação geral de tudo o que acontece durante a aula, onde esta será uma forma de avaliação que trará boa contribuição para um planejamento adaptado a realidade, e que quando aplicado terá de grande proveito para o aluno e satisfação para o professor.
'Considerações Finais'
O professor ao se transformar num professor-pesquisador, ele se dá conta de que o conhecimento vem da pesquisa e transmite essa vontade aos seus alunos também, pois tanto o professor quanto o aluno precisam buscar constantemente o conhecimento, a informação e consequentemente a aprendizagem através da pesquisa. Ressalto ainda que para melhorar a qualidade da aprendizagem dos nossos alunos é necessário que os professores estejam constantemente se aperfeiçoando, pois a aprendizagem dos professores reflete-se na aprendizagem do aluno. Portanto, “... o professor pesquisador centra-se na consideração da prática, que passa a ser meio, fundamento e destinação dos saberes que suscita, desde que esses possam ser orientados e apropriados pela ação reflexiva do professor”.(Miranda 2006, p. 135).
O trabalho com pesquisa vem para movimentar definições que eram consideradas finalizadas. E para isso, é importante que o professor tenha esclarecimento e conhecimento de como irá usá-la para desconstruir e construir(Demo,2009,p.01) novos conhecimentos compartilhadamente, pois não ensinará, e sim, trocará conhecimentos com seus alunos. É importante destacar a relevância social que segundo Demo(2005,p.78) “embora as teses de pós-graduação tenham como escopo apenas o exercício científico formal, poderiam ser mais pertinentes, se também fossem relevantes em termos sociais, ou seja, estudassem temas de interesse comum(...)”, pois a educação somente exercerá a sua função social se mediar a inserção do educando tanto no meio em que vive, bem como em outras relações sociais, como um sujeito ativo que preocupa-se com a maioria, que conforme Demo(2005,p. 06) pratica a “ cidadania individual e coletiva”.
Referências
Demo, Professor & Pesquisa - 2009 http://moodle.semed.capital.ms.gov.br/moodle/mod/page/view.php?id=1096&inpopup=1 - Acesso em 22/04/2012
MENEGOLLA e SANT’ANA, Maximiliano e Ilza Martins. Porque Planejar? Como Planejar? Currículo e Área-Aula. 11º Ed. Editora Vozes. Petrópolis. 2001.
MICHALISZYN; Sergio Mario. TOMASINI, Ricardo. Pesquisa: orientações e normas para elaborações de projetos, monografias e artigos científicos. Petrópolis: Vozes, 2005. PROFESSOR & PESQUISA (10)- - Pesquisa: fundamento docente e discente -Pedro Demo (2009) DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento: metodologia científica no caminho de Habermas. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiros 1994. [http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI&feature=endscreen&NR=1 http://euler.mat.ufrgs.br/~vclotilde/disciplinas/pesquisa/texto_Backes.pdf MIRANDA, Marília G. de. O Professor Pesquisador e Sua Pretensão de Resolver a Relação Entrem a Teoria e a Prática na Formação de Professores
RAUSCH, Rita Buzzi.SCHROEDER. A INSERÇÃO DA PESQUISA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. ATOS DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO - PPGE/ME FURB. v. 5, n. 3, p. 315-337, set./dez. 2010. Disponível em < http://proxy.furb.br/ojs/index.php/atosdepesquisa/article/view/2274>
PEREIRA, José Matias. Manual de metodologia da Pesquisa Científica. Ed.Atlas,2007.