Web 2.0 na Matemática

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(Indicações de recursos da Web 2.0 para a aprendizagem da Matemática)
 
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=<p align="center">Web 2.0 na aprendizagem da Matemática</p>=
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'''Texto elaborado pelos  cursistas Ademilson Borges Ferreira,Gilvania Marques, Rejane Coutinho'''
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<p align="right">Texto elaborado pelos  cursistas ____________, _________________, _____________ </p>
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==Introdução==
==Introdução==
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Assim como nas demais áreas do conhecimento, também na matemática é possível potencializar e propiciar novas aprendizagens utilizando-se das ferramentas e recursos da Web. 20. Mas como todo recurso, como o professor pode articular o uso dessas ferramentas a aprendizagem significativa?
 
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A matemática sempre foi vista com maus olhos pelos alunos, pois muitos não gostam da disciplina e em consequência, passam a também ter dificuldades em aprender e a lidar com os problemas e situações matemáticas.Por outro lado, há motivos de sobra para essa aversão pela matemática, pois, ao longo da sua história, seu ensino foi marcado por inúmeros cálculos, usos de fórmulas incompreensíveis e teoremas sem significado algum para os alunos
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Assim como nas demais áreas do conhecimento, também na matemática é possível potencializar e propiciar novas aprendizagens utilizando-se das ferramentas e recursos da Web 2.0, mas como todo recurso, como o professor pode articular o uso dessas ferramentas com a aprendizagem significativa?
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    Muitos professores aprenderam matemática dessa maneira e , em consequência, passaram a também a ensinar dessa forma, sem sentido e sem compreensão. Com a chegada de novos estudos em relação a educação Matemática, uma luz surge no fim do túnel, pois começam a discutir novas formas e maneiras de ensinar matemática, agora voltada a partir das situações- problemas.
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    Nessa perspectiva todo o trabalho com a matemática deve ser a partir de situações-problemas, de desafios, da problematização e da contextualização com os saberes que os alunos trazem quando chegam na escola. Nesse contexto, leva-se se em conta, como ponto de partida, as diferentes estratégias construídas pelos alunos. há espaço para que eles possam compartilhar esses saberes, construir bancos de diferentes tipos de estratégias e também de construir repertório. Cabe ao professor validar essas aprendizagens e por meio da intervenção, da sistematização, possibilitar que os alunos avancem para estratégias mais elaboradas e que se apropriem do conhecimento matemático.
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    Nessa nova perspectiva do ensino da matemática o uso de jogos e todo um trabalho, antes, durante e depois do jogo também é muito valorizado e garante a apropriação das habilidades necessárias para que os alunos desenvolvimento aprendam bem. Mas, nessa situação, onde e quando a Web. 2.0 pode colabora nesse processo? Com um universo de interação, ferramentas e plataformas que permitem elaboração e interação, todo esse processo sofre um salto qualitativo.É possível que alunos em diferentes locais estejam jogando,interagindo, não só consumindo passivamente, mas também desenvolvendo ideias e conhecimentos matemáticos.
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==Web 2.0==
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===Web 2.0 na aprendizagem===
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A matemática sempre foi vista com maus olhos pelos alunos, pois muitos não gostam da disciplina e em consequência, passam a também ter dificuldades em aprender e a lidar com os problemas e situações matemáticas. Há então motivos de sobra para essa aversão pela matemática, pois, ao longo da sua história, seu ensino foi marcado por inúmeros cálculos, usos de fórmulas incompreensíveis e teoremas sem significado algum para os alunos.
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De acordo com Bernard Charlot, pesquisador francês, professor de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8 e da pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe, em entrevista à Nova Escola, há duas línguas diferentes sendo faladas na escola: a dos professores e a dos alunos e essa tensão existe porque os dois lados desconhecem o prazer do saber. "Para os alunos, há uma lógica no ato de estudar e, para os professores, há outra". O pesquisador traz a discussão sobre o grande abismo que existe entre professores e alunos e o quanto isso interfere no processo de aprendizagem. Os conflitos nascem quando o professor explica algo que não é compreendido, explica novamente sem sucesso e, rapidamente, ele vai considerar o estudante um incapaz. O educador culpa o aluno, mas se sente fracassado também porque a turma não avança. O jovem, por seu lado, pensa que o professor não sabe ensinar.
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Muitos professores aprenderam matemática dessa maneira e , em consequência, passaram a também a ensinar dessa forma, sem sentido e sem compreensão. Com a chegada de novos estudos em relação a educação Matemática, uma luz surge no fim do túnel, pois começam a discutir novas formas e maneiras de ensinar matemática, agora voltada a partir das situações- problemas.
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Nesse contexto, Abreu (2010) defende que a escola se vê diante da necessidade de repensar a si mesma, assim como rever o papel da sala de aula e da própria organização do trabalho pedagógico. Outrora mera transmissora de conhecimentos previamente sistematizados, a escola é idealizada agora como um ambiente de estímulo e valorização das descobertas, das trocas de experiências e do desenvolvimento de um pensamento crítico reflexivo. Para Santos (2010), conectar a escola à Sociedade Informacional corresponde a assegurar a pertinência da própria instituição escolar em sua tarefa de formar sujeitos capazes de uma atuação plena como cidadãos nesta sociedade.
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===Web 2.0 na aprendizagem da matemática
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===Indicações de recursos da Web 2.0 para a aprendizagem da  Matemática===  
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Nessa perspectiva todo o trabalho com a matemática deve ser a partir de situações-problemas, de desafios, da problematização e da contextualização com os saberes que os alunos trazem quando chegam na escola. Nesse contexto, leva-se se em conta, como ponto de partida, as diferentes estratégias construídas pelos alunos. há espaço para que eles possam compartilhar esses saberes, construir bancos de diferentes tipos de estratégias e também de construir repertório. Cabe ao professor validar essas aprendizagens e por meio da intervenção, da sistematização, possibilitar que os alunos avancem para estratégias mais elaboradas e que se apropriem do conhecimento matemático.
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Nessa nova perspectiva do ensino da matemática o uso de jogos e todo um trabalho, antes, durante e depois do jogo também é muito valorizado e garante a apropriação das habilidades necessárias para que os alunos desenvolvam-se e aprendam bem. Mas, nessa situação, onde e quando a Web. 2.0 pode colaborar nesse processo? Com um universo de interação, ferramentas e plataformas que permitem elaboração e interação, toda a relação ensinar/ aprender sofre um salto qualitativo.É possível que alunos em diferentes locais estejam jogando,interagindo, não só consumindo passivamente, mas também desenvolvendo ideias e conhecimentos matemáticos. A matemática deixa de ser o bicho papão. Para torná-la mais atraente e transformar a rotina da turma é possível usar blogs, fóruns e chats, entre outros.
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Esses recursos devem ser escolhidos de acordo com o perfil dos alunos e do trabalho que se quer desenvolver. Cada recurso explora uma habilidade específica e é capaz de proporcionar uma experiência diferente.
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===Indicações de recursos da Web 2.0 para a aprendizagem da  Matemática===
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==Considerações Finais==
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Uma aula de geometria, por exemplo, com software interativos torna-se muito mais atrativo e significativo. os alunos podem produzir jogos, materiais e postar na rede. Num fórum de discussão, o professor pode lançar um desafio, onde muitos alunos podem opinar, apresentar suas estratégias e avançar significativamente no sentido numérico e nos conhecimentos matemáticos. Os alunos passam também a criar a matemática, seus conteúdos, fórmulas e cálculos passam a ter sentido, passam a ser usados de  forma pensada e de acordo com as necessidades.Ferramentas como blogs, Wiki, entre outros. Também há uma variedade de jogos que poderão, a partir da mediação do professor, possibilitar o desenvolvimento do pensamento matemático e os processos cognitivas superiores.
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Outro aspecto é que a partir do uso de um blog, os alunos podem publicar seus textos, suas produções, suas descobertas e compartilhar seus saberes, seus modos de pensar e construir a matemática. Podem promover a interação tanto entre os alunos da sala, como de outras salas, de outras escolas e de usuários interessados nessa temática.
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O professor também pode se valer de vídeos aulas ou até de vídeo conferência, é possível participar de aulas em outros espaços, com professores e alunos de outros locais, ampliando as informações, transformando-as em conhecimento. Enfim as possibilidades de uso são vastas e diversificadas.É importante que dentro desse processo que aja intencionalidade pedagógica como elemento essencial, pois não podem ser utilizadas as ferramentas tecnológicas apenas pelo seu uso, mas para propiciar múltiplas aprendizagens.
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O uso dos fóruns são úteis para promover a discussão a respeito de um assunto específico. O professor pode colocar algumas informações sobre um tema que esteja sendo trabalhado em sala e propor um debate a partir do material produzido nesse ambiente. Para tanto é preciso elaborar critérios para que o debate não caia no senso comum e perca de  vista os objetivos traçados.É preciso sistematizar e aprofundar esses temas para que não fique na superficialidade.
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Um aspecto relevante a ser destacado num ambiente virtual, tanto o professor como o aluno estão igualmente envolvidos no processo de aprendizagem e na construção de novos saberes. O professor deve estar sempre atento e disponível para interagir com os alunos de forma a promover a cooperação, o conforto entre alunos e a construção de uma prática social com condições que favoreçam o processo de ensino e aprendizagem. O ambiente virtual dá a possibilidade ao aluno de construir os seus conhecimentos, a partir da colaboração com os outros, dando-lhes a oportunidade de aprenderem uns com os outros através de debates, troca de ideias, partilha de experiências e conhecimentos.
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Mas todo esse trabalho só é possível com a mediação e intervenção do professor.É preciso ter clareza que os recursos, sejam quais forem, não garantem a aprendizagem. Segundo Smole, 2011 a essência desse trabalho está em saber como problematizar, como elaborar boas perguntas e isso só é possível quando a clareza dos objetivos a serem alcançados. É o professor que possui intencionalidade pedagógica, ele precisa planejar, saber onde quer chegar e porque faz uso deste ou daquele recurso e como os faz.
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Nesse contexto o professor precisa atualizar-se sempre, procurando adequar, renovar as estratégias de ensino, buscando assim orientar os seus alunos e conscientizar que as novas ferramentas de ensino que a Web 2.0 oferece são importantes e ricas em atividades, projetos, comunicação, partilha, colaboração entre outras possibilidades. É vital entender que não é a imersão na Web 2.0 que possibilita o avanço qualitativo, mas todo um processo a partir dele e nessa esfera está incluso o papel do professor, ele que será responsável em planejar boas situações para que o uso da rede não seja apenas para reforçar as velhas formas de ensinar e aprender, mas de possibilitar novas experiências, novas aprendizagens e novos saberes matemáticos, com vistas à alfabetização matemática de todos os alunos.
==Referências==
==Referências==
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ABREU, R. A. S. (2009). Professores e internet: desafios e conflitos no cotidiano da sala de aula. In: Freitas, M. T. A. (2009). Cibercultura e formação de professores. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
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BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Pesquisa em Educação Matemática: Concepções e perspectivas/organizadora Maria Aparecida Viggiani Bicudo – São Paulo: Editora UNESP, 1999, Seminário e debate.
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BITTAR, Marilena. Fundamentos e metodologia de matemática para os ciclos iniciais do ensino fundamental/ Marilena Bittar, José Luiz Magalhães de Freitas. – 2. Ed. – Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2005.
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GRANDO, Célia Regina. O jogo e a Matemática no contexto da sala de aula. São Paulo: Paulus, 2004.
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MARINCEK, Vania. Aprender Matemática resolvendo problemas. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
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SMOLE, K.S. (Org). Jogos de Matemática de 1º ao 5º ano. Cadernos do Mathema. Porto Alegre: Artmed, 2007.
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SMOLE, Katia Stocco. Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática/ organizado por Kátia Stocco Smole e Maria Ignez Diniz. – Porto Alegre: Artmed, 2001.
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VILA, Antoni. Matemática para aprender a pensar: o papel das crenças na resolução de problemas/ Antoni Vila, María Luz Callejo; Tradução Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2006.
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ZUFFI, Edna Maura; Onuchic, Lourdes de La Rosa. O Ensino-aprendizagem de Matemática através da Resolução de problemas e os processos cognitivos superiores. In: Revista Iberamericana de Educacion Matematica, setembro de 2007.

Edição atual tal como 19h30min de 16 de dezembro de 2014

Texto elaborado pelos cursistas Ademilson Borges Ferreira,Gilvania Marques, Rejane Coutinho

Tabela de conteúdo

Introdução

Assim como nas demais áreas do conhecimento, também na matemática é possível potencializar e propiciar novas aprendizagens utilizando-se das ferramentas e recursos da Web 2.0, mas como todo recurso, como o professor pode articular o uso dessas ferramentas com a aprendizagem significativa?

Web 2.0

A matemática sempre foi vista com maus olhos pelos alunos, pois muitos não gostam da disciplina e em consequência, passam a também ter dificuldades em aprender e a lidar com os problemas e situações matemáticas. Há então motivos de sobra para essa aversão pela matemática, pois, ao longo da sua história, seu ensino foi marcado por inúmeros cálculos, usos de fórmulas incompreensíveis e teoremas sem significado algum para os alunos. De acordo com Bernard Charlot, pesquisador francês, professor de Ciências da Educação da Universidade de Paris 8 e da pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe, em entrevista à Nova Escola, há duas línguas diferentes sendo faladas na escola: a dos professores e a dos alunos e essa tensão existe porque os dois lados desconhecem o prazer do saber. "Para os alunos, há uma lógica no ato de estudar e, para os professores, há outra". O pesquisador traz a discussão sobre o grande abismo que existe entre professores e alunos e o quanto isso interfere no processo de aprendizagem. Os conflitos nascem quando o professor explica algo que não é compreendido, explica novamente sem sucesso e, rapidamente, ele vai considerar o estudante um incapaz. O educador culpa o aluno, mas se sente fracassado também porque a turma não avança. O jovem, por seu lado, pensa que o professor não sabe ensinar. Muitos professores aprenderam matemática dessa maneira e , em consequência, passaram a também a ensinar dessa forma, sem sentido e sem compreensão. Com a chegada de novos estudos em relação a educação Matemática, uma luz surge no fim do túnel, pois começam a discutir novas formas e maneiras de ensinar matemática, agora voltada a partir das situações- problemas. Nesse contexto, Abreu (2010) defende que a escola se vê diante da necessidade de repensar a si mesma, assim como rever o papel da sala de aula e da própria organização do trabalho pedagógico. Outrora mera transmissora de conhecimentos previamente sistematizados, a escola é idealizada agora como um ambiente de estímulo e valorização das descobertas, das trocas de experiências e do desenvolvimento de um pensamento crítico reflexivo. Para Santos (2010), conectar a escola à Sociedade Informacional corresponde a assegurar a pertinência da própria instituição escolar em sua tarefa de formar sujeitos capazes de uma atuação plena como cidadãos nesta sociedade.

===Web 2.0 na aprendizagem da matemática

Nessa perspectiva todo o trabalho com a matemática deve ser a partir de situações-problemas, de desafios, da problematização e da contextualização com os saberes que os alunos trazem quando chegam na escola. Nesse contexto, leva-se se em conta, como ponto de partida, as diferentes estratégias construídas pelos alunos. há espaço para que eles possam compartilhar esses saberes, construir bancos de diferentes tipos de estratégias e também de construir repertório. Cabe ao professor validar essas aprendizagens e por meio da intervenção, da sistematização, possibilitar que os alunos avancem para estratégias mais elaboradas e que se apropriem do conhecimento matemático. Nessa nova perspectiva do ensino da matemática o uso de jogos e todo um trabalho, antes, durante e depois do jogo também é muito valorizado e garante a apropriação das habilidades necessárias para que os alunos desenvolvam-se e aprendam bem. Mas, nessa situação, onde e quando a Web. 2.0 pode colaborar nesse processo? Com um universo de interação, ferramentas e plataformas que permitem elaboração e interação, toda a relação ensinar/ aprender sofre um salto qualitativo.É possível que alunos em diferentes locais estejam jogando,interagindo, não só consumindo passivamente, mas também desenvolvendo ideias e conhecimentos matemáticos. A matemática deixa de ser o bicho papão. Para torná-la mais atraente e transformar a rotina da turma é possível usar blogs, fóruns e chats, entre outros. Esses recursos devem ser escolhidos de acordo com o perfil dos alunos e do trabalho que se quer desenvolver. Cada recurso explora uma habilidade específica e é capaz de proporcionar uma experiência diferente.

Indicações de recursos da Web 2.0 para a aprendizagem da Matemática

Uma aula de geometria, por exemplo, com software interativos torna-se muito mais atrativo e significativo. os alunos podem produzir jogos, materiais e postar na rede. Num fórum de discussão, o professor pode lançar um desafio, onde muitos alunos podem opinar, apresentar suas estratégias e avançar significativamente no sentido numérico e nos conhecimentos matemáticos. Os alunos passam também a criar a matemática, seus conteúdos, fórmulas e cálculos passam a ter sentido, passam a ser usados de forma pensada e de acordo com as necessidades.Ferramentas como blogs, Wiki, entre outros. Também há uma variedade de jogos que poderão, a partir da mediação do professor, possibilitar o desenvolvimento do pensamento matemático e os processos cognitivas superiores. Outro aspecto é que a partir do uso de um blog, os alunos podem publicar seus textos, suas produções, suas descobertas e compartilhar seus saberes, seus modos de pensar e construir a matemática. Podem promover a interação tanto entre os alunos da sala, como de outras salas, de outras escolas e de usuários interessados nessa temática. O professor também pode se valer de vídeos aulas ou até de vídeo conferência, é possível participar de aulas em outros espaços, com professores e alunos de outros locais, ampliando as informações, transformando-as em conhecimento. Enfim as possibilidades de uso são vastas e diversificadas.É importante que dentro desse processo que aja intencionalidade pedagógica como elemento essencial, pois não podem ser utilizadas as ferramentas tecnológicas apenas pelo seu uso, mas para propiciar múltiplas aprendizagens. O uso dos fóruns são úteis para promover a discussão a respeito de um assunto específico. O professor pode colocar algumas informações sobre um tema que esteja sendo trabalhado em sala e propor um debate a partir do material produzido nesse ambiente. Para tanto é preciso elaborar critérios para que o debate não caia no senso comum e perca de vista os objetivos traçados.É preciso sistematizar e aprofundar esses temas para que não fique na superficialidade. Um aspecto relevante a ser destacado num ambiente virtual, tanto o professor como o aluno estão igualmente envolvidos no processo de aprendizagem e na construção de novos saberes. O professor deve estar sempre atento e disponível para interagir com os alunos de forma a promover a cooperação, o conforto entre alunos e a construção de uma prática social com condições que favoreçam o processo de ensino e aprendizagem. O ambiente virtual dá a possibilidade ao aluno de construir os seus conhecimentos, a partir da colaboração com os outros, dando-lhes a oportunidade de aprenderem uns com os outros através de debates, troca de ideias, partilha de experiências e conhecimentos. Mas todo esse trabalho só é possível com a mediação e intervenção do professor.É preciso ter clareza que os recursos, sejam quais forem, não garantem a aprendizagem. Segundo Smole, 2011 a essência desse trabalho está em saber como problematizar, como elaborar boas perguntas e isso só é possível quando a clareza dos objetivos a serem alcançados. É o professor que possui intencionalidade pedagógica, ele precisa planejar, saber onde quer chegar e porque faz uso deste ou daquele recurso e como os faz. Nesse contexto o professor precisa atualizar-se sempre, procurando adequar, renovar as estratégias de ensino, buscando assim orientar os seus alunos e conscientizar que as novas ferramentas de ensino que a Web 2.0 oferece são importantes e ricas em atividades, projetos, comunicação, partilha, colaboração entre outras possibilidades. É vital entender que não é a imersão na Web 2.0 que possibilita o avanço qualitativo, mas todo um processo a partir dele e nessa esfera está incluso o papel do professor, ele que será responsável em planejar boas situações para que o uso da rede não seja apenas para reforçar as velhas formas de ensinar e aprender, mas de possibilitar novas experiências, novas aprendizagens e novos saberes matemáticos, com vistas à alfabetização matemática de todos os alunos.

Referências

ABREU, R. A. S. (2009). Professores e internet: desafios e conflitos no cotidiano da sala de aula. In: Freitas, M. T. A. (2009). Cibercultura e formação de professores. Belo Horizonte: Autêntica Editora.

BICUDO, Maria Aparecida Viggiani. Pesquisa em Educação Matemática: Concepções e perspectivas/organizadora Maria Aparecida Viggiani Bicudo – São Paulo: Editora UNESP, 1999, Seminário e debate.

BITTAR, Marilena. Fundamentos e metodologia de matemática para os ciclos iniciais do ensino fundamental/ Marilena Bittar, José Luiz Magalhães de Freitas. – 2. Ed. – Campo Grande, MS: Ed. UFMS, 2005.

GRANDO, Célia Regina. O jogo e a Matemática no contexto da sala de aula. São Paulo: Paulus, 2004.

MARINCEK, Vania. Aprender Matemática resolvendo problemas. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

SMOLE, K.S. (Org). Jogos de Matemática de 1º ao 5º ano. Cadernos do Mathema. Porto Alegre: Artmed, 2007.

SMOLE, Katia Stocco. Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática/ organizado por Kátia Stocco Smole e Maria Ignez Diniz. – Porto Alegre: Artmed, 2001.

VILA, Antoni. Matemática para aprender a pensar: o papel das crenças na resolução de problemas/ Antoni Vila, María Luz Callejo; Tradução Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2006.

ZUFFI, Edna Maura; Onuchic, Lourdes de La Rosa. O Ensino-aprendizagem de Matemática através da Resolução de problemas e os processos cognitivos superiores. In: Revista Iberamericana de Educacion Matematica, setembro de 2007.

Ferramentas pessoais